domingo, 6 de novembro de 2011

Tacteando em busca do sol e do mar ~Victor Nogueira

Para a Raposinha




por Victor Nogueira a Domingo, 6 de Novembro de 2011 às 18:52
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O poema é ... ~ Victor Nogueira

O poema é ... ~ Victor Nogueira

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O Poema é
um arado
um campo por lavrar
uma rede
em tuas mãos (re)colhida
e
os signos
carreirinha de metáforas
de vento
brisa
ou
suão
........sereno
........ou
........furacão
com sabor/saber
a sol
a maresia
anémona
à beira-mar vo(g)ando
na orla das ondas (re)nascendo
sem parar
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2011.11.06

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Tacteando ~ Victor Nogueira

Tacteando ~Victor Nogueira

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Tacteando
vou tentando
escrever o "Poema"
soneto ou madrigal
rimando ou em branco nascendo
de palavras
sem alíneas nem parágrafos
de metáforas
rítmicas
como o nosso coração
ou não
Procuro o sabor
e
o calor
que lhe darás
em ti pensando
por ti vivendo
contigo renascendo
.
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Victor Nogueira
2011.11.06
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A minha mão presa ~ Victor Nogueira

A minha mão presa ~ Victor Nogueira

 .
A minha mão presa ou liberta
na tua pele macia
e
eu sorria
.
em ti (re)nascia
outro sabor
outro calor
com amizade rimando
a felicidade
os mares lavrando
o sol e o sal colorindo
em ti ficando
uma ave serena
da paleta refulgindo
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Victor Nogueira
2011.11.06
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Sorri ~ Victor Nogueira

Sorri ~ Victor Nogueira

 .
Sorri
na brisa do teu olhar
navegando
vivi
com as tuas palavras
sonhando
Corri
dos teus lábios
o calor bebendo
Voei
em teus braços e colo (re)pousando
Na serenidade do entardecer
em ti................renasci
e
sem ti
.........................morri !
.
(Victor Nogueira)
2011.11.06
,
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O Poeta é um fingidor - Victor Nogueira

O Poeta é um fingidor - Victor Nogueira

O Poeta é um fingidor - Mas o que para mim resta da nossa relação são apenas pó e cinzas. Acredito que talvez possam renascer o encanto, a sedução, a magia, a empatia. Porque continuo a querer-te como amiga que me deu felicidade, alegria, vida e paz. Perante ti despi-me de todas as máscaras e armaduras que a vida me fez erguer para me proteger. Perante ti fui eu mesmo e não me reconheceste! (Victor Nogueira)
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Olho para a tua fotografia ~ Victor Nogueira

Olho para a tua fotografia ~ Victor Nogueira


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Olho para a tua fotografia
que sorri
mas não rio
frio que estou
sem ti!
O rio passou
o ar secou
o mar morreu
o sol ardeu
Só, eu fiquei !
   .
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2011.11.05
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* Ao de leve, muito ao de leve ~ Victor Nogueira 

Ao de leve, muito ao de leve ~ Victor Nogueira

 .
a moça chegou
o moço cantou
a zorra beijou
e eros pousou
o amor floriu
o sino tocou
o bom som vibrou
o bailar sorriu
o mar afagou
o verso rimou
o jardim abriu
o tempo passou
o vento soprou
chuva desabou
esta flor murchou
o fosso abriu
tudo arrasou
o roble partiu
o sonho voou
o nada ficou
o poço secou
a brisa chorou
o verbo calou
o sol afogou
o mar levou
o ar parou
só, ele ficou,
a concha fechou
e desanimou
Sem ela morreu !
Rima que não rema !
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Setúbal 2011.09.28
Nocturno - Foto Victor Nogueira

Praia do Guincho (Cascais) - Foto Victor Nogueira





 ·  Pessoas que gostam disto
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      Isabel Magalhães Bela poesia e belas imagens, gostei.
      há 18 horas ·  ·  2



  • Lurdes Martins ‎"renascendo sem parar", isso! Embora às vezes apeteça descansar...

