Muralhas
Construídas no séc. XIV, para proteger a povoação dos ataques de piratas norte africanos.
Desta construção ainda são visíveis alguns elementos, como por exemplo o troço de muralha na Rua de Santa Maria – Posto de Turismo, uma torre hexagonal (Av. Luísa Todi – edifício da PSP) a Porta do Sol e o Postigo da Ribeira (ambos na Av. Luísa Todi). A Porta de S. Sebastião foi aberta nesta muralha, mas em data posterior (1533).
No séc. XVII, após a Restauração da Independência, são projectadas novas muralhas para a vila com 11 baluartes e 2 meios baluartes.
Casa do Corpo da Guarda Construção do séc. XVII, réplica do edifício dos Paços do Concelho do séc. XVI. Actualmente é a sede Clube Militar dos Oficiais de Setúbal. Localização: Praça de Bocage |
Forte de São Filipe Registos indicam que a construção iniciou antes do domínio filipino, mas foi Filipe II de Espanha (Filipe I de Portugal) quem terá ordenado, em 1582, a ampliação e conclusão da fortaleza, adquirindo, nessa altura, a forma de uma estrela irregular de seis pontas. O espaço interior, que originalmente incluía a Casa do Governador e demais edifícios militares, foi substancialmente transformado para aqui se instalar uma das Pousadas de Portugal, após um violento incêndio que destruiu praticamente todas as estruturas interiores. Conserva ainda uma pequena capela barroca, totalmente revestida por azulejos datados de 1736, assinados por Policarpo Oliveira Bernardes. |
Forte de Santiago do Outão A primeira referência data de 1390 numa ordem de D. João I para a construção de uma torre de vigia costeira. No entanto, há notícia de um templo romano dedicado a Neptuno neste mesmo local. Sofreu ao longo dos séculos diversas obras de ampliação e remodelação. Já no séc. XX, depois de ter sido prisão e casa de férias da família real, o forte foi oferecido a D. Amélia para aí instalar um sanatório, que após a redução do número de tuberculosos foi transformado no Hospital Ortopédico de Santiago do Outão, que ainda hoje se mantém. |
Forte da Arrábida Construído em 1676, após o fim da Guerra da Restauração, tinha por missão reforçar a defesa da costa entre o Forte de Santiago de Sesimbra e o Forte de Santiago do Outão. Actualmente encontra-se aí instalado o Museu Oceanográfico e das Pescas. |
Convento de Jesus Fundado em 1490 e finalizada a obra por volta de 1500, constitui um dos marcos principais do Manuelino em Portugal. Encerrado, de momento, só é possível visitar a Igreja, que se destaca por ter sido o primeiro ensaio em Portugal de “igreja salão”, com belíssimas colunas torsas. A capela-mor é revestida de azulejos de caixilho e nela foi instalado em 1520-1530, um retábulo de pintura (considerado como um dos mais notáveis conjuntos da Arte do Renascimento em Portugal) que se encontra exposto na Galeria de Pintura Renascentista, anexa à Igreja Em frente da igreja encontra-se um belo cruzeiro em mármore vermelho da Arrábida, mandado construir por D. Jorge de Lencastre. Localização: Praça Miguel Bombarda (mais conhecida por Largo de Jesus) |
Igreja de Santa Maria da Graça É aqui que se situa o coração do primitivo burgo medieval, tendo sido em torno desta que se desenvolveu o mais importante bairro medieval da cidade, assim como o centro religioso e político-administrativo. Fundado no séc. XIII, o actual edifício é uma reconstrução do alto renascimento com uma imponente fachada maneirista. No interior colunas com frescos, talha e azulejos dos séculos XVII e XVIII Numa rua lateral encontra-se o pórtico gótico de uma antiga hospedaria – Hospital de João Palmeiro |
Igreja de São Julião Datada da segunda metade do séc. XIII, foi reconstruída no séc. XVI e muito afectada pelo terramoto de 1755. Do edifício Manuelino restam apenas dois portais, um dos quais verdadeiramente notável. No interior deste monumento nacional pode apreciar-se a talha dourada e azulejos do séc. XVIII, custeados pelos pescadores de Setúbal. Localização: Praça de Bocage |
