A tarde de domingo estava soalheira, a marginal para Póvoa de Varzim cheia de trânsito e carros e as esplanadas plenas de pessoas.
O meu destino era a Igreja do Senhor Jesus dos Navegantes, em Caxinas (Vila do Conde) para fotografar um mural que vislumbrara na antevéspera. No relvado pombas brancas de cauda em leque debicavam grãos, indiferentes aos transeuntes.
Contornando o templo, em forma de barco, um homem de cabeça curvada para o chão, na companhia da sua sombra, seguia lentamente mexendo continuamente os dedos duma das mãos.
Ao passar por ele verifico que esfarelava uma côdea de pão, deixando um rasto de alimento para as pombas que as ignoram. Nos bancos ao longo do mural. dedicado à pesca, velhotes solitários e silenciosos aquecem-se ao sol. Peixes são também o elemento figurativo da calçada à portuguesa.
Verifico que há uma farmácia aberta na deserta rua nas traseiras da igreja e para lá me dirijo para adquirir pensos rápidos e Betadine, aguardando pacientemente que a empregada e uma cliente acabem de pôr em dia o que me parece ser pura calhandrice.
No pára-arranca ao longo do percurso vou registando em fotografia o que vejo em meu redor em certos troços do trajecto.
No pára-arranca ao longo do percurso vou registando em fotografia o que vejo em meu redor em certos troços do trajecto.
Azurara
atravessando o Rio Ave
Vila do Conde
Casa-Museu de José Régio
Caxinas
Mural junto ao Mercado Municipal
Igreja do Senhor Jesus dos Navegantes
Vila do Conde
Calçada de S Francisco
fotos em 2019.10.06
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)