segunda-feira, 29 de março de 2021

os textos em março 13, 27, 28, 29

 * Victor Nogueira


2020 03 29 Foto Victor Nogueira - Sé de Braga - 1998.06.07  (rolo 349) -

Na Idade Média muitas das Sés estavam cercadas de ruelas estreitas. Ao longo do tempo foi-se defrontando o espaço em torno delas, designadamente na frontaria, como sucedeu no Porto. Mas aqui em Braga não há defronte da Sé qualquer adro mas uma rectilínea rua.

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À confusão da cidade moderna, o sossego do centro histórico merece referência. O que deveria ser talvez designada por Rua Direita dá origem às ruas D. Diogo de Sousa e do Souto, ligando respectivamente o Campo das Hortas (e Arco da Porta Nova) ao Largo do Barão de S. Martinho (Café a Brasileira) e à Praça Central. Paralela, uma rua mais pequena, de D. Paio Mendes, no topo da qual se encontra a Sé, como que “encravada” nos edifícios. Fundada pelo Conde D. Henrique e anterior à fundação de Portugal, foi embelezada por sucessivos arcebispos que nela também queriam deixar marca e memória, numa simbiose de vários estilos, desde o românico ao gótico passando pelo barroco. 

Contudo nem sempre os resultados  terão sido os melhores: o actual claustro é pobre, o frontal do altar mor, em pedra de anção, com delicadas e expressivas figuras, é apenas uma parte do primitivo que se perdeu, os túmulos dos fundadores do condado portucalense foram desalojados para que o sítio albergasse a nobre capela mortuária dum  bispo. Também o claustro não tem grandeza, substituindo o primitivo românico, e nele se encontram várias capelas tumulares, entre as quais as de D. Teresa e D. Henrique. Aliás são de referir pela sua beleza os túmulos do Príncipe D. Afonso (gótico-flamengo), do conde D. Henrique (sec. XVI), do Bispo D. Gonçalo Pereira (séc. XIV). Por um pátio exterior acede-se à chamada capela de S. Geraldo, sob cuja arca tumular se encontra o corpo incorrupto do bispo homónimo.

O recheio do museu de arte sacra anexo é exemplificativo do luxo e sumptuosidade que cercavam a maioria dos bispos bracarenses, contrastando com a pobreza doutros bispados como os de Castelo Branco ou da Guarda.  (NOTAS DE VIAGENS - 1998.06.03)

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Amizade biunívoca

não equivoca
desassombrada
no campo ou na cidade
a recíproca
sem equívoco
a da reciprococidade

setúbal 2014.03.29

2019 03 28 Auto-retrato em 2019.03.28,no Centro Comercial Allegro em Setúbal. Na zona dos cinemas existem estátuas, um pouco a monte, de vários personagens, como o Capitão Gancho, Peter Pan, Super-Homem, Pateta, Batman, entre outros. Na minha meninice e adolescência embora gostasse do Capitão Marvel, do Shazzam, apreciava mais ,, tal como hoje, o Batman, sem super-poderes, tal como o Demolidor, do que o Super-Homem e toda a galeria de super-heróis com super-poderes. E também gosto de vilões, como o Joker ou Luther. Aqui, o Batman acedeu posar comigo 

😛


2018 03 28 A quem me visitar, uma boa Páscoa. Para quem estiver ausente ou silente, também

2013 03 27 LOL. Vim-me embora. O jogo está viciado e Sócrates é quem dá as cartas e marca o jogo. As perguntas importantes ficam por fazer e os entrevistadores são obsequiosos. Enfim, conversa de comadres sem contraditório! Relvas e Passes de Coelho mandam recados ao esCavaco por interposta pessoa.

