domingo, 9 de fevereiro de 2014

Entre o ser e o nada


Entre o ser e o nada

Calámos as palavras e prendemos os gestos, perante o nada que é a vida, breve instante, fósforo que brilha com maior ou menor intensidade, refulgente ou não, e logo se apaga. No vazio de ti, ausência eterna em que persistes enquanto de ti nos lembramos, resta uma paleta mesclada de sons e de cores, alegres ou na sombra, de cambiantes mil. Sem resposta ficarão as perguntas que não foram feitas, a vida que não vivemos ao escolher este ou aquele destino nas múltiplas encruzilhadas. Restam a saudade e a imaginação, entre o nascer e o morrer, entre o tudo e o nada. Ah! Ao pôr o pé na estrada da vida, viandante, a resposta é só uma: “caminhante, caminhando se faz o caminho.” Não há outra saída entre o ser e o nada! 

Foto Victor Nogueira - o homem da bicicleta ao alvorecer
Gosto ·  ·  · 9/2 às 0:04

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)