sábado, 6 de agosto de 2022

Textos em agosto 06

 * Victor Nogueira

2022 08 06 - HIROSHIMA E NAGASAKI - MAIS BRILHANTE QUE MIL SÓIS

Há 77 anos, em 6 de Agosto de 1945, pelos EUA foi lançada a 1ª bomba nuclear, em Hiroshima, feito repetido a 9 de Agosto, sobre Nagasaki. Estas duas cidades japonesas não tinham interesse militar e o Japão já estava derrotado.

As duas bombas nucleares arrasaram a esmagadora maioria dos edifícios e provocaram de imediato entre 150 mil a 250 mil mortos, a esmagadora maioria civis. Dezenas de milhares morreram nos anos subsequentes, para além de muitos nascituros com malformações congénitas.

O objectivo destes feitos era intimidar a URSS, até aí aliada na guerra contra o nazi-fascismo e determinante na sua derrota, permitindo paralelamente testar os efeitos das bombas nucleares.

Estas foram até ao momento as únicas usadas como arma, pois entretanto a então URSS também conseguira começar a sua produção.

Os EUA pensaram repetir a façanha, anos depois, admitindo a utilização de armas nucleares nas guerras do Camboja e da Coreia.

De 1946 a 1958, os EUA utilizaram como cobaia as populações das Ilhas Marshall, no Oceano Pacífico, efectuando 67 testes nucleares, com nefastos efeitos radioactivos que se mantêm ainda no presente. (ver https://super.abril.com.br/.../ilhas-marshall-onde-eua.../ )

Por estes crimes de guerra e contra a humanidade nunca foram os EUA julgados. Note-se que os EUA recusam reconhecer a jurisdição dos Tribunais Penais Internacionais, desde que estes pretendam ter a ousadia de julgá-los.

2022 08 06 - OS BONS, A INOCENTE E OS BÁRBAROS MAUS DA FITA - Oksana Pokalchuk, que se demitiu por sua livre iniciativa, «escreveu que tentou dissuadir a organização de publicar o relatório tal como foi publicado.» E fê-lo, porquê?  

Diz a peça que «“Desde o início da agressão em larga escala, não deixámos de enfatizar as violações dos direitos humanos e do direito humanitário internacional cometidas pela Rússia, país agressor. Documentámos minuciosamente estas violações, e elas constituirão a base de numerosos procedimentos legais e ajudarão a levar os responsáveis à justiça”.

A ucraniana, que pertenceu à AI durante sete anos, afirma que o relatório não poderia “deixar de conter informações sobre o outro lado da guerra, sobre o país que a iniciou”.

“A organização elaborou material que soou como sendo de apoio às narrativas russas. Com o objectivo de proteger os civis, a investigação tornou-se, em vez disso, um instrumento de propaganda russa... »

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.Trocando por miúdos, questiono-me: A secção da Amnistia Internacional na Ucrânia "ENFATIZA" os alegados crimes de guerra cometidos pelos invasores, os russos, colhendo minuciosa documentação. 

Mas a ora demissionária defende candidamente que  recolher e divulgar (apenas) provas documentais sobre alegados crimes de guerra cometidos pelas forças ucranianas "defensivas" é um contributo que  favorece a narrativa e a propaganda russa. 

Mas  enfaticamente esconder ou minimizar  esses alegados  crimes ucranianos e divulgar apenas os alegados crimes russos, não contribui para fortalecer a narrativa  e a propaganda ucraniana, a da USA/NATO/aiUé? 

Porque carga de água os alegados crimes de guerra e contra a humanidade cometidos pelas forças ucranianas e pelas forças russas teriam de constar dum mesmo relatório e não de relatórios distintos? Independência e equidistância seria exigir e reclamar que fossem recolhidas provas documentais relativas a  ambos os lados, sem enfatizar uns em detrimento de outros.

Ah! mas os russos são os invasores e os ucranianos são os defensores, justifica com alegada inocência a agora auto demissionária .dirigente da Amnistia Internacional na Ucrânia!  

2022 08 06 - A peça jornalística do estoura milhões em rapidinha no negócio do arrecada biliões, o Bezos da Amazon agora empresário investindo no turismo de alto coturno, estratosférico e aeroespacial. 

Reza a peça que «São já 35 as pessoas no mundo que foram ao espaço e, com o crescimento do turismo espacial, o número só tenderá a aumentar» em viagens que duram cerca de 11 minutos. dos quais 3 sem gravidade na cápsula para os indómitos sertanejos poderem ostentar a medalha de "verdadeiro astronauta".

2022 08 06 - Barreto, o intelectual, o estudioso,  o sociólogo, o vendedor pago pelo Pingo Doce para publicitar a garrafeira comercializada por esta cadeia, desta feita escreve esta peça digna duma antologia da mistificação  O que faz correr Barreto?   

By the way - Faz hoje 77 anos que os EUA iniciaram a era do terror com o lançamento da 1ª bomba nuclear. sobre Hiroshima,  seguida da ª2ª, três dias depois, sobre Nagasaqui, alvos civis sem interesse militar, e que assassinaram de imediato entre 150 mil a 250 mil civis, a que se seguiram dezenas de milhares de mortos nos anos seguintes,  Foram as duas únicas bombas nucleares lançadas para impedir o avanço das ideias comunistas e socialistas, pois entretanto a então URSS conseguiu passar a produzi-las. 

