In memoriam – Hugo Pratt - por RNPD
«Pandora: Bom dia, Corto Maltese!
Corto: Ena! Estás muito bonita! Fazes-me lembrar um tango de Arola que eu ouvia no cabaré ‘Parda Flora’, em Buenos Aires.
Pandora: Talvez houvesse por lá alguém parecido comigo?
Corto: Não. É precisamente por não te pareceres com ninguém que gostaria de te encontrar sempre… em toda a parte…»
Hugo Pratt, A Balada do Mar Salgado
• Pandora Groovesnore : Filha de Tadeo Groovesnore, grande armador de Sydney e neta de Ronald Groovesnore, vice-almirante da Royal Navy. Na sequência dum naufrágio do “Jovem de Amesterdão” em que seguia, é capturada conjuntamente com o seu primo Caïn pelos piratas do Monge, no início da I Grande Guerra, em 1914. Ela revela ser uma rapariguinha de forte personalidade e bastante adulta para a sua idade, controlando a situação em que se encontro envolvida e marcará profundamente Corto que a designará por “Jóia Romântica”. Pandora mostrar-se-á incapaz de manter uma relação durável com o belo marinheiro. De tal modo que a sua história parece ter ficado apenas ao nível platónico. (A Balada do Mar Salgado). Contudo ele pensará sempre nela ao longo das suas aventuras posteriores. Assim ele fica preso de extrema melancolia quando em As Célticas, sabe que ela vai casar-se. Em A Casa Dourada de Samarkand, quando Mariana pergunta a Raspoutine se Corto alguma vez esteve apaixonado, este responde-lhe “Sim, uma vez, por uma jovem sem espírito aventureiro”
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)