* Victor Nogueira
ter 01-12-2009 21:20
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Desde ontem que estou cheio de frio e com calafrios, todo a tremer, como se fora varas verdes. Os pesadelos continuam! O tempo arrefeceu dum dia para o outro e parece inverno, sem que os aquecedores consigam afastar o gelo. Não sei se estou a chocar uma gripe. Ando triste, desanimado e deprimido.
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Ontem fui buscar os óculos e fazer os exames de electromiografia. Não sei onde pus a máquina fotográfica. Fui buscar as fotos que tinham ficado a revelar. Ontem todo o dia andei como se estivesse nas nuvens. Ontem e hoje tenho passado o tempo a dormir. Agora estou a cozinhar o jantar: resolvi estufar as costeletas, com massa e feijão verde.
Tenho de emitir os recibos do prédio e fazer os mapas da quotização, mas o o botão interruptor da impressora/scanner avariou de vez
Muitas vezes as pessoas desaparecem na internet e nunca sabemos o que lhes sucedeu. Mas hoje tinha na minha caixa de mensagens do hi5 a notícia de que a Margot falecera num acidente de automóvel.« Sono andrea,madrina di margot.Devo comunicare che per un incidente stradale margot non è più tra noi...Il suo profilo rimarrà per chi,ogni tanto,avrà un pensiero per lei.Grazie»
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O Lugar da Casa - Eugénio de Andrade
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Uma casa que fosse um areal
deserto; que nem casa fosse; só um lugar
onde o lume foi aceso, e à sua roda
se sentou a alegria; e aqueceu
as mãos; e partiu porque tinha
um destino; coisa simples
e pouca, mas destino:
crescer como árvore, resistir
ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passos
de abril
ou, quem sabe?, a floração
dos ramos, que pareciam
secos, e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia.
deserto; que nem casa fosse; só um lugar
onde o lume foi aceso, e à sua roda
se sentou a alegria; e aqueceu
as mãos; e partiu porque tinha
um destino; coisa simples
e pouca, mas destino:
crescer como árvore, resistir
ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passos
de abril
ou, quem sabe?, a floração
dos ramos, que pareciam
secos, e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia.
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)