Intermezzo musical, a seguir


Dança comigo, Marta, por José Mário Branco


HISTÓRIAS DO LOBO MAU E DA CAROCHINHA OU HISTÓRIAS DOS VAMPIROS E DA FORMIGA CONTRA O CARREIRO ?
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A meu ver houve uma jogada entre o então Presidente da República Jorge Sampaio (militante do PS) e Durão Barroso (militante do PSD) para lançarem Santana Portas (PSD/CDS) à fogueira e permitirem a entrada fulgurante do PS/Sócrates. Sócrates não destoou dos anteriores Primeiros-Ministros do PS-PSD: “gamados” os votos, marimbou-se para as promessas.
Esses eram tempos em que Cavaco e Sócrates - um no ps outro no psd - davam cartas ao asfalto, ao betão e às PPP's, ungdos pelo espírito santo da banca rendeirada.
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Até que chegou a altura em que os Patrões decidiram arranjar outro “moço” e a escolha recaiu sobre Passes do PSD, acolitado pelo Portas sempre-em-pé. Paulo e Pedro zurziram em Sócrates e prometeram o paraíso na terra. Embaladp pelo canto do vigário, o eleitorado pôs no poleiro os novos “moços”, que logo mandaram às urtigas os votos empalmados.
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Mas como isto é uma roda sempre a girar, é preciso uma vez mais que alguma coisa mude para que tudo continue na mesma. Porque, ao contrário do que parece, isto é um jogo em que nos bastidores, a comandar o baile mandado, estão seguros sócretinos que não brincam em serviço.
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O que distingue os moços de serviço a quem está nos bastidores a comandar o baile ? Apresentam-se todos como os coitadinhos: Santana vítima da maldade de Sampaio e da comunicação social, Sócrates e os seu seguidores vítimas do chumbo do PEC IV, depois do psd ter aprovado os PEC’s I-II-III, sempre com o voto contra do PCP.
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Agora a farsa prossegue – Passes de Coelho/Portas governam contra o programa eleitoral e violam grosseiramente a Constituição da Repúblico. Tadinhos, vítimas do lobo mau que mora no Tribunal Constitucional.
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E vai daí a vítima regressa ao local do crime, para se justificar. E vai ter tempo de antena. E parte do eleitorado e das audiências rende-se ao coitadinho que alternadamente passa de bestial a besta e de besta a bestial. O coitadinho queixa-se de cavaco mas não fala em sampaio. A vítima acusa cavaco de deslealdade e é desleal para com o seu camarada tózé que o derrotou em eleições internas, depois do zé ter sido corrido nas urnas.
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Há alguma coisa que distinga os sucessivos moços do ps-psd ? Eles assinaram os tratados de Maastricht e de Lisboa, que estão na génese da situação actual. Foi o Governo de sócrates que assinou o memorando com a troika, facilitando a vida ao psd. Seguro queixa-se que passes portas não o ouviram no cozinhado das tramóias tal como o psd se queixava de que não era ouvido por sócrates.
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Tirando a vestimenta e a música, que distingue o ps-psd-cds uns dos outros ?
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O que os distingue é terem estado sempre de acordo para desmantelarem os sectores estratégicos da economia através da privatização do sector empresarial do estado e da banca , sempre de acordo para atacarem o serviço nacional de saúde, a escola pública e a segurança social sempre de acordo para transformarem direitos em assistencialismo caritativo, para diminuírem as garantias dos trabalhadores através da revisão das leis do trabalho, no sentido da “flexibilização”, isto é, da diminuição dos salários e das indemnizações por despedimento, da introdução de bancos de horas, da desarticulação dos horários de trabalho, sempre de acordo no aumento dos preços dos bens essenciais ou de 1ª necessidade., sempre de acordo no aumento de impostos para quem trabalha ou está aposentado.
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O que os distingue é estarem de acordo para que os seus patrões tenham sempre lucros crescentes, sempre crescentes. Quem são pois os beneficiários ? Os donos dos grandes grupos económico-financeiros, seja ou não através das PPP’s criadas por um governo cavaco-psd e aproveitadas pelos governos do ps e do psd que se lhe seguiram até ao de passes portas que as mantém, pois não foram eleitos senão para isso.
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É seguro melhor que Sócrates ? Seguro que com a sua abstenção tem viabilizado todas as malfeitorias de pedro e paulo ? Seguro que se absteve em todas as moções de censura contra paulo e portas apresentadas pelo pcp e pelo be? Seguro que apresenta agora uma moção de censura mas garante que não porá em causa o memorando assinado pelo ps caso o ps forme governo ?
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Coitadinhos dos que têm pena dos sócretinos. Coitadinhos dos inocentes que “querem” continuar a acreditar e a serem embalados e empalmados com sócretinas histórias da carochinha e do tio patinhas. Seguro, seguro, é que com passes de coelho por lebre continuarão a ser comidos pelo lobo mau e pela alcateia ! Até aos ossos !
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Deixo-vos a música de José Afonso, para escolha de quem me lê, sejam os vampiros,
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seja a formiga no carreiro









2011 03 13 PEC IV TODA A VERDADE PEC IV – março de 2011 

Medidas adicionais para 2011:

