o óxido das palavras
13 de Julho de 2013 às 16:56
* Victor Nogueira
# Pus-me hoje a ler as inúmeras partilhas que fizeram comigo nestes últimos meses e a comentar algumas delas. Tinha ideia que partilharas comigo muito mais textos do que aqueles que encontrei. Ter-me-ei enganado ou ter-me-ás desmarcado nos mais recentes ?
# Os resultados virão de acordo com os desejos. Que os resultados sejam sempre um arco-íris para a maioria da Humanidade.
# Bom dia, boa tarde, boa noite ou melhor alvorecer, com o que de bom os "retratados" possam trazer-te,
# Na ponta dos meus dedos, como ave liberta, um mar de estrelas, suavemente cintilantes.
# Cheguei e li como se fosse uma pena, pluma levada pelo deslizar da corrente, de palavra em palavra, entre o nada que é tudo e o tudo que nada é.
# Para um dia de calor abafado, um desenho suave e cheio de movimento na sua coloridade suave.
# a sedução das palavras reinventadas num quente dia de verão. As minhas, são menos douradas.
# Gosto deste teu Cristo numa quente galeria de retratos.
# Cheguei à claridade-sombra do teu poema e dele afastei a sombra que seja opressiva e libertei a luminosidade que há em ti.
# Vim hoje por aqui e deixo.te, não rosas mas papoilas
# Olha, finalmente e após um silêncio meu de meses que em nada diminuiu a minha estima por quem deveras considero, no menu deixo a cicuta e levo a sardinha e a Esperança.
# um barreiro eldorado, como se nórdico fosse; parece a imagem dum mundo de sonho.
# Deixo-te o silêncio das palavras silabadas em retribuição da tua luminosidade.
# Olá ! Bons olhos te ouçam e bons ouvidos te vejam. Grato e bjos meus, tb, nas asas duma andorinha ... virtual
# ando aborrecido e escrever sobre política não me custa. Mas mostro que as pessoas estão no meu coração e no meu pensamento qd, apesar da minha ausência, partilho com elas notas ou fotos.
# mas tirando a política não tenho "literaturado". Já recebi várias reclamações por agora só tratar da política e deixado a prosa filosófico-poética.
#
poliptico
Vários quadros num só como se fora um políptico. O dourado, sol, bandeira do trigo em flor. A janela para cá do negrume, candeeiro ou lua. A parede, verdes tijolos, verdete ou esperança, campos do meu amor. Quem restará ? A noite que afasta a luz dourada ou esta que cede perante a escuridão ?
# De vez em qd apercebo-me das tuas publicações. Qd quiseres partilha comigo para eu ir lendo, pois com uma lista tão extensa de amizades como a minha já é, torna-se difícil ir à página de cada pessoa que estimo ou aprecio pois a vida é mais que o inFaceLock
# Como o comentário é no meu mural ... Políticas à parte, creio que a miss da gravura nada esconde, antes na "austeridade" realça os seus atributos femininos com ar de fragilidade que não cuido de saber se é verdadeiro, embora qt a ela esteja convencido que as aparências iludem. E se se reparar bem na indumentária, esta, ao "realçar" com aparência de esconder, torna qt a mim mais apetitosos os mistérios dos frutos "escondidos". Como penitência pelos maus pensamentos e desejos, um PN AM
# O meu comentário será qt muito leve e suavemente erótico. Honni soit qui mal y pense.
#
- Com sede lança a rede
não de seda com cetim
no caminho
na meda
sem medo
malha a malha
entretece a entretela
Entretém-te !
Victor Nogueira Setúbal 2013.02.10
#
Passa como vendaval,
À dobadoira ligada,
Com voz rouca, sensual,
Veloz, corre afogueada.
Ar risonho, bem sofrido,
De quem a tem preciosa,
Andarilhar aguerrido
Coração em flor, generosa.
Aqui o breve retrato
Da menina maneirinha,
E nas letras o meu tracto,
Seja sempre porreirinha
Em Setúbal, 2013.06.10
#
Se destruíres a obra
nada sobra
do livro;
a libra
vibra
sem vida !
—
Em Setúbal 2013.05.17
#
Ri-mando
Morte rima
com norte... forte
sorte?
E pena
com açucena ou verbena ?
E amor?
com andor
ardor
fervor?
Ferve a verve !
Qual a rama com que rema
rimando
amizade
saudade
ou felicidade ?
E a vida com que rima
rema
rimando e
remando ?
Em Setúbal 2013.05.01
# São tão leves os "teus" desenhos, tão suaves e coloridos, tão esvoaçantes e bailados, que me faltam as palavras com que nos libertas.
# Que somos nós um para o outro? duas virtualidades Tu estás aí e eu aqui. Posso abraçar-te, posso? Posso passar-te a mão no ombro? Podemos rir e conversar à mesa do café ou à beira-rio? Vens a minha casa ou vou eu à tua ? A amizade é para mim feita disto.
# Gosto de ler-te. Isto é o mínimo dos mínimos. O resto está em mim e fora de mim é uma folha em branco, umas vezes límpida e clara, outras papel amarfanhado, desenrugado e novamente amarfanhado nos meus dedos ou dobrado no meu bolso, às 3 pancadas. Em torno do número 3 muito se poderia escrever e com isso encher ou não páginas e páginas, com letra de imprensa ou manuscrita, miudinha e muito certinha ou enorme e desencontrada. E não sei pk, vem-me à memória a frase "Ousar lutar, ousar vencer." Ah! mas em lutas em que entra o coração, a ousadia muitas vezes perde-se nos enleios e nas voltas da vida ! E nas voltas, em vez de viver a vida, perdemo-la. Na encruzilhada, entre o sonho e a vida, entre o tudo ou nada, qual o caminho, estrada larga ou vereda ? ;-)
# Indubitavelmente que Portugal precisa de um líder e esse líder - inconsciente da sua força - é quem produz e trabalha e é espoliado do produto do seu trabalho - sem exclusão de jovens, de crianças ou de idosos.
