(a partir dum poema inicial de Jorgete Teixeira)
Fotos Victor Nogueira
1
Rio
Um manto soalheiro
de estrelas brocado
em mil flores
esmaecidas
de sonhos desbotados
cerzidos
nas margens do
esquecimento
jazem
nas carcaças dos navios
de viagens desfeitas
enovelados no areal
Tejo de tantas águas!
espelho de tantas mágoas!
espelho de tantas mágoas!
2.
Tejo
Rio meu
Imerso de saudade
Espelho de tantas águas
minhas de tantas mágoas!
3.
Rio
Um manto soalheiro
de estrelas tecido
.
Mar
Com mil flores esmaecidas
de sonhos desbotados
cerzidos
nas margens do esquecimento
.
Praia
de navios em carcaça
Esqueleto do viajeiro
no areal
pé ante pé
onda após onda
numa roca a girar
.
Tejo de tantas águas!
espelho de tantas mágoas!
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)