Ao (es)correr da pena e do olhar: Os "olhos também comem, mas ... "nem tudo o que luz é ouro!"

* Victor Nogueira

1. - OS OLHOS TAMBÉM COMEM ....

"Os olhos também comem" poderia ser o título dum escrito meu sobre artes e manhas de publicitários na publicidade, escrito em 2016 09 14:

«"Os olhos também comem", dizem e ... nem sempre "as aparências iludem". Tem piada o desenho de embalagens,. - ótulos ou recipientes que despertam a atenção ou o desejo. de comprar, provar ou coleccionar. Como este, duma marca "branca" de batatas fritas comercializadas pela rede Continente / Modelo / Nosso Super (hiper / super / mni mercados).

Normalmente as marcas brancas eram de pior qualidade gustativa e as respectivas embalagens pouco atractivas. Mas já nem sempre é assim. embora muitas vezes, sejam ou não de marca, tenham um desenho "retro", sobretudo em produtos alimentares, como se adquirindo-as voltássemos ao tempo mítico, mitificado, dos "nossos" avós. Como se o tradicional é que fosse bom, de qualidade e confecção caseiras e não como hoje em dia produtos fabricados em cadeia de montagem cujo produto final sabe sempre ao mesmo, até que nos fartemos dele.

EM TEMPO - Estas são saborosas, embora carregadas de sal, não muito, para puxar pelas cervejolas ou água engarrafada ... para ser sempre a aviar e consumir. Mesmo que à custa da nossa saúde e consumições daí decorrentes.»

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2 - ... MAS NEM TUDO O QUE LUZ É OURO!

O Natal é apenas uma criação do cristianismo que a partir do século XV, com a saga dos Descobrimentos, “a espada e a cruz” tentaram impor a toda a Humanidade como crença única e universal, não poucas vezes remando contra a maré do Tribunal do Santo Ofício e do Index Librorum Prohibitorum, sobretudo nos países católicos, dos “monarcas fidelíssimos”, por Obra e Graça (inquestionavelmente) Divinas.

O subsequente desenvolvimento do capitalismo, a partir de mais ou menos sangrentas Revoluções Burguesas, sobretudo nos séculos XVIII e XIX. No século XX o dólar tornou-se o novo "farolim", em substituição da Libra, com a caução “in God we trust”, prosseguindo a mercantilização e alienação das relações humanas.

Tudo é mercadoria, tudo é mera transacção utilitarista. Como esta quadra festiva, em que pretensamente todos estariam cristãmente imbuídos ou embutidos na Paz do($) $€nhor(€$), com aleluias de Fraternidade, embora os pobres e deserdados da fortuna sejam cada vez mais e, em maior número, vítimas da violência, da fome, das guerras, da doença e da intolerância.

Boas Festas e que o convencional 2023º ano depois de Cristo marque o início da (re)conciliação da Humanidade, em solidariedade consigo própria e com a Natureza.

Esperemos que com descartáveis "boas intenções" não fique cheio o Inferno no planeta cada vez menos azul. Amen e Amem, desinteressadamente!

E um aceno, com celestial música de fundo para esta pretensa quadra de Paz, Solidariedade e Fraternidade Universais. Como não há uma sem duas, nem duas sem três, fica o meu presente presença, com um quarteto musical e “venham mais cinco”:

de John Lennon , “Imagine”