Igreja de São Sebastião A primitiva ermida foi fundada nos finais do séc. XV, com as esmolas de pescadores e outros devotos, e situava-se onde é hoje o Largo do Miradouro. Arruinada pelo terramoto de 1755, acabou por ser demolida pela Câmara Municipal em finais do séc. XIX. Foi nessa ermida que a freguesia de São Sebastião foi criada, em 1553. A sede da paróquia passou, em 1835, para a igreja do extinto Convento de S. Domingos, que também sofreu obras significativas após o terramoto, sendo o seu interior decorado ao estilo rococó e neoclássico. Localização: Largo de S. Domingos |
Igreja da Saúde Pequena obra-prima do séc. XVII. Boa talha dourada e azulejos tipo tapete de padrão. Localização: Rua do Outeiro da Saúde |
Igreja da Boa Hora (ou dos Grilos) Edificada em 1566, foi sede da Ordem dos Agostinhos Descalços (Grilos). As paredes do templo estão revestidas de azulejos neoclássicos com cenas da vida de Santo Agostinho. Localização: Praça do Quebedo |
Igreja do Convento de São João Fundada por iniciativa do filho bastardo de D. João II – D. Jorge de Lencastre – na primeira metade do séc. XVI. Destacam-se no exterior o portal manuelino e no interior os painéis de azulejos setecentistas e obras de pintura da mesma época, típicas do Barroco Português. No séc. XIX o claustro foi utilizado para a realização de corridas de touros. Localização: Rua Almeida Garrett |
Igreja de São Lourenço Do original templo Gótico nada restou. O que se mantém é uma igreja rural, com azulejos do séc. XVIII e um belíssimo painel de majólica italiana do séc. XVI. Importantes são também a talha e as pinturas da capela-mor. Uma das peças mais antigas é a pia baptismal, de meados do séc. XVI, com características Manuelinas, e talhada de uma só peça de brecha da Arrábida. Do séc. XVIII é o altar-mor, cujo retábulo de talha ladeia uma tela representando a última ceia. Localização: Vila Nogueira de Azeitão |
Igreja de São Simão Datada de 1570. A fachada principal está virada a nascente e não a poente como era usual. Tem três naves, em cujo altar-mor estão imagens de S. Simão e uma Senhora da Saúde do séc. XVI de terracota, que o povo vestiu de curiosos trajes. A igreja é revestida de azulejos de 1648. Localização: Vila Fresca de Azeitão |
Convento da Arrábida Fundado no séc. XVI por frades Franciscanos, com o apoio do duque de Aveiro. De uma brancura que sobressai do verde da serra da Arrábida, a sua arquitectura encontra-se em plena harmonia com o meio natural envolvente. Constituem-no 40 minúsculas celas, um pequeno refeitório, cozinha, biblioteca e a igreja, com uma entrada onde figura de frei Martinho, de braços abertos em cruz, empunhando um círio e o cilício, olhos vendados, boca cerrada por um cadeado, pisando uma serpente sobre a bola do mundo, simboliza a renúncia e despojamento dos monges desta comunidade. Nas proximidades do convento existem várias guaritas (estações dos Passos), a capela do Bom Jesus e o Convento Velho – as celas onde se instalou a 1.ª comunidade. Hoje é propriedade da Fundação Oriente e funciona como Centro de Conferências. Localização: Serra da Arrábida |
Convento de Brancanes Seminário fundado em 1680, através do erário real e das esmolas do sal dos donos das marinhas. Foi aqui que se realizou a primeira reunião da Câmara Municipal, após as ruínas dos Paços do Concelho devido ao terramoto de 1755. Posteriormente foi transformado em quartel. Localização: Bairro Brancanes |
Convento de Santa Teresa Da Ordem das Carmelitas Descalças, nele encontram-se painéis de azulejos dos finais do séc. XVIII. Localização: Largo dos Mártires da Pátria |
