sábado, 4 de setembro de 2021

Balsemíadas

 


* Victor Nogueira

PB fez parte da "ala liberal" de Marcelo, Caetano, a maioria da qual apressadamente fundou o Partido Popular Democrático, em 6 de maio de 1974 (Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota), para não perderem o comboio da história. Tal como Freitas de Amaral e o CDS foram unha com carne com o General Spínola, no 28 de Setembro e no 11 de Março. Com o 25 de Novembro saiu-lhes a "taluda". Foi membro influente do Clube Bilderberg e 1º Ministro dum Governo da República post 25 de Novembro, acumulando desde Marcelo, Caetano, um império crescente na comunicação social escrita e televisiva. Com tão vasto e diversificado curriculum, seria de esperar que as suas memórias o reflectissem e fossem um testemunho para a História. Mas não, as suas memórias são muita rasteirinhas, ajustes de contas, uma "saravaida" ao pé das quais as 5ªs feiras de Cavaco são um must.

No tempo em que PB foi 1º Ministro, surpreendia-me a "independência" do Expresso face ao Patrão do semanário. Puro engano, que as Memórias de PB desvendam. Na ausência dos lápis azul dos coronéis de Salazar e de Marcelo, Caetano, Balsemão lamenta que então não pudesse "controlar" as notícias que lhe eram desfavoráveis impedindo a sua publicação.


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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)