* Victor Nogueira
Há muito tempo atrás, ainda no passado milénio, distribuí a minha poesia por 10 conjuntos:
1. PHOTOMATON
2. AMORAMIZADE(des)ENCANTO
3. LA VIE EN ROSE
4. TROCALETRA
5. PRAXIS
6. DEDICATÓRIAS
7. PROSEANDO
8. QUADRAS SOLTAS E RIMANCE
9. SONETOS
*** CONCRETISMOS
esta e as próximas notas darão noticia da poesia escrita em setembro, ao longo dos tempos
1. Photomaton
P'RA TUDO HA SEU GOSTO E DESGOSTO
Na vida, p'ro Milhazes,
Alguns bens, muito bons,
Agradam aos rapazes;
P'ra ele são dons.
Primeiro, as mulheres,
Boa, delicada loiça;
Na mesa, bons talheres,
Música que se oiça.
A seguir vem bom bago,
Sonante, bem disposto,
Pois sem cheta, carago,
Pode haver bom mosto?
Oh! mal sabe a vinhaça,
Na boca fica amarga;
A cerveja é de raça
E de melhor descarga!
E viva o glorioso,
O Benfica, da águia;
Se perde, é doloroso:
Adeus, oh! triste lábia!
E VTVA sempre 0 PORTO!
Louvem os bons dragões;
Isto é tudo desporto,
Haja boas canções!
1989.09.06
Setúbal
~~~~~~~~~~~~~~~~~
A BELA SAIU Á RUA
Saiu leve, andorinha,
A feição serena e calma;
É tão ... tão linda a Belinha
Será que merece palma?
Desenhando ao estirador,
A voz risonha, fininha,
De quem vai em bom andor
Com aura, ar de santinha!
Vendo com seu doce olhar,
Bem por cima das lunetas
Ao dente se põe a dar,
Um diabinho, pespeta.
Ar tímido, cativante,
Para não sobressair;
Ela mudou num instante
E até já sabe rir.
Quem a viu, quem a vê.
Só visto, não se acredita
Vero, para quem me Iê:
Não há prato que resista.
Piadas são mais de mil
Inocentes, sem maldade?
Sem fundo está o barril
Com o peso da "bondade".
Lá vou, sem "intimidades",
Por dela me apartar.
Fica o riso, mocidades,
Da Belinha a diabrar!
1990.Setembro.17 - Setúbal
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
2. AMORAMIZADE(des)ENCANTO
DISTRACÇÃO
.
Procuro-te
levando-me-te
como quem nas mãos leva
um sopro de fragilidade
que tu
em gesto ou palavra dispersas.
Caindo
na seriedade
o sorriso
apagado.
.
.Setúbal . 1989.Setembro
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
SÃO TRISTE MADRIGAL E MELANCOLIA
Pus a bordada toalha de renda,
No candelabro acendi a vela,
Alindei a mesa com trigo e rosas,
Preparei o vinho e a codorniz.
Em surdina a música e a prenda,
Feliz contigo, poema na tela:
Ternura e beleza mui preciosas.
Mas faltaste ao amador-aprendiz;
O jantar lixou-se, não estou feliz!
1989.09.11 SETUBAL
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
6. DEDICATÓRIAS
NOVAS DEDICATORIAS, EM VERSO
À bela Ana Paula
Moça de lindo riso;
Há quem fique na jaula
P'ra não perder o siso!
Ao colega João Guerra
Que na paródia faz paz;
Calculando, aterra,
Não fosse ele bom rapaz.
Ao Nuno, arquitecto
Desta nossa casa,
Tenhas bom projecto
E muito bela vaza
À Ana Paula, com ar ausente
De quem grande tristeza mui sente,
Dou esta cópia como presente,
P’ra que no riso mal não assente.
1989.09.05 - Setúbal
~~~~~~~~~~~~~~~
DEDICATORIAS
Ao Ferra Inácio,
Bom arquitecto,
Faz do Palácio
Belo projecto.
a D. MANOLO, EL MATADORCITO
D.Manolo é vedor
Da praça ao povoado,
Bem fero pegador
De vitelas, apeado.
Com su traje de luces
Mal ligava ao povo
Cojido en las cruces,
Moído que nem ovo.
Ah! Viva a pinguita
E que tento na língua!
Encher a barriguita
P'ra não ficar a' mingua.
D. Manolo, que dolor!
Do pombal foi arreado
P'lo povo, esquecedor
Do rabejar ensaiado.