Igreja da Anunciada (antiga) Ligada à lenda da Senhora da Anunciada, foi elevada a sede de paróquia no século XVI. O templo, reconstruído após o terramoto de 1755, apresenta uma curiosa planta octogonal. Localização: Praça Teófilo Braga |
Ermida do Senhor Jesus do Bonfim Construção do séc. XVII, com azulejos joaninos e pintura também do período seiscentista. Estará na origem do santuário homónimo da cidade de Salvador da Baía, no Brasil. Localização: Junto ao Estádio do Bonfim |
Referência do Barroco em Setúbal, é constituída a oriente por um troço trecentista da muralha. Foi aqui que se instalou a Confraria do Corpo Santo, importante confraria de navegantes, armadores e pescadores. É um conjunto de três salas (antecâmara, capela e sala do despacho) em que azulejos, talha, tectos e pavimentos se conjugam harmoniosamente. Encontram-se aqui instalados o Posto Municipal de Turismo e o Museu do Barroco. Localização: Rua do Corpo Santo, 17 |
Quinta da Bacalhoa Este conjunto edificado é considerado como marco inicial da arquitectura civil renascentista em Portugal. O Palácio, edificado a partir de 1528, por Braz de Albuquerque, manteve alguns pormenores de um edifício anterior (torres circulares com cúpulas de gomos incorporados no palácio e espalhados pela quinta). A nova construção segue já os ensinamentos do renascimento (simplicidade e ritmo das linhas e as “loggias” que se abrem nas fachadas). A fama desta quinta deve-se ao seu património azulejar que remonta aos séculos XV e XVI. Igualmente merecedores de atenção são os jardins, onde elementos da renascença se conjugam com as tradições islâmicas e elementos de influência oriental. Localização: E.N. 10 – Vila Fresca de Azeitão |
Quinta das Torres A Quinta e o seu Palácio, de cerca de 1560, é um dos mais importantes e belos conjuntos arquitectónicos renascentistas do País. No interior, quase todas as salas possuem tectos de madeira, portas à romana e painéis de azulejos na parede. Merece especial destaque um notável conjunto de azulejos em majólica com cenas da Eneida, provavelmente provenientes de Urbino (Itália). Junto do edifício, um pequeno lago em cujo centro se eleva um templete. Todo o conjunto é envolvido por arvoredo que cria um ambiente quase idílico. Hoje funciona como estalagem, restaurante e casa de chá. Localização: E.N. 10 – entre Vila Fresca e Vila Nogueira de Azeitão |
Palácio Fryxell Ocupa as instalações do antigo colégio dos jesuítas. Fachada originalmente setecentista, remodelada no séc. XIX. O claustro, totalmente recuperado, merece visita. Actualmente é a sede do Instituto Politécnico de Setúbal e dispõe de uma galeria de exposições. Localização: Largo dos Defensores da Pátria |
Palácio do Governo Civil Foi aqui que D. João II matou o seu primo e cunhado D. Diogo, Duque de Viseu. No séc. XIX foi utilizado como hotel. Localização: Av. Luísa Todi, 336 |
Casa do Leão Excelente exemplar de “arte nova”. Localização: Av. Luísa Todi 152-154 |
Palácio dos Duques de Aveiro Edificado no início do séc. XVI, foi um dos primeiros edifícios da Renascença em Portugal, dominando o amplo largo do Rossio de Azeitão. Localização: Praça da República - Vila Nogueira de Azeitão |
Aqueduto de Setúbal Construído no reinado de D. João II, por volta de 1487, para solucionar o problema do abastecimento de água a Setúbal. Iniciava-se na Arca da Água (Alferrara) a três quilómetros de Setúbal. Dele subsiste apenas uma parte da conduta sobre arcadas. Localização: Rua dos Arcos |
Fonte Nova Fonte de origem bastante antiga, foi consertada no séc. XVI com dinheiro do povo e por iniciativa de D. Sebastião. O aspecto actual é de finais do séc. XVIII. Localização: Praça Machado dos Santos |
Chafariz do Sapal Mandado construir em finais do séc. XVII, funcionava na Praça de Bocage, sendo mudado para o local onde se encontra hoje em 1937. Na parte posterior podem ver-se dois relevos representando galeões do séc. XVII. Localização: Praça Teófilo Braga |