# ah! qd partilho contigo e és uma das pessoas com quem partilho sempre - apesar de por vezes me interrogar se não estou a ser intrometido - é pk te estimo mais do que à maioria das 770 "amizades" aqui no FB.
# mas é da minha pilar que falo, não na do saramago. as minhas pilares não se ligam a mim, dão às de vila Diogo depois de me conhecerem pessoalmente
# posso ser gentil aqui na net, podem ser gentis para comigo aqui na net, mas isto é a net. Sim, tenho algumas amigas de há anos, do tempo em que andava pelas salas de conversação, não nos conhecemos pessoalmente e pensando bem há muito que não nos telefonamos mas se o fizermos será como se o não fizéssemos apenas desde a véspera. Gosto muito dos teus comentários, gosto muito do modo como escreves, mas nada disto apaga a minha solidão. Eu não apregoo solidariedade, eu sou solidário e já te expliquei pk não tenho comentado as tuas notas que aliás nada me faz crer que sejam apenas para mim, pk as partilhas com muito mais pessoas além de mim.
# Pacóvio é quem sempre em alterne tem votado neles ou se abstido ou lhes opões manifestações "inorgânicas" , contra os partidos, sobretudo contra o PCP.
Pacóvios, seguramente, não são as centenas de milhares de cidadãos que sempre os denunciaram, neles nunca votaram e sempre se lhes opuseram.
Pacóvios não são seguramente aqueles que - esquecidos ou não - apoiaram o golpe militar de 25 de novembro de 1975 (com o estado de sítio decretado em lisboa durante 3 dias ), contra o PREC e apoiados pelo ps-máro soares, ppd-psd-sá carneiro e freitas- cds. Isto é, os que apoiavam soares e as grandiosas manifestações - agora não as fazem - grandiosas manifestações contra o que chamavam a comuna de lisboa e em defesa do "súcialismo" em liberdade. Aqui está pois a génese do estado "súcial" e dos golpes mais ou palacianas do ps-psd-cds,
É bom que a memória não esqueça. Não esqueça que soares-ps, carneiro-psd e freitas cds tudo fizeram para que a constituição não fosse promulgada, obrigando Costa Gomes - então Presidente da República - a deslocar-se à assembleia constituinte para promulgá-la mediatamente após a aprovação, precisamente para impedir um golpe de última hora do ps-psd-cds
#
A cantiga é
A cantiga
..............amiga
..............companheira
é uma arma não desarma.
A cantiga
..............amigo
.............contigo
... é de sempre
............um rio
............sem frio
quente como agente
noz com voz
............rio hoje
sorriso
sórriso
...........sempre
caminhante
caminhandesonhando
construindoelutando
na cidade aberta
"sem muros nem ameias"
ou barreiras !.
A cantiga
na cidade aberta rima
com a liberdade solidária
com a igualdade fraterna.
Na cidade aberta
a canção não é a do patrão.
Na cidade aberta.
Liberta
Aberta
Desperta.
na tua e nossa mão.
a cantiga antiga ou não´
é um
furacão que não desarma
a canção !
Setúbal 2013.02.26
#
DEPOIS DA TEMPESTADE ...
Não foi um mar de sangue e fogo duma revolução nem o campo uma seara dourada de trigo em flor ou um imenso laranjal. Toda a noite choveu chuva miudinha que rebrilhava o asfalto ou a pedra da calçada, lá em baixo no largo ou mais além na avenida.
A tempestade veio de manhã, um vento sacudido e forte, que agitava a flexibilidade das árvores ainda novas, mas sem que as árvores enormes e mais velhas caíssem aqui e por toda a cidade, devido à fraqueza das raízes e destruindo alguns automóveis. Aqui no largo e no parque verde não houve tragédias como sucedido há uns anos atrás, quando o meu fiesta escapou por dois ou três escassos palmos de ficar esmagado como outros debaixo da enorme arvore, poiso da chilreada das aves saltaricas que nela se abrigavam na sua larga e frondosa copa.
Sumiram-se pois os pássaros tal como há muito as andorinhas nos beirais das casas, substituídos uns e outras pelos pombos e pelas gaivotas perdidas em terra e grasnantes na sua roquidão sem melodia.
De manhã o vento soprava rijo, num barulhão crescente, agitando as janelas nas calhas e aos arranques como se a música fossem lençois num estendal por ele batido e agitado e pela chuva ensopados, em gotejar contínuo.
Veio o sol apesar do céu dum cinzento azulado, a tempestade afastando-se como trovoada que se vai perdendo ao longe, deixando em seu lugar um mar de calmaria. E o sol iluminando tudo até ao afastado horizonte vislumbrado do último andar desta torre no cimo duma encosta com setúbal lá em baixo como se a meus pés estivese.
Paro e o silêncio e o sol enchem o meu olhar. Sempre é verdade: depois da tempestada a bonança num mar de calmaria. Pura frase feita que não entra em mim ! (Setúbal - 2013.01.19)
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)