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Acabei de reler de Erich Maria Remarque a obra "A Oeste Nada de Novo" e a sequência que desconhecia "O Caminho do Regresso", o primeiro passado nas trincheiras da I Guerra Mundial, que na altura se supunha ser a última, e o segundo sobre a desmobilização, o caos e o desencanto após o término da mesma para os alemães. Os livros deste autor foram queimados pelos nazis pelo seu pacifismo, mas neles a guerra e os seus horrores perpassam como leve e suave brisa, sem a truculência verbal e a violência inscritas na obra de Sven Hassel.
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É verdade que Remarque nas obras posteriores descreve com ironia mas também com leveza a violência e o absurdo do III Reich e a integração natural de muitos deles no processo de "democratização" da Alemanha Federal, como se tivesse havido uma esponja que apagasse a bestialidade, a corrupção e o arrivismo dos "fiéis" servidores do nacional socialismo nas fileiras das Forças Armadas nazis.
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A mesma leveza que perpassa pela obra denunciadora de Hans Helmut Kirst e que não existe em Simonov ou Manfred Gregor, muito mais "cinematográficos" na sua linguagem ou forma de expressão, tal como Sven Hassel
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)