sábado, 16 de novembro de 2013

É buraco sem fundo

* Victor Nogueira

É buraco sem fundo
numa cova profunda
do tamanho do mundo;
leste que se afunda

A rima num poema,
poesia sem magia,
é fraco teorema
tecido na vazia.

O cego por não ler
não tem sol nem lua;
pois caminhando vai
sem que saias p'rá rua.

São letras sem sentido
as que alinhadas vão;
o tino despartido
em má assombração.

Jogando, interditos,
noite e dia, sem parar;
são jogos malditos
que banem o amar.

Amar vem de amor
e a rima da flor;
armar multicolor
que rema sem dolor !

Setúbal 2013.11.16

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)