* Victor Nogueira (texto e fotos)
A beleza e a concisão da foto a preto e branco não disfarçam, antes realçam, a extrema miséria e dureza de vida das classes populares em Setúbal, terra onde a luta de classes sempre se manifestou, desde a resistência à ocupação castelhana, sem esquecer os tempos do "ouro branco" que constituía a extracção do afamado sal do Rio Sado, a apanha das ostras, a indústria conserveira ou, mais recentemente, a construção naval e a metalo-mecânica pesada, tudo actividades económicas reduzidas a nada com o passar dos tempos. Restam os registos, a(s) memória(s) e os festivais.
E neste 5 de Outubro, a memória de Mariana Torres e António Mendes, operários conserveiros setubalenses, assassinados pelas forças policiais a 13 de Março de 1911 em plena avenida Luísa Todi, na sequência duma manifestação de reivindicação por melhores condições de trabalho. Numa luta condenada pela republicana e feminista Ana de Castro Osório, posicionada no lado oposto da barricada, o dos proprietários da indústria conserveira.
E neste 5 de Outubro, a memória de Mariana Torres e António Mendes, operários conserveiros setubalenses, assassinados pelas forças policiais a 13 de Março de 1911 em plena avenida Luísa Todi, na sequência duma manifestação de reivindicação por melhores condições de trabalho. Numa luta condenada pela republicana e feminista Ana de Castro Osório, posicionada no lado oposto da barricada, o dos proprietários da indústria conserveira.
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)