13 de Setembro de 2013 às 21:20
* Victor Nogueira
pétala a pétala te vejo e desfolho
gota a gota te ouço e dedilho
letra a letra em ti me reflicto
onda a onda mergulho e me perco
e
é de pedra o sorriso
que embranquece
é de cinza o andar
que enfraquece
é de gelo a boca
que não aquece
é de sal e areia o olhar
que ensandece
setúbal 2013.09.13
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contigo
de poucas palavras se tece o amor
contigo saio sem receio
contigo durmo sem tormento
contigo passeio sem desmaio
contigo vivo em pensamento
contigo sou ...
e não estou !
setúbal 2013.09.13
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são negros os dias
são negros os dias
são brancas as noites
dias de fobias
noites de noites
em novelos
enrodilhadas
com a justiça que some
e a fome que nos come
a democracia com azia
a liberdade na grade
setúbal 2013.09.13
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Gosto muito de ler-te, apesar de saber com o saber de experiência feito que as palavras são frequentemente um espelho enganador, porque nelas o escriba e o leitor se projectam, num crysthal multifacetado, que da realidade refulge apenas e só o que nós queremos ver cintilar.
setúbal 2013.09.10
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Pode ou não gostar-se da Festa [do Avante] e dos comunistas. Alguns ódios (de classe) entendem-se. Mas .. há comentários tão pequeninos, tão mesquinhos, tão rasteiros ...
Não fui a todas, gostei mais dumas que de outras, mas o que retenho é a fraternidade, o re-encontrar de amizades, a diversidade e, sobretudo, a alegria, o civismo, o respeito-mútuo e a descontração.
setúbal 22013.09.09
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de pétalas e corola
de pétalas e corola
se faz o sonho
risonho
na taça da cegonha
aguardente licor de medronho
irradia cintilente
setúbal 2013.09.09
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quando quem escreve encanta e seduz
quando quem escreve encanta e seduz, o que se lê não é talvez o que o escriba codificou em caracteres, despojadamente ou com rendilhados, mas aquilo que o leitor-espectador lê, melhor ou pior, aquilo em que se projecta ou revê, por vezes narcisísticamente, tantas vezes num turnilhão de emoções e sensações que na realidade e na alvorada alvoreada se desfazem em sombras ou negro de fumo.
setúbal 2013.09.09
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no rendilhado das ondas
- cheguei ena tessitura das ondas,na concha da areia,no brilho da ventania,cabelos esvoaçantescom as cores do mar,com um beijo,dois,mil ...te envolvocom mil-sóis rendilhados,Setúbal 2013.09.09
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)