.Assunto: Palavras ao vento
Palavra bonita,
sem flor, nome feio,
navegar sem guita
é mau, não premeio.
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É mau, não premeio,
andar com pespeta?
É melhor um outeiro
ou dois, de lambreta.
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Os dois de lambreta
subind'a montanha
gozo na careta
vendo quem apanha
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Vendo quem apanha
cabelos ao vento
rede, voz d'aranha,
sem ar macilento
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Sem ar macilento
com o verbo fino
rápido mas lento,
com toque do sino.
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Com toque do sino
doce, doce mel,
cativo bonino
sabor, rir sem fel.
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Sabor , rir sem fel,
nem mato, nem grosso,
vindo no batel,
livre no pescoço.
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Livre no pescoço,
sem cadeia,
cultivand'o roço
em duna d'areia.
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Em duna d'areia,
qual imperialidade,
ave, saboreia,
livre mocidade.
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Livr'à mocidade
sem altar, andor,
fica na cidade
um jardim sem dor.
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Num jardim com dor
voga presunçosa
a niña, a flor.
picante rosa!
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Setúbal 2005.09.19
Estórias d'antanho
ResponderEliminarpaixões de verão
encanto tamanho
louco coração;
louco coração
no tempo que passa
dá calor de verão
à vida sem graça!...
Bj
Maria Mamede