
A Morte e as Representações do Além na Idade Média: Inferno e Paraíso na obra Doutrina para crianças (c. 1275) de Ramon Llull 
* Ricardo da Costa (Ufes)
A morte nos faz cair em seu alçapão, 
É uma mão que nos agarra 
E nunca mais nos solta. 
A morte para todos faz capa escura, 
E faz da terra uma toalha; 
Sem distinção ela nos serve, 
Põe os segredos a descoberto, 
A morte liberta o escravo, 
A morte submete rei e papa 
E paga a cada um seu salário, 
E devolve ao pobre o que ele perde 
E toma do rico o que ele abocanha. 
(Hélinand de Froidmont. Os Versos da Morte. Poema do século XII, 1996: 50, vv. 361-372)
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Nascemos, vivemos e morremos. Esta é uma certeza, uma verdade a-histórica, universal e comum a todas as culturas ditas humanas que já existiram, existem e ainda existirão na face da Terra. Outra característica humana é que sempre pensamos e refletimos sobre a finitude da vida, sempre estivemos perplexos com a morte.
Nascemos, vivemos e morremos. Esta é uma certeza, uma verdade a-histórica, universal e comum a todas as culturas ditas humanas que já existiram, existem e ainda existirão na face da Terra. Outra característica humana é que sempre pensamos e refletimos sobre a finitude da vida, sempre estivemos perplexos com a morte.
VER CONTINUAÇÃO EM:
Gravura: Liber Chronicum, de Hartmann Schedel (séc. XV). In: Représentations diverses de la mort (Patrick Pollefey) 
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)