sexta-feira, 25 de julho de 2014

Do amor escrevem os poetas mil

* Victor Nogueira

Do amor escrevem os poetas mil
canções que os jograis na corte cantam,
e aos mores os pares se espantam
em suspiros, lânguidos, rico ceitil.

Os peixes, as aves, no mundo voam,
enchendo de lágrimas o barril,
tudo rodando com arte, mui gentil,
com esmeraldas, diademas, que soam.

Todos em mel do Olimpo mergulhando,
com cítaras, harpas, os serafins,
que bem langorosos vão navegando.

Como se mosqueteiros, espadachins
fossem, rindo, correndo, salteando,
entroando d'alvorada clarins


2014.07.25 setúbal

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)