Saiu leve, andorinha,
A feição serena e calma;
É tão ... tão linda a Nelinha
Será que merece palma?
.
Desenhando ao estirador,
A voz risonha, fininha,
De quem vai em bom andor
Com aura, ar de santinha!
.
Vendo com seu doce olhar,
Bem por cima das lunetas
Ao dente se põe a dar,
Um diabinho, pespeta.
.
Ar tímido, cativante,
Para não sobressair;
Ela mudou num instante
E até já sabe rir.
.
Quem a viu, quem a vê.
Só visto, não se acredita
Vero, para quem me lê:
Não há prato que resista.
.
Piadas são mais de mil
Inocentes, sem maldade?
Sem fundo está o barril
Com o peso da "bondade".
.
Lá vou, sem "intimidades",
Por dela me apartar.
Fica o riso, mocidades,
Da Nelinha a diabrar!
.
Setúbal
1990.09.17
Um poema simples e com um toquezinho de descontracção e animação, como sempre! fazias bem em publicar um livro com estes pequenos sentimentos! :)
ResponderEliminarTiago
Coisa assim, não há que ver
ResponderEliminarescrita em tom admirado
está-nos mesmo a dizer
que ficaste embasbacado!...
Maria Mamede