sábado, 26 de novembro de 2022

Pingos do Mindelo em 2022 11 26

 * Victor Nogueira

O dia esteve límpido, ameno, com núvens, cenário bom para fotografar o pôr-do-sol á beira-mar. Mas antes resolvi ir a um dos vários armazéns chineses, um pouco mais para o interiorem Argival, na EN 206, para fazer algumas compras. Ultrapasso sem dar por isso o China Star, onde costumo ir em anos anteriores, onde normalmente sou atendido com simpatia, e acabo por estacionar no parqueamento da Casa China, paredes meias  com o Pingo Doce. 

Este é um armazém caótico, sem identificação das zonas conforme os produtos, os empregados não percebem o português e não primam pela simpatia. Na minha experiência, nestas lojas chinesas não há meio termo: ou são supersimpáticos e sorridentes, dominando o básico do português, ou são caras fechadas que atendem com certa brusquidão. Á entrada pergunto várias vezes junto ao balcão da caixa se não têm carrinho de compras, mas ou não me respondem ou não sabem do que estou a falar.  Vale-me uma atenciosa cliente que me esclarece que apenas existem cestas (com rodinhas), saindo da fila para me indicar onde estão. Á saída, já sem filas, a empregada não chinesa que está na caxa é supersimpática e atenciosa. O que comprei não terá sido muito em conta, mas paciência.

Demorei no armazém mais tempo do que programara. Com o dia quase a finar-se, limitei-me a fotografar o pôr-do-sol em Argival, freguesia onde nasce o Aqueduto que abastecia o Convento de  Santa Clara, em Vila do Conde, na margem direita do Rio Ave.. Criado e vivendo quase sempre á beira-mar (Luanda, Lisboa, Porto, Paço dArcos, Vila do Conde) é estranha esta percepção de que bem longe do mar possa haver esplendorosos poentes. Como o que a foto registou.

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)