terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Casas de penhoras

 * Victor Nogueira


2022 02 08 Foto victor nogueira - Setúbal, as libérrimas Casa(s) da(s) Maricota(s), Old Pawn Shop New Wage Web Sumiço Gold Shops (IMG_1498)

Alguém se lembra da(s) Casa(s) da M@riquinh@$ onde os pobretanas e as pobretanas bem como a eternamente falida pequena burguesia promovida a classe média ia depositar como garantia de empréstimo as fatiotas de ver-a-Deus, os anéis e arrecadas de ouro, as jóias da família, as telefonias, os candeeiros a petróleo ou electricidade e outras miudezas?

Muitas delas no século XXI transformaram-se e cresceram como cogumelos depois das chuvadas, estilo negócios como os das lojas das francesinhas ou dos 300 ou de 1 euro, em concorrência com os Bancos e Fundos de Investimentos, estilo Goldman Saques, Lehman Brothers, Millennium BCP, BIC’s, BPN’s e BPP’s sem esquecer o Espírito Santo e similares.

Uns comprando exclusivamente ouro ao preço da uva mijona, outros com lucros para a maioria deles mais solidamente garantidos por libérrimas troikas internas e externas e pelos Irmãos Metralha, Dupond & Dupond.

Para entretenimento, aqui ficam lembranças das Casas das Maricotas, recordadas por Charlor em The Pawn Shop 

Charlie Chaplin in The Pawnshop [1916] 
e por Amália Rodrigues em 


Casa da Mariquinhas


2018  03 18 Foto victor nogueira -  Quem se lembra da casa da Mariquinhas 


Quem se lembra das casas de penhores onde no tempo da miséria mais ou menos envergonhada ou da pobreza extrema se ia trocar o relógio, a aliança, as arrecadas de ouro, o candeeiro, o fato de ver a Deus, e outras "ninharias" por uns tostões, até que um eventual "resgate" permitisse reavê-las antes do leilão ?

Hoje as casas de penhores fiam mais fino: em-préstimos não se fiam, apenas confiam na Quimera do Ouro.


Para "finalizar" um filme de Charlot ou: Charlie Chaplin em The Pawnshop [1916]  

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)