3. - Acabei de ler de Jiro Taniguchi "O Diário do Meu Pai", uma novela gráfica envolvente, sobre a (re/des)construção da memória, numa colecção de BD editada semanalmente pelo jornal "Público"
[Lendo esta novela gráfica, o que ficou em mim foi a consciência de quão parcelar pode ser o conhecimento que temos dos nossos oais, quão limitado ele pode ser devido ao silêncio de um deles sobre a vida a a sua relação com o cônjuge]
"Em O Diário do meu Pai, Taniguchi conta-nos uma história de regresso às raízes, que o leva a evocar a infância e a perceber finalmente o verdadeiro motivo por que o pai abandonou a família. Taniguchi queria contar uma história que tivesse a sua terra natal, Tottori, como cenário, mas, como refere numa entrevista a Benoit Peeters:“quando me pus a reflectir na história, apercebi-me que, de facto, não sabia quase nada sobre o meu pai. Imaginei então uma personagem que regressa à sua terra natal para descobrir quem era verdadeiramente o seu pai. (…) A história é inventada, mas os sentimentos e o espírito da história resultam da minha experiência pessoal. Tinha em relação ao meu pai o mesmo tipo de sentimentos que estão descritos no livro. No fundo, durante a minha juventude, tinha a ideia que não queria ser como ele. Achava que a vida do meu pai não era uma vida interessante. Mas depois descobri que afinal não era bem assim, e é isso mesmo que tento transmitir neste livro”.
VER TEXTO COMPLETO EM http://bongop-leituras-bd.blogspot.pt/2015/05/lancamento-levoir-coleccao-novela.html (fFB 2015.05.02)
in pais e filhos 01 - ir com as aves (http://aoescorrerdapena.blogspot.pt/2015/05/pais-e-filhos-01-ir-com-as-aves.html)
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)