domingo, 24 de fevereiro de 2019

a poesia em 24 de fevereiro


em casa minha
os
livros são como coelhos
e de joelhos
estou
do chão ao tecto
não em adorações
de andores
mas em arrumações
com dores
tarefa infinda
dia-a-dia
na berlinda
pum catrapum

setúbal 2014.02.24


com mil olhos
e
dez mil bocas em cadeia
na verdade
sem vida
de interditos
benditos ou malditos
é
a cidade
entre dentes
a serpente
em surdina

setúbal 2012.02.24


o cansaço
do baraço
às braçadas
é meu

teu
o
abraço ?

setúbal 2014.02.24

tiritas
de medo
ou
de frio
não sei
e
não rio

setúbal 2014.02.24


triste
traste
all-quebrado
e
cansado
vegetando
na ínsula

setúbal 2014.02.24

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)