Nunca os EUA, esse farol da Democracia e dos Direitos Humanos, foi presente a qualquer Tribunal Penal Internacional que o julgasse por estes crimes de guerra e contra a Humanidade. 

No seu arrazoado Barreto, que não é  obtuso, que não é um dos "sofisticados pensadores de boulevard e de universidade, mais  orientados para sublinhar as equivalências" entre democracias e autocracias, pois "todos os regimes e sistemas têm defeitos", assim sinistramente amalgamando, embora desta amálgama, segundo Barreto,  os sofisticados pensadores de boulevard apenas excluam «o fascismo, diabo por excelência, inferno por definição e capitalista por obrigação».

Que mais afirma Barreto, que não é obtuso nem intelectual de boulevard?

«Nas democracias, geralmente ocidentais, há enormes problemas e defeitos. Será necessário dizê-lo? Há desigualdade social, opressão económica, exploração e outras formas de desigualdade (étnica, racial, de género, de geração, de religião). Em quase todas as democracias, há pobreza, desemprego, marginalidade, criminalidade e tráfego de droga. Podem existir formas opressivas de convívio social, incluindo o machismo, o racismo, a intolerância religiosa, a exploração sexual e a violência de costumes. Há democracias com excessos de burocracia, de militarismo e de fanatismo religioso. Como há, em quase todas as democracias, corrupção a mais. Em certas democracias, há fabricantes e comerciantes de armas com grande capacidade para influenciar as autoridades políticas.»

Paralelamente, o que sucede nas  autocracias despóticas como as da Rússia e da China? Segundo Barreto, «Repúblicas e democracias populares são democracias de cenário, com liberdades de associação e de expressão limitadas ou inexistentes. A regularidade da eleição e o sufrágio secreto são ficções. O domínio do Estado, das Forças Armadas e do partido do governo é total. A liberdade económica é limitada. A criação cultural é controlada. O direito de associação é condicionado. O direito à greve é crime. A liberdade religiosa é inexistente. Nunca um partido, que não seja o do governo, ganhou uma eleição. A vigilância policial é uma arte elevada à perfeição.» Pelo contrário, nada disto sucede nas democracias que Barreto enaltece e designa como .... "ocidentais"

O homem, Barreto, escreve isto e não lhe caem os dentes e cresce o nariz como ao Pinóquio, o boneco criado Geppetto! 

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2022 08  06

 Ele - Tão gira

🙂
Ela - ,com 61...
Ele - A cor da beleza não tem idade
😛
Ela - ... tão romântico...
💙
Ele - Há imagens que despertam ou reavivam as cores da memória e fazem pulsar o coração, nas asas do vento LOL


2016 08 06 -  Foto victor nogueira - em  Lisboa 1963 09 10

Em 1963/64 estive um ano a estudar no Porto e assisti à inauguração da Ponte da Arrábida, sobre o Rio Douro. Por essa altura, no Verão, com o meu avô Luís, passámos parte das Férias Grandes nas Termas de Monte Real com final em Lisboa. É dessa altura esta foto que tirei do Castelo de S. Jorge, ainda a Ponte sobre o Rio Tejo estava a ser construída. Em 1966 estava de novo em Portugal, para frequentar o curso de Economia, tendo então e pela TV  assistido à sua inauguração.  Sobre a Ponte 25 de Abril "falo" em 

em torno da ponte 25 de abril



Hiroshima


Dresden

2014 08 06 - Um crime contra a Humanidade PARA QUE A MEMÓPRIA NÃO ESQUEÇA A MONSTRUOSIDADE DO CAPITALISMO

- Em 6 e 9 de Agosto de 1945 e com a Alemanha nazi derrotada pela URSS após as batalhas de estalinegrado e de kursk e o Japão tb derrotado, os EUA - que pretendia de facto aniquilar a URSS e o comunismo, conjuntamente com o Reino Unido de Churchill e a França de De Gaule - lançou duas bombas atómicas sobre alvos civis - Hiroshima e Nagasaqui - que arrasaram as cidades e provocaram de. imediato cerca 140 mil e 80 mil mortos - totalizando 220 mil mortos - sem falar nas sequelas humanas que ainda se fazem sentir entre os sobreviventes e seus descendentes.

O verdadeiro objectivo foi intimidar a URSS, obrigando a uma corrida aos armamentos. Nunca o Bloco Socialista incluindo a URSS lançaram bombas atómicas mas os EUA pensaram fazê-lo de novo durante a Guerra da Coreia.

Registe-se que em 1945 com bombardeamentos convencionais os EUA haviam morto cerca de 30 mil civis em Dresden (Alemanha) e 100 mil em Tóquio (Japão), respectivamente em Fevereiro (13 e 15) e Março.

