* Victor Nogueira
João Miguel Tavares é um cronista do Público que assina como "jornalista" as suas crónicas neoliberais, uma espécie de neocon caseiro. Sobre Soares escreveu nestes últimos dias duas crónicas magistrais:
1. - O meu Soares não foi o melhor Soares
2. . Por que foi tão pouca gente ao funeral de Soares?
Nesta última lamenta a ausência de amplas massas populares que ingratamente não estiveram presentes no funeral de Soares contrariamente ao que sucedeu com o de Álvaro Cunhal, neste caso e segundo JMT devido à "extraordinária capacidade de mobilização do PCP, e o facto de a devoção comunista estar mais próxima de um fenómeno religioso do que político." Segundo JMT "É muito triste esta incapacidade de nos sentirmos em dívida para com os melhores de nós. E de lhes prestarmos o justo tributo enquanto tal." lamentando "a incapacidade da nossa democracia em produzir os seus próprios heróis" no século XX.
Ora, na crónica anterior de JMT intitulada "O meu Soares não foi o melhor Soares " está por ele exposto o motivo desta "democracia" de que Soares foi o avô e Cavaco o pai não terem "heróis" que a burguesia possa incensar.
Com efeito, começa a referida crónica de JMT "Soares não teve sempre razão, mas teve razão nos momentos fundamentais, e essa é uma dívida inestimável que o país tem para com ele." concluindo a mesma afirmando que "O mais importante é aquilo que está escrito na nota que o Partido Comunista Português escreveu acerca da sua morte. Soares, lamenta o PCP, destacou-se “no combate ao rumo emancipador da Revolução de Abril”. Acreditem: não há mais belo obituário. É por causa desse combate que todos devemos tanto a Mário Soares.", conclui JMT
Pelos vistos, o "Todos" de JMT afinal e apenas uma pequena parte e essa não inclui a esmagadora maioria do "ingrato" povo português que JMT abomina e pelo qual tem profundo desprezo
Por que foi tão pouca gente ao funeral de Soares?
O meu Soares não foi o melhor Soares
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Lisboa - Largo do Carmo em 25 de Abril de 1974
Lisboa - 1º de Maio de 1974
Lisboa - 1º de Maio de 1974
Helena Vieira da Silva - A poesia está na rua - 25 de Abeil de 1974
Lisboa, 15 de Junho de 2005 - funeral de Álvaro Cunhal
... e o que foram, senão heróis, todos os resistentes anti-fascistas portugueses que efectivamente foram torturados e/ou morreram nas prisões da PIDE?
ResponderEliminarMaria João