Da Carta
1. Se as cartas não fossem cartas, muitas vezes escreveria a V.M. como desejo, mas porque o são o não ouso fazer, pois as não leva o vento, como palavras e plumas, antes se guardam tão bem, que a todo o tempo se pode pedir razão de como se escreveram e porque as escreveram (…) (Garcia de Resende a D. Francisco de Castelo Branco, 20.11.1535)
.
2. (…) Antigamente as pessoas escreviam muito e as cartas eram meio de transmitir notícias e muitas delas, com maior ou menor valor literário, tornaram-se testemunho dos factos, acontecimentos, ideias e sentimentos. Mas hoje, hoje as pessoas telefonam ou encontram-se, devido à facilidade e rapidez dos transportes e das comunicações, e o tempo é pouco, paradoxalmente, devido à sobrecarga do que se gasta em transportes, sentado frente à TV ou em tarefas domésticas. O mesmo sucede com o convívio e a conversação: por vários motivos os cafés e as tertúlias desaparecem, só se conhece o vizinho da frente ou do lado, quando se conhece, e as pessoas metem-se na sua concha, casulo, carapaça ou buraco. Muita gente junta, ao alcance da mão ou da voz, não significa que estejamos mais acompanhados e humanizados. (…) (Victor Nogueira à «Maria do Mar», 18.08.1993)
Parabén por este teu novo espaço.
ResponderEliminarVou-te linkar e divugar pela malt ada blogosfera.
Um abraço
Como te entendo amigo...
ResponderEliminarParabéns pelo nascimento e... LONGA E FELIZ VIDA.
Beijo
Olá Amigo,
ResponderEliminarJá adiccionei aos meus Favoritos.
Gostei e voltarei
Maria Faia
Quanta verdade nisso Victor!!!
ResponderEliminarAbraço
Maria Mamede
Bom dia jovem
ResponderEliminarEstás na maior. Desta feita a parir blogues. Que tenha este e tenhas tu, Amigo, mais um sucesso. Daqui te envio um abração. Vou ser leitor, juro mesmo.
Henrique