Google Earth
O Colégio da Sé em évoraburgomedieval ... O que era o Colégio da Sé no medieval burgo de medos e receios, de relógios parados no tempo, de públicas e púdicas virtudes e privados vícios e devassidões .. ? O que foi o Colégio da Sé de silêncios no medieval burgo das meninas que para preservar a "honra" não circulavam desacompanhadas nem frequentavam os cafés - cruzes, canhoto, vade retro satanás, PN AM - num Alentejo cerrado nas mãos dos latifundiários e da pequena burguesia das cidades e das vilas ?
Que melhor espelho, que melhor resposta é a deste "grupo" que morrerá definitivamente quando morrer o estrangeiro que sou, o que veio de longe, de muito longe, como se não tivéssemos feito parte da vida de todos e de cada um de nós, com memórias e afectos mais ou menos profundos ? Tão parcos de acenos e de calor ? Tão cerrados e silentes por detrás das espessas cortinas nas janelas !
Tão jovens que terão sido as presentemente hoje envelhecidas crias do Colégio da Sé em évoraburgomedieval ? Tão triste, tão seca e arenosa é a "herança" do Colégio da Sé em évorburgomedieval no Alentejo do vento suão que esfarela(va) a alma e os ossos.e vilipendia(va) os malteses.?
Na foto o Colégio de S. Francisco Xavier (patrono da então Vila e actual Cidade de Setúbal) , missionário da Companhia de Jesus, actualmente Palácio Fryxel e sede do Instituto Politecnico de Setúbal .
SERÃO PALAVRAS (Eugénio de Andrade)
Diremos prado bosque
primavera,
e tudo o que dissermos
é só para dizermos
que fomos jovens
primavera,
e tudo o que dissermos
é só para dizermos
que fomos jovens
Diremos mãe amor
um barco,
e só diremos
que nada há
para levar ao coração
um barco,
e só diremos
que nada há
para levar ao coração
Diremos terra mar
ou madressilva,
mas sem música no sangue
serão palavras só,
e só palavras, o que diremos.
ou madressilva,
mas sem música no sangue
serão palavras só,
e só palavras, o que diremos.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)