Esta roubei ao meu amigo Custodio Sertorio.
"Uma das histórias judiciais que ficaram célebres, na primeira metade do século XX, teve a ver com a defesa de um arguido acusado de chamar "filho da puta" ao ofendido, expressão que, na altura, era considerada altamente ofensiva.
Nas suas alegações, o escritor e advogado Ramada Curto começou por chamar a atenção do juiz para o facto de muitas vezes se utilizar esta expressão em termos elogiosos: «Grande filho da puta, és o melhor de todos!», ou carinhosos: «Dá cá um abraço, meu grande filho da puta!», tendo concluído da seguinte forma:
«E até aposto que, neste momento, V.Exa. está a pensar o seguinte: "Olhem lá do que este filho da puta não se havia de ter lembrado só para safar o seu cliente!"...»
Chegada a hora da sentença, o juiz vira-se para o réu e diz :
«O senhor está absolvido, mas bem pode agradecer ao filho da puta do seu advogado!»"
Ah, essa tb se contava dum advogado em Luanda, para além doutra que tb envolvia. Convidado para uma recepção ou festa no Palácio do Governo Geral, foi impedido de entrar por estar sem gravata. Retirou-se e regressou pouco depois com uma única peça de vestuário: uma gravara na cintura LOL
Mas a de Luanda era ligeiramente diferente. terminadas as alegações do advogado de defesa, o de acusação, iniciou a sua intervenção dizendo "Senhor Doutor Juiz, considerando as alegações do filho da puta do meu colega ..."
Sem comentários:
Enviar um comentário
Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)