PARA QUE A MEMÓRIA NÃO ESQUEÇA

2013 08 06 - PARA QUE A MEMÓRIA E A HUMANIDADE NÃO ESQUEÇAM NEM PERDOEM

1945.08.06 - 2013.08.06 - 68º aniversário

Depois da barbárie nazi-fascista e na sequência do extermínio dos ameríndios e das populações africanas, uma nova escalada na barbárie dos crimes contra a humanidade, esta perpetrada pelos EUA - a 1ª bomba nuclear - lançada a 6 de Agosto de 1945 sobre objectivos civis - para intimidar a então URSS cujo contributo fora determinante para a vitória dos Aliados e para estudar os efeitos das radiações. Feito repetido a 9 de Agosto, sobre Nagasaki. Feito que o General Mc Arthur tentou repetir anos depois na Guerra da Coreia, para evitar a derrota dos EUA pelos guerrilheiros coreanos.

As estimativas do primeiro massacre por armas de destruição maciça sobre uma população civil apontam para um número total de mortos a variar entre 140 mil em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki, sendo algumas estimativas consideravelmente mais elevadas quando são contabilizadas as mortes posteriores devido à exposição à radiação. As duas únicas bombas nucleares lançadas até ao momento foram-no pelos EUA.


2010 08 06 - Portugal dos Pequeninos, Sociedadezinha Anónima

Não conheço outros países além de Luanda e Portugal. Escrevo Luanda porque li algures que havia uma Angola cosmopolita, relativamente tolerante e não racista sediada em Luanda, e uma Angola do Mato, com outra vivência, que eu não tive, mais telúrica mas também mais tacanha, pese embora o empreendedorismo de muitos emigrantes e o facto de constar que em Angola quem ganhou as eleições ter sido o General Humberto Delgado.

Mas Portugal é uma terra em inho, de medos ancestrais, como diria O'Neill, um país de bufozinhos, de invejosinhos, de vistas curtinhas, de desenrascansozinho, de anomimatozinho, tudo bem aproveitadinho para esconder a grande criminalidade e gatunagem, encoberta durante séculos pela bufaria da Santa Inquisição, da PIDE ou de certa Partidocracia, como aquela que levou um certo Coelho a afirmar que quem se mete com o PS leva, um certo Pepe Sócrates a autodefinir-se como um animal feroz ou um certo Portas a defenestrar Freitas do Amaral e entregar a fotografia deste na sede do Rato !

Pois o Portas lá voltou outra vez a ser o bombo da festa, para dar descanso ao mano Sócrates. Depois da história dos submarinos envoltos em luvas, surge a venda por tuta e meia duma pistola metralhadora concebida em Portugal e que na onda das privatizações lá se foi, dando proveitosos lucros a quem a comprou ao preço da uva mijona.

Logo os opinion makers de bancada on line, desta vez no Correio da Manha, opinaram, alguns em defesa de Portas e, não tendo lido o texto da notícia em papel, perorava um deles que se tinha sido vendida era porque não prestava.

Estes comentadores de bancada normalmente escondem-se atrás dum nick - "anónimo" - e um deles, a propósito de Portugal ser o País da União Europeia com mais contratos a prazo, opinava que os bons trabalhadores não precisavam de ter medo porque o patronato os sabe distinguir ! Este ou é capacho ou patrão, mas no 1º caso a hora dele soará!

São do mesmo calibre daquele que afirmava que os sindicalistas e comunistas são uma corja de madraços e calões, que nada querem fazer a não ser destruir as empresas.

Um dia destes o Provedor do Leitor do Público, subsidiado benemeritamente pelo Tio Belmiro, dava conta do facto das pessoas se esconderem por detrás do anonimato, de usarem nicks de outros leitores e de muitas vezes comentarem a mesma noticia com nicks diferentes mas que o sistema de livre opinião instituído não permitia controlar ou evitar estas anomalias. Prometendo voltar ao assunto, o Provedor descansou !

Estou a ler uma obra em dois volumes da autoria de J. M. Campos (quem será?), editada pelos Amigos do Livro e intitulada - "Opressão e Repressão - Subsídios para a História da PIDE". Uma das memórias mais antigas que tenho é a duma fotografia do caixão do General Carmona, publicada num jornal de Luanda. Pois aquele velhinho de ar sereno, bondoso e aristocrático que nunca aparece a fazer a saudação fascista ao contrário de Salazar, no tempo em que empalmou Mendes Cabeçadas e Gomes da Costa, como Presidente do Ministério assinou legislação que decidia o julgamento sumário e fuzilamento de todos os civis que fossem encontrados com armas ou bombas. Afinal, no tempo da benemérita Ditadura Militar, a pena de Morte foi reintroduzida em Portugal, embora a Constituição de 1933 a prescrevesse, apesar de haver malandros que posterior e maldosamente se punham ao alcance dos disparos acidentais da PVDE/PIDE,/DGS da GNR e da PSP, como Dias Coelho, Catarina Eufémia, Alfredo Dinis ou o General Humberto Delgado, entre muitos outros!!! Isto para não falar nos indígenas das ex-colónias, seres primitivos mergulhados nas trevas da escuridão a que o homem branco se propunha arrancar, devagar, devagarinho!

Continua no D'Ali e D'Aqui

.Publicado no Mu(n)do Phonographo

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)