Chafariz dos Pasmados Este fontanário foi projectado seguindo regras de um barroco tardio, entre os anos de 1764 e 1777. Diz uma lenda que quem beber desta água ficará ligado a Azeitão para sempre. Localização: Vila Nogueira de Azeitão |
Edifício setecentista onde funcionou a antiga alfândega do porto de Setúbal. Localização: Av. Luísa Todi, 188 |
Construído no estilo Arte Deco, tem as paredes decoradas com vários painéis de azulejos com temáticas regionais. É famoso pela qualidade e variedade dos produtos que ali se vendem - peixe, carne, legumes e frutas. Localização: Av. Luísa Todi, 157 |
Paços do Concelho Flagelados por um incêndio por altura da proclamação da República, em 1910, os Paços do Concelho foram reconstruídos anos mais tarde, em 1938, respeitando o traçado que lhe havia sido dado aquando das obras da época de D. João V. Localização: Praça de Bocage |
Cetárias romanas O pavimento de vidro do edifício da Região de Turismo de Setúbal mostra-nos os vestígios de uma antiga fábrica de salga de peixe do período romano, da época em que Setúbal foi um importante centro industrial. Localização: Travessa de Frei Gaspar |
Escola Superior de Educação Da autoria do arquitecto Siza Vieira, foi inaugurada em 1993, tendo ganho, nesse mesmo ano, o Prémio Nacional de Arquitectura. É considerado um dos projectos mais relevantes da arquitectura escolar europeia. Localização: Estefanilha |
Pelourinho Simbolizando a jurisdição da Casa de Aveiro, administradora da comenda de Setúbal, pertencente à Ordem de Sant'Iago, esteve situado, até 1774, na Praça da Ribeira Velha (actual Largo Dr. Francisco Soveral). Este monumento nacional é constituído por uma coluna coríntia, proveniente de escavações realizadas em Tróia no reinado de D. Maria I. Localização: Praça Marquês de Pombal |
Portal da Gafaria Local onde eram mantidos os leprosos durante a Idade Média. Da estrutura subsiste a verga da porta (vestígio raro) com a inscrição em latim: "Vanitas, vanitatum et omnia vanitas", o que significa "Vaidade das vaidades, tudo é vaidade". Localização: Avenida Manuel Maria Portela, n.º 19 |
O moinho de maré, situado na herdade da Mourisca, na freguesia do Sado, foi construído em 1601. A herdade, de 33 hectares, propriedade do Instituto da Conservação da Natureza, está integrada no perímetro da Reserva Natural do Estuário do Sado. Este espaço é constituído por uma área considerável de sapal – antigos arrozais abandonados, cuja vegetação natural foi regenerando uma área florestal, maioritariamente com pinheiros, sobreiros e espécies arbustivas. O moinho de maré da Mourisca é um dos quatro existentes no estuário do Sado. A estrutura, de 280 m2, comportava o funcionamento, em simultâneo, de oito mós, que funcionaram até ao início dos anos 60, sendo, posteriormente, votada ao abandono. Originalmente, o moinho era constituído por uma sala de moagem, onde existiam as oito mós montadas numa plataforma de pedra e madeira. Debaixo da plataforma havia engrenagens de ferro que transmitiam a rotação dos rodízios aos veios das mós. Em 1995, a Reserva Natural do Estuário do Sado iniciou a reconstrução do moinho. . |
Lista de Edifícios Classificados |
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Nota do Editor do Blog - O texto anterior está incompleto e as descrições e fotografias bastante lacunares. Mas é o que a Câmara tem no seu site, cujo conteúdo e apresentação não me dizem respeito e contentem-se com ele, por enquanto. Há um dito popular que diz que o óptimo é inimigo do bom e que mais vale um pássaro na mão que dois a voarem.
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Obrigada a informação ainda não vi nem li tudo, mas do que vi estou a gostar muito.
ResponderEliminarTens a sorte de morar numa zona tão bonita!...
Bj
Maria