Corte total de 1360 milhões; saúde – 85 milhões; SEE -170 milhões; AP, incluindo FSA -170 milhões; segurança social -170 milhões; despesa de capital (investimento público) 595 milhões.
Saúde – redução de custos com medicamentos, sendo que o balanço do ano de 2011 se traduziu de facto numa redução da despesa do Estado em 19,2% mas em paralelo num aumento de 9,3%, isto é mais 66 milhões de euros, de despesa para os utentes.
Corte despesa SEE em 15%. Traduziu-se por exemplo em aumentos médios que segundo o Governo eram de 15%, mas que em muitos casos de passes e outros títulos de transportes muito utilizados chegou aos 20 ou 25%.
Corte nos serviços públicos (administração direta e SFA – exceto SNS, CGA e ensino superior)
Corte no investimento público, designadamente escolas, equipamentos coletivos e infra estruturas de transportes em 400 milhões de euros
Aumento de receitas com concessões do jogo, comunicações e energia e também venda de património

Para 2012 e 2013 em concreto quadro II.2, página 15 e seguintes

Despesa:

Redução da despesa em pensões 425 milhões de euros em 2012
Redução de custos com medicamentos e subsistemas públicos de saúde 510 milhões em 2012 e 170 milhões em 2013, dos quais: acordo com a Apifarma de redução de 140 milhões em 2012 de que não se sabe exatamente o resultado, sabendo-se contudo do já referido aumento dos custos com medicamentos para os utentes em 66 milhões de euros; corte nos hospitais públicos de 5% em 2012 e 4% em 2013; corte na saúde dos trabalhadores da administração pública (ADSE e outros) de 170 milhões; agregação em centros hospitalares e agrupamentos de centros de saúde, corte de 10 milhões em 2012 e 20 milhões de 2013.
Encerramento de escolas e outros cortes na educação, incluindo mega agrupamentos – redução de 340 milhões em 2012 e 170 milhões em 2013.
Outros cortes na administração pública (“consumos intermédios”) 340 milhões em 2012 e 170 milhões em 2013, incluindo por exemplo “racionalização da rede de tribunais”, isto é, encerramento de tribunais equivalente ao corte de 60 milhões em 2012 e 2013.
“Controlo da atribuição das prestações sociais”, isto é, agravamento da aplicação da condição de recursos nas prestações sociais, restrições ao acesso ao subsídio de desemprego e de doença, congelamento até 2013 do IAS com consequência em todas as prestações que lhe estão indexadas e em paralelo aumento de cobrança de contribuições aos trabalhadores no valor de 340 milhões em 2013.
Reduções no SEE, designadamente indemnizações compensatórias (por exemplo no serviço público de rádio e televisão), planos de investimentos e custos operacionais (por exemplo investimentos em escolas, outros equipamentos e infraestruturas de transportes) 595 milhões em 2012 e 170 milhões em 2013.
Corte regiões autónomas e autarquias 170 milhões em 2012.

Receitas:

Redução das deduções e benefícios em IRS, isto é, aumento deste imposto, com aumento de receita (em conjunto com alterações ao IRC) de mais 680 milhões em 2012 e 170 milhões em 2013.
Aumento do IRS para reformados e pensionistas (nivelamento por baixo da dedução específica) em 255 milhões de euros a partir de 2012.
Alteração de taxas do IVA (“progressiva simplificação”) com um aumento de cobrança de receitas de 170 milhões em 2012 e 510 milhões em 2013.
Aumento de outros impostos sobre o consumo em mais 255 milhões em 2012.

Entretanto o PEC IV vangloria-se de medidas já em curso (“reformas estruturais”) como a chamada “melhoria da flexibilidade e adaptabilidade do mercado de trabalho com uma revisão da legislação laboral que teve importantes reflexos, por exemplo, no indicador de flexibilidade do mercado de trabalho construído pela OCDE”. Trata-se afinal da conhecida revisão para pior, pela mão de Vieira da Silva, do código de Bagão Felix. Aliás com o PS tivemos: o fim do princípio do tratamento mais favorável; uma ainda maior generalização da precariedade por exemplo com um novo contrato de trabalho intermitente; a alteração do período experimental para 180 dias (depois declarada inconstitucional); a desregulamentação dos horários de trabalho com os bancos de horas, as adaptabilidades e medidas afins; facilitação do processo de despedimento e diminuição dos recursos de defesa dos trabalhadores; o ataque à contratação coletiva com a caducidade dos contratos; o ataque à liberdade de organização sindical e ao direito à greve, designadamente com a tentativa de instituição abusiva de regras de serviços mínimos.

Facto significativo também é o compromisso com a “antecipação do programa de privatização” face ao PEC III, prevendo-se um valor de 2184, 2255 e 1145 milhões respetivamente em 2011, 2012 e 2013.

http://pt.scribd.com/doc/132797832/PEC-IV-Toda-a-Verdade


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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)