sábado, 29 de agosto de 2015

floreandando

* Victor Nogueira

Duas ou três das roseiras ainda florescem e as granjas ou hortênsias secas estão. Nos dias cinzentos e chuvinhentos as dálias viram as corolas para o chão, como que alquebradas, arrebitando e erguendo as hastes com a soalheira. Em dias ventosos as perpétuas ficam de rojo, soerguendo-se com o bom tempo. Os malmequeres brancos sobressaem entre a folhagem verde mas não adianta desfolhá-los em busca de Penélopes ou Miquelinas.

Para lá da janela desta sala e do muro mais além - ainda sem espigas formadas que se distingam daqui - o milheiral  matiza-se de variados verdes desde o baço e mortiço ao dourado,de acordo com a luminosidade dos dias.

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)