    Abreijo, poeta amigo!

    há cerca de uma hora ·  ·  1


  • João Gonçalves Gostei. Um abraço amigo -
    há 50 minutos ·  ·  1


  • Edite Pinheiro Belo !!
    há 6 minutos ·  ·  1







    • Alice Coelho excelente!!! amei......!!!!
      há 5 horas ·  ·  1

      • Carmen Montesino O ultimo poema traz-me à memória outro, de um conhecido poeta brasileiro, cujo nome não sei dizer! Se te lembrares, diz! Um abraço, querido amigo!
        há 33 minutos ·  ·  1

      • Victor Nogueira Olá, Carmen. Não estou a ver quem seja. Um pouco semelhante na cadência é "Águas de Março". Mas o meu é original e não plagiado LOL
        há 16 minutos ·  ·  1

      • Victor Nogueira E o Manuel Bandeira tb tem alguns assim com esta "batida"
        há 15 minutos ·  ·  1



    • .


      Águas de Março, de Tom Jobim, imortalizada pela genial Elis! P&B Programa Ensaio...[1]
      há alguns segundos ·




        • Carmen Montesino Não falei em plágio, Victor! Vou tentar descobrir, mas não é águas de março! Obrigada, pelo clip, bejos!
          há 21 horas ·  ·  1

        • Victor Nogueira Eu sei. Talvez o Manuel Bandeira, Carmen. Mas teria de ir ver o volume dele com a obra completa ali na estante de poesia. Quando descobrires, partilha comigo. :-)*
          há 21 horas · 


        • Manuela Miranda ADOREI SUA RIMA, TOCOU-ME. NÃO RIMA, MAS AS PALAVRAS SÃO BELAS E O POEMA TAMBÉM, TEM MUITO AMOR, MUITO SENTIMENTO, FALA O ULTIMO ESPECIALMENTE NO PASSADO. O QUE EU GOSTEI MAIS FOI A MINHA MÃO PRESA.......MAS AMIGO VICTOR A SUA MÃO ESTÁ MESMO SOLTA PARA A POESIA. ADOREI. OBRIGADA BJS
          há 10 horas ·  ·  1


        • Manuela Miranda GOSTEI DE OUVIR O VÍDEO, JÁ HÁ MUITO NÃO OUVIA. OBRIGADA MAIS UMA VEZ BJS
          há 10 horas ·  ·  1


        • Belaminda Silva Belos poemas amigo Victor , e obrigada por os partilhares comigo.
          Beijinhos:))















    • Sílvia Simões Serrano Obrigada amigo Victor Nogueira por partilhar comigo as suas belas poesias, são lindas. Adoro! ♥
      há cerca de uma hora · 







      Águas de Março, de Tom Jobim, imortalizada pela genial Elis!
      P&B
      Programa Ensaio, TV Cultura

      É pau, é pedra, é o fim do caminho
      É um resto de toco, é um pouco sozinho
      É um caco de vidro, é a vida, é o sol
      É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
      É peroba do campo, é o nó da madeira
      Caingá, candeia, é o Matita Pereira

      É madeira de vento, tombo da ribanceira
      É o mistério profundo, é o queira ou não queira
      É o vento ventando, é o fim da ladeira
      É a viga, é o vão, festa da cumeeira
      É a chuva chovendo, é conversa ribeira
      Das águas de março, é o fim da canseira
      É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
      Passarinho na mão, pedra de atiradeira

      É uma ave no céu, é uma ave no chão
      É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
      É o fundo do poço, é o fim do caminho
      No rosto o desgosto, é um pouco sozinho

      É um estrepe, é um prego, é uma conta, é um conto
      É uma ponta, é um ponto, é um pingo pingando
      É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
      É a luz da manhã, é o tijolo chegando
      É a lenha, é o dia, é o fim da picada
      É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
      É o projeto da casa, é o corpo na cama
      É o carro enguiçado, é a lama, é a lama

      É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
      É um resto de mato, na luz da manhã
      São as águas de março fechando o verão
      É a promessa de vida no teu coração

      É uma cobra, é um pau, é João, é José
      É um espinho na mão, é um corte no pé
      É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
      É um belo horizonte, é uma febre terçã
      São as águas de março fechando o verão
      É a promessa de vida no teu coração
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    Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)