segunda-feira, 20 de abril de 2020

Covid 19 e mortalidades

* Victor Nogueira

Ora vamos lá relativizar. Os mortos devido ao Covid 19 ascendem a 325 pessoas (2020.04.06) o que dá até ao momento uma média diária inferior a 4 pessoas (3,35) desde 1 de Janeiro de 2020.
Em 2020.04.08 o nº de mortos ascendia a 409. o que dá uma média diária pouco superior a 4 óbitos (4,13)
Em 2020.04.19 haviam falecido 741 pessoas, cerca de 1 terço idosas, sendo a média diária de óbitos de 6,7-
Vejamos as causas de morte em Portugal, nos anos de 2017 e 2018, disponibilizadas pelo INE, resumidas no quadro final

Causas de morte 2017 E EM 2018 - - Statistics Portugal - INE -

MORTALIDADE EM 2017
Os dados estatísticos permitem verificar que em Portugal e em 2017 morreram 110 187 pessoas, o que dá uma média diária de 302 pessoas . As três principais causas de morte foram Doenças do aparelho circulatório (32 366 mortos a uma média diária de 89 pessoas), Tumores malignos (27 503 mortos a uma média diária de 75 pessoas) e Doenças do aparelho respiratório, incluindo gripe e pneumonias (12 819 mortos a uma média diária de 35 pessoas). As restantes causas de morte subtotalizaram 37 499 mortos, a uma média diária de 103 pessoas.
Vejamos a seguir com um pouco mais de detalhe.
De acordo com os resultados relativos à mortalidade por causas de morte em 2017, verifica-se que: - existiram 110 187 óbitos no país (Total), menos 0,7% que no ano anterior (110 970 óbitos em 2016); - do total de óbitos, 109 758 foram de residentes em Portugal, e 429 de residentes no estrangeiro; - por sexo, registaram-se 55 398 óbitos de homens (menos 0,9% que no ano anterior) e 54 789 de mulheres (menos 0,5% que em 2016).
Doenças do aparelho circulatório - Estas doenças constituíram a principal causa básica de morte em 2017, com 32 366 óbitos, menos 1,3% que em 2016; - As doenças do aparelho circulatório representaram 29,4% da mortalidade em 2017, resultado ligeiramente inferior ao registado em 2016 (29,6%); - A taxa bruta de mortalidade foi de 314,2 por 100 mil habitantes em 2017, menos 1,1% que em 2016;
Tumores malignos - Estas doenças constituíram a segunda causa básica de morte em 2017, com 27 503 óbitos, mais 0,5% que em 2016; - Os tumores malignos representaram 25,0% da mortalidade, resultado ligeiramente superior ao registado em 2016 (24,7%); - A taxa bruta de mortalidade foi de 267,0 por 100 mil habitantes em 2017, mais 0,8% que em 2016;
Doenças do aparelho respiratório - Estas doenças foram também uma das principais causas de morte em 2017, com 12 819 óbitos, menos 4,9% que no ano anterior (13 474 óbitos); - As doenças do aparelho respiratório representaram 11,6% da mortalidade, resultado inferior ao registado em 2016 (12,1%); - A taxa bruta de mortalidade foi de 124,5 por 100 mil habitantes em 2017, menos 4,6% que em 2016;
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas - Estas doenças provocaram 5 363 óbitos, menos 4,2% que no ano anterior (5 599 óbitos); - As doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas representaram 4,9% da mortalidade, resultado inferior ao registado em 2016 (5,0%); - A taxa bruta de mortalidade foi de 52,1 por 100 mil habitantes em 2017, menos 4,0% que em 2016;
Perturbações mentais e do comportamento 1 - Estas doenças estiveram na origem de 4 032 óbitos em 2017, mais 9,2% do que no ano anterior (3 691 óbitos); - As perturbações mentais e do comportamento representaram 3,7% da mortalidade, resultado superior ao registado em 2016 (3,3%); - A taxa bruta de mortalidade foi de 39,1 por 100 mil habitantes, mais 9,5% que em 2016;
MORTALIDADE EM 2018
Os indicadores divulgados pelo INE incluem os principais grupos de causas de morte por doença, destacando-se as doenças do aparelho circulatório, os tumores malignos, as doenças do aparelho respiratório e as doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, bem como as mortes por causas externas de lesão e envenenamento.
Em 2018, no país (incluindo mortes de residentes no estrangeiro) morreu-se principalmente devido a doenças do aparelho circulatório, com 32 926 óbitos (32 732 de residentes no país e 194 de não residentes), ou seja, 29,0% do total de óbitos, com um decréscimo de 0,4% relativamente ao ano anterior
Em 2018, os tumores malignos foram a segunda principal causa básica de morte no país, com 28 531 óbitos (28 450 de residentes no país e 80 de não residentes) que representaram 24,6% do total de óbitos e uma diminuição de 0,4% em relação ao ano anterior
No conjunto de óbitos de indivíduos residentes em Portugal, em 2018 foram também relevantes as mortes devidas a doenças do aparelho respiratório (13 276 óbitos), que representaram 11,7% do total de óbitos ocorridos. Neste grupo de doenças inclui-se a pneumonia, que esteve na origem de 5,1% das mortes ocorridas em 2018 (5 750).
No conjunto das doenças respiratórias, são também relevantes as mortes por doença pulmonar obstrutiva crónica, com 2.834 óbitos, representando 2,5% do total da mortalidade e com um aumento de 7,9% face a 2017.

