* Victor Nogueira
A bondosa Ana Maria Caldeira
É rapariga de sorriso aberto;
É bem dela esta sua maneira
Quando o ar é doce, não encoberto.
Veio de longe, lá d'Amareleja,
Agora em Cetóbriga parou,
Mas há quem a procure e a não veja
Quando vai cirandar no gira-vou.
Ambos luzentes, olhos grandes tem.
São como no céu o sol a brilhar,
Um sorriso de menina mantem,
Quando o mal dela sabe afastar.
Cara redonda, um rosto castiço,
Com farto cabelo, liso e castanho,
Brancamorena, de corpo roliço,
O ser ou viver não quer de antanho,
Caminha pelo mundo na procura
D'encontrar alguma felicidade;
Por vezes fica a noite bem escura,
Não sabe que fazer da liberdade,
Dela bem graciosas são as filhas,
Duas, Aida e Catia de seu nome,
Contudo não pode viver em ilhas
Se delas quiser apartar a fome.
Tem o seu coração nas duas mãos,
Mas por vezes é mui desconfiada;
Quando tal sucede é chateação
E vai todo o pessoal de abalada.
Mundo e pessoas a entusiasmam:
Então anda tudo na reinação
No entanto, ao chegarem miasmas
Não sabe manter boa actuação.
É muito amiga em seu ofertar
A quem no goto dela bem cair;
Nem sempre alcança resguardar
E o seu pecúlio vê partir.
Se por todo o lado encontra amigos,
Muitos raramente Ihe são fiéis;
Deve pois cuidar do anda comigo
A ver se há boa troca de papeis.
Mas com este meu pequenino escrito
E andando muito breve, de abalada,
P'ro futuro fica neste registo
A nossa boa amiga retratada.
Há "praí " muita gente que se pode queixar do mesmo!!!
ResponderEliminarDe certeza que apesar de tudo essa tua Amiga ANA, consegue ser feliz!
Bj
Maria Mamede