1989.09.11 SETUBAL
vem de
https://www.facebook.com/notes/victor-nogueira/-a-poesia-nas-palavras-em-setembro-01-/10151656381434436
Há muito tempo atrás, ainda no passado milénio, distribuí a minha poesia por 10 conjuntos:
1. PHOTOMATON
2. AMORAMIZADE(des)ENCANTO
3. LA VIE EN ROSE
4. TROCALETRA
5. PRAXIS
6. DEDICATÓRIAS
7. PROSEANDO
8. QUADRAS SOLTAS E RIMANCE
9. SONETOS
*** CONCRETISMOS
esta e as próximas notas darão noticia da poesia escrita em setembro, ao longo dos tempos
1. Photomaton
P'RA TUDO HA SEU GOSTO E DESGOSTO
Na vida, p'ro Milhazes,
Alguns bens, muito bons,
Agradam aos rapazes;
P'ra ele são dons.
Primeiro, as mulheres,
Boa, delicada loiça;
Na mesa, bons talheres,
Música que se oiça.
A seguir vem bom bago,
Sonante, bem disposto,
Pois sem cheta, carago,
Pode haver bom mosto?
Oh! mal sabe a vinhaça,
Na boca fica amarga;
A cerveja é de raça
E de melhor descarga!
E viva o glorioso,
O Benfica, da águia;
Se perde, é doloroso:
Adeus, oh! triste lábia!
E VTVA sempre 0 PORTO!
Louvem os bons dragões;
Isto é tudo desporto,
Haja boas canções!
1989.09.06
Setúbal
~~~~~~~~~~~~~~~~~
A BELA SAIU Á RUA
Saiu leve, andorinha,
A feição serena e calma;
É tão ... tão linda a Belinha
Será que merece palma?
Desenhando ao estirador,
A voz risonha, fininha,
De quem vai em bom andor
Com aura, ar de santinha!
Vendo com seu doce olhar,
Bem por cima das lunetas
Ao dente se põe a dar,
Um diabinho, pespeta.
Ar tímido, cativante,
Para não sobressair;
Ela mudou num instante
E até já sabe rir.
Quem a viu, quem a vê.
Só visto, não se acredita
Vero, para quem me Iê:
Não há prato que resista.
Piadas são mais de mil
Inocentes, sem maldade?
Sem fundo está o barril
Com o peso da "bondade".
Lá vou, sem "intimidades",
Por dela me apartar.
Fica o riso, mocidades,
Da Belinha a diabrar!
1990.Setembro.17 - Setúbal
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
2. AMORAMIZADE(des)ENCANTO
DISTRACÇÃO
.
Procuro-te
levando-me-te
como quem nas mãos leva
um sopro de fragilidade
que tu
em gesto ou palavra dispersas.
Caindo
na seriedade
o sorriso
apagado.
.
.Setúbal . 1989.Setembro
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
SÃO TRISTE MADRIGAL E MELANCOLIA
Pus a bordada toalha de renda,
No candelabro acendi a vela,
Alindei a mesa com trigo e rosas,
Preparei o vinho e a codorniz.
Em surdina a música e a prenda,
Feliz contigo, poema na tela:
Ternura e beleza mui preciosas.
Mas faltaste ao amador-aprendiz;
O jantar lixou-se, não estou feliz!
1989.09.11 SETUBAL
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
6. DEDICATÓRIAS
NOVAS DEDICATORIAS, EM VERSO
À bela Ana Paula
Moça de lindo riso;
Há quem fique na jaula
P'ra não perder o siso!
Ao colega João Guerra
Que na paródia faz paz;
Calculando, aterra,
Não fosse ele bom rapaz.
Ao Nuno, arquitecto
Desta nossa casa,
Tenhas bom projecto
E muito bela vaza
À Ana Paula, com ar ausente
De quem grande tristeza mui sente,
Dou esta cópia como presente,
P’ra que no riso mal não assente.
1989.09.05 - Setúbal
~~~~~~~~~~~~~~~
DEDICATORIAS
Ao Ferra Inácio,
Bom arquitecto,
Faz do Palácio
Belo projecto.
a D. MANOLO, EL MATADORCITO
D.Manolo é vedor
Da praça ao povoado,
Bem fero pegador
De vitelas, apeado.
Com su traje de luces
Mal ligava ao povo
Cojido en las cruces,
Moído que nem ovo.
Ah! Viva a pinguita
E que tento na língua!
Encher a barriguita
P'ra não ficar a' mingua.
D. Manolo, que dolor!
Do pombal foi arreado
P'lo povo, esquecedor
Do rabejar ensaiado.
1989.09.11 SETUBAL
vem de
https://www.facebook.com/notes/victor-nogueira/-a-poesia-nas-palavras-em-setembro-01-/10151656381434436
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)