Com menor importância em relação à mortalidade global, o INE salienta os aumentos significativos nos totais de mortes por gripe (influenza) (205 óbitos) e por asma (142 óbitos).
As doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas causaram 5 550 óbitos de residentes em Portugal, em 2018, correspondendo a 4,9% do total, com destaque para a ocorrência de 4 292 óbitos por diabetes mellitus (3,8% do total de óbitos).

As mortes por causas externas corresponderam a 4,6% do total de óbitos de residentes em Portugal em 2018 (5 216 óbitos), destacando-se a importância relativa das mortes por acidentes (3 069 óbitos) e por suicídio e outras lesões autoinfligidas intencionalmente (989 óbitos).
No ano em análise, registaram-se em Portugal 1 689 óbitos (1 687 de residentes no país e 2 de não residentes) pela doença de Alzheimer (mais 120 óbitos do que em 2017)

Em 2018, registaram-se 314 mortes por infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) ou SIDA.

Em 2018, os sintomas, sinais, exames anormais e causas mal definidas como causa básica de morte representaram 6,2% dos óbitos residentes em Portugal (7 030 óbitos), o que representa um agravamento em relação aos valores de 2017 (6 665 óbitos).

SAZONALIDADE
Na análise por mês de ocorrência do óbito verifica-se uma diferença entre o padrão de sazonalidade dos óbitos por doença e dos óbitos provocados por causas de morte externas. Os meses com maior frequência de óbitos por doença foram os meses do inverno (dezembro, janeiro, fevereiro e ainda março), com percentagens mensais de óbitos a variarem entre os cerca de 9% e 11%, e nos restantes meses a variarem entre os 7% e os 8,5%, com destaque para as doenças do aparelho respiratório, em particular gripe e pneumonia. No caso dos óbitos provocados por causas externas verificaram-se picos de mortalidade nos meses de janeiro, agosto e outubro com cerca de 10% em cada, sendo que nos restantes meses se situam em cerca de 8% de óbitos ocorridos mensalmente.
FONTE:

covid 19 - 599 motos (até 2020.04.14) - taxa bruta de mortalidade em 2020 - 5,5 (cinco vírgula cinco) óbitos por100
mil habitantes, Note-se que 1/3 dos mortos foi de idosos internados em lares


Sem comentários:

Enviar um comentário

Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)