* Victor Nogueira
Foto de família, c. 1972 – Luanda - a vivenda geminada na Praia do Bispo. onde morávamos. Na 1ª moraram, à esquerda os Bragança (e depois deles outra família cujo nome não fixei) e à direita, sucessivamente, os Coimbra e os Fardilha. Na 2ª vivenda os Nogueira da Silva e, à direita, moraram, sucessivamente os Balsa e os Sequeira. Na 3ª vivenda moraram os Birrento e os Andrade Ferreira.
O Bairro da Praia do Bispo era do Estado, destinado a funcionários públicos.
EM 2012.06.14, ESCREVEU ALFREDO TOMAZ:: «Se considerarmos que esta fileira de vivendas se estendia por cerca de um quilómetro; que do outro lado da avenida havia palmeiras simetricamente alinhadas; que depois das palmeiras havia o mar; que nesse mar, bem pertinho do bairro havia uma ilha com coqueiros, cabanas de pescadores e areias douradas; considerando tudo isto, temos de reconhecer que a Praia do Bispo era um dos bairros mais lindos de Luanda, pese embora o facto de por detrás destas vivendas haver casas mais modestas mas todas elas ajardinadas.»
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Em 1989 havia Victor Nogueira escrito:
RAÍZES
............."Maianga Maianga
.............Bairro antigo e popular
.............Da velha Luanda
.............Com palmeiras ao luar ..."
.............''A Praia do Bispo
.............Cheiinha de graça
.............De manha á noite
.............Sorri a quem passa ..."
............(das Marchas Populares em Luanda)
Longo era o bairro ao longo da marginal
Longo era o bairro do morro de S. Miguel ao morro da Samba
Grande era o bairro e grandes as casas
No meio o bairro operário e a igreja de S.Joaquim,
estreitas as ruas, pequenas as casas.
Nas traseiras, o morro,
no alto o Palácio,
Na frente a larga avenida,
o paredão, as palmeiras e os coqueiros
a praia que já não era do Bispo
mas das pedras, dos limos e dos detritos.
Mais além a ilha que era península
com a sanzala dos pescadores
casas de colmo no areal
da extensa e boa praia
o mar sem fim. (...)
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)