domingo, 19 de janeiro de 2020

De ti



* Victor Nogueira


De ti
está vazia a moldura
uma cercadura
com serradura.

Quem lá esteve, sei eu?
Saberás tu?

Quem tu serás, não sei!
Quem se foi, sei eu.

Ficam as ilusões
e os anões.

Em torno de mim
o eterno silêncio
e
hoje
uma vez mais
o estremecer do chão
com a música que em alto pum pum
um qualquer vizinho
se torna invasor do alheio sossego.

Esvoaçando o pensamento
nnm deserto de flores esmaecidas

e a rima
que não rema


Setúbal, 2020.01.19


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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)