domingo, 15 de março de 2009

Um filme - "A Súbita Riqueza dos Camponeses Pobres"


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Pois é ... É como o filme de que se falava no último boletim do Núcleo Juvenil de Cinema: "A Súbita Riqueza dos Camponeses Pobres"

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Os tipos assaltaram a carroça dos impostos extorquidos pelo Príncipe para o faustoso casamento da princesa. Os camponeses eram pobres e não podiam pagar impostos?! E então, a princesa deixaria de casar se faustosamente , como convinha á sua condição? Lá estava o juiz inteligente, que descobre os "miseráveis" assaltantes, que alguns até se denunciam para ver se salvam a pele! Que a vida, apesar de tudo, é a única certeza. Mesmo que miserável! E exigem as autoridades e os padres o arrependimento público de todos - condenados á morte para não morrerem de fome - E aqui, o realizador deste filme, propõe outra leitura crítica da realidade, pela boca de um dos padres: desde Lutero, a religião está ligada ao poder civil, é o seu sustentáculo. [Por oportunismo dos príncipes alemães, Lutero teria proclamado aquilo que desde Constantino a Igreja Católica tem como princípio de actuação. ] É pois necessário que os criminosos sejam castigados, para sossego dos "príncipes" e aquietação dos que - justamente ou não - tenham a veleidade de querer perturbá lo. (MCG - 1973.04.16)

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Com uma assistência relativamente reduzida foi projectada na 4ª feira passada o filme "A Súbita Riqueza dos Pobres CamponesesXE "filme: Súbita Riqueza dos Pobres Camponeses (A)"§", narrando XE "argumento de filme: Súbita Riqueza dos Pobres Camponeses (A)"§as relações de poderio político e religioso exercido sobre os camponeses que cometem um assalto a um carro transportando o produto de impostos e as consequências que advêm para os autores de tal assalto, quando descobertos pela justiça: a pena capital, após o arrependimento e remorsos de todos salvo um, que afirma querer morrer como um homem, apesar de todas as pressões que sobre ele se exercem. (Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Boletim 1973.Abril)

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