* Victor <Nogueira
Está cinzento e chuviscoso o tempo, de chuva miudinha, mal se distinguindo lá ao fundo da leira as enormes árvores á beira da recta do Mindelo. Para arejar as ideias e espairecer o "ânimo", nada como um chapéu de palha na cabeça, mas apenas dentro de casa, pois lá fora não impediria que ensopado da cabeça aos pés alagados eu ficasse.
Envolto no silêncio que me cerca, olho de novo para lá da vidraça e a neblina torna o meu olhar quase opaco, enquanto uma ave desgarrada busca a segurança do solo. O frio que me enregela as pernas e as mãos é como se moinha fosse, embora não muito agreste.
De quando em quando os pássaros, em pequenos grupos desgarrados, alçam voo ou aterram, mais ou menos na vertical. Reparo com surpresa que não ouço o ruído dos aviões sobrevoando o espaço aéreo, nas suas idas e vindas no aeroporto das Pedras Rubras. Terá este encerrado? Será uma questão decorrente da orientação dos ventos?
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)