* Victor Nogueira
ISTO NÃO É UM POEMA MAS SIMPLES DESALINHAVADO
quem responde ao meu apelo
não será quem eu quero
e
quem eu quero não sei quem seja
.
os dias e as noites liquefazem-se
e o meu sorriso é uma máscara que se me colou à pele
.
dentro da máscara e para lá do sorriso
uma crisálida moribunda
na busca do desassombro das portas e janelas abertas
ao sol, ao vento, à maresia, ao viandante sem arnês, andarilho ou maltês ....
.
na ressaca das ondas vem um país pequenino
vazio, frio e cinzento
um país de meias tintas e lantejoulas de pechisbeque
e salamaleques com mil reverências a suas "insolências"
preso a séculos de sujeição, de inquisição e de pinas maniques
com o passado como tiques
e, mesmo na penumbra, com medo da própria sombra !.
Resta-me a recusa
de não ser capacho ou mata-borrão
e a afirmação
da não sujeição!
Dói e rói esta solidão pela recusa em ser a formiga no carreiro !
Mindelo 2014.12.30
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
A Casa do Sol Nascente
tradução de Victor Nogueira
The House of the Rising Sun
There is a house in
New Orleans
They call The Rising
Sun
And it's been the
ruin of many other poor boys
And god, I know, I'm
one
My mother was a
tailor
She sewed my new
blue jeans
My father was a
gamblin' man
Down in new orleans
And the only thing a
gambler needs is
A suitcase and a
trunk
And the only time
he'll be satisfied
Is when he's on a
drunk
Oh mother, tell your
children
Not to do what I
have done
Spend your lives in
sin and misery
In the house of the
rising sun
Well I've got one
foot on the platform
And the other on the
train
I am going Back to
new orleans
to wear that ball
and chain
There is a house in
New Orleans
They call The Rising
Sun
And it's been the
ruin of many other poor boys
And god, I know, I'm
one
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A Casa do Sol Nascente
Há uma casa em New Orleans
conhecida por Sol Nascente
que foi a ruína de muitos garotos pobres
e Deus meu, sei porque fui um deles
A minha mãe era alfaite
E costurou as minhas blue jeans
O meu pai era um batoteiro
Lá, em New Orleans
Hoje um batoteiro precisa apenas
De uma mala e de um cofre
E a sua única satisfação
É estar perdido de bêbado
Oh Mãe, diz às tuas crianças
Para não fazerem o que eu fiz:
Desperdiçarem as suas vidas na luxúria e na miséria
Na Casa do Sol Nascente
Bem, com um pé na plataforma da estação
E o outro no comboio
Vou regressar a New Otleans
Para usar aquele relógio (de bolso) e a corrente
Bem, há uma casa em New Orleans
Conhecida como O Sol Nascente
Que tem sido a ruína de muitos garotos
E, Deus meu, eu sei porque sou um deles.
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domingo, 14 de dezembro de 2014
il gattopardo, de lampedusa
No fundo, no fundo nada muda, apenas as moscas, como no romance de Lampedusa, "O Leopardo" onde Don Fabrizio Corbera, Príncipe da Casa Salina ou o seu sobrinho, face à vitória de Garibaldi e da reunificação italiana afirmava que é preciso que algo mude para que o essencial se mantenha. Tal como para a Casa de Salina, passou o tempo da Casa do Espírito Santo, a reunificação agora a um patamar mais elevado, o do continente europeu.
sábado, 13 de dezembro de 2014
PARA MEMÓRIA FUTURA, DOIS PROVÉRBIOS DE MINHA AUTORIA
PARA MEMÓRIA FUTURA, DOIS PROVÉRBIOS DE MINHA AUTORIA (penso eu de que)
2. - na república das hienas, os leopardos são tunantes !