sábado, 24 de dezembro de 2022

Textos em dezembro 24

 * Victor Nogueira


2022 12 23 - Foto victor nogueira - De Setúbal ao Mindelo, publicidade gratuita   á SONAE, em quase chegando, a 2022 10 31 (IMG_0488). Já noite cerrada,  a  partir de certa altura do percurso não houve fotos, salvo na travessia da Ponte da Arrábida e esta.


2022 12 23 -  Auto-retrato com patine na véspera dos presentes, presença não virtual. Será desta que para um incréu o anafadíssimo, ubíquo  e atarefadíssimo Saint Klaus, a cavalo num obsoleto trenó puxado por escravizadas renas, uberizado e ajoujado de  sacos, descerá por estreitérrima chaminé, dando  boleia a uma indómita e doce Penélope, que, do vale ou da montanha, neste século XXI, se assuma como veríssima e praticante  porta-estandarte do ideal "socialista" ou "comunista",  universalista, liberta das alienantes peias e amarras da tribo ou do clã? 

Ou …  no vão da porta, enregelado e suspirando, por ela em vão esperarei e suspirarei, ao soarem, repicando, as ba(da)ladas da meia noite?! Hummmm!

2013 12 23 / 2021 12 24 - Para ti, para todos nós, um 2014 / 2022 que seja tempo de Luta, tempo de Vida e tempo de Esperança e de Solidariedade na construção duma sociedade e dum mundo novo em que a Natureza e a Humanidade sejam o princípio e a finalidade da economia e da política, sem senhores nem seus capatazes ou manageiros, homens e mulheres de mão, simples testas de ferro ou mandaretes e moços/as de recados.
Um aceno especial para quem aceitou sair e conviver comigo ou me convidou para sair, para quem aceitou ser recebido/a em minha casa ou me convidou para a sua, para quem me telefonou retribuindo os meus telefonemas, para quem me escreveu, partilhou ou comentou, apesar de por vezes eu ter ficado silencioso., ou falou comigo no chat. Para quem me estima e cuja estima retribuo, em cada dia e em todos os dias dos tempos que (es)correm.
FOTO Victor Nogueira
Sentir
............. o veludo
........................... da voz
............. o calor
........................... do sorriso
............. a fragrância
........................... do olhar
.............o encanto.
...........................da alegria
Libertar
.............os gestos
.............o silêncio
..............o riso
.............as lágrimas
Dizer
.............amor
.............camarada
..............amiga
..............companheiro
Setúbal 1985
Victor Nogueira

2020 12 24 foto JLCF - Porto, Natal de 1949, na Travessa da Carvalhosa, a 1ª vez que estive em Portugal

VER 1949 / 50 - em Portugal


2020 12 24 - Porto - Natal de 1969, na Rua Fernandes Tomás

Isabel Magalhães
Neste Natal talvez 68/69 morávamos em Rio Tinto. A fotógrafa sim, era a Lili.
Bom Natal.
2 ano(s)
Victor Barroso Nogueira
Isabel Magalhães Tens razão. em 1963 é que era na Santos Pousada 🙂
2 ano(s)
Isabel Magalhães
Victor Barroso Nogueira fomos para Fernandes Tomás em 1970.
2 ano(s)
Elisa Fardilha
Feliz e Doce Natal, Victor.
Beijinhos. 😘❤️🎄
2 ano(s)



2020 1 24 Foto jjcf - Natal em Paço de Arcos - Rui Pedro, João Filipe, Celeste, Teresa, Susana, Zé Luís, Carlos.
 

2019 12 24 NOTA PRÉVIA - Nos Trópicos ou no Equador, não há neve, mas há outras crianças vítimas da fome, da guerra, da doença ..... (vn)

De Augusto Gil, em Luar de Janeiro

Balada da Neve

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
- Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança...

E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
- e cai no meu coração.

2014 12 24 Foto victor nogueira - Mindelo - não, não é uma avioneta mas um tractor com reboque aspergindo o campo relvado onde daqui a umas semanas brotará o milho no milheiral. O renque de árvores ao fundo - a cerca duns 500 m - foi cortado depois do passado Verão deixando à vista os edifícios da área de serviço da estação de gasolina e do minicentro comercial na chamada recta do Mindelo, que vai até Vila do Conde, cerca de 5 km a Norte.. Enquanto não urbanizarem e retalharem o terreno, permanecem a vista e a paisagem desafogadas.


Manuela Miranda

Victor Amigo estamos a primeira vez a falar. Viva!! Eu nunca fui a Mindelo ou se fui, fui uma ou duas vezes de passagem e fica perto daqui. A Imagem é bela e o que escreves também. Victor queria dizer-te outra coisa e não queria que me levasses a mal, já és meu Amigo desde o hi5 . Olha eu deixei os grupos porque não entendia nada daquilo. Não é uma questão política, não entendo política primeiro, e depois não tenho paciência para ler textos grandes e para dizer que li e não li nada, Não Sou Hipócrrita. Mas Gosto daquilo que publicas publica na minha página é mais fácil. E depois tenho duas redes o face e o Google+ é muita areia. Beijinhos da nela Sê Feliz Manda Sempre. Fiquei contente de ver isto na minha página. A sério!! Abraço.

8 ano(s)



2014 12 24 Jorge de Sena (poema) e Portinari (quadro)

Natal de 1971

Natal de quê? De quem?
Daqueles que o não têm?
Dos que não são cristãos?
Ou de quem traz às costas
as cinzas de milhões?
Natal de paz agora
nesta terra de sangue?
Natal de liberdade
num mundo de oprimidos?
Natal de uma justiça
roubada sempre a todos?
Natal de ser-se igual
em ser-se concebido,
em de um ventre nascer-se,
em por de amor sofrer-se,
em de morte morrer-se,
e de ser-se esquecido?
Natal de caridade,
quando a fome ainda mata?
Natal de qual esperança
num mundo todo bombas?
Natal de honesta fé,
com gente que é traição,
vil ódio, mesquinhez,
e até Natal de amor?
Natal de quê? De quem?
Daqueles que o não têm,
ou dos que olhando ao longe
sonham de humana vida
um mundo que não há?
Ou dos que se torturam
e torturados são
na crença de que os homens
devem estender-se a mão?

Jorge de Sena

~~~~~~~~
Cândido Portinari (1903-1962), Retirantes, 1944, óleo sobre tela, 190 x 180 cm, Coleção Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand São Paulo, Brasil. 

2013 12 24 Feliz Natal, Amigos, por Ana Wiesenberger

Feliz Natal, amigos!
Que a paz e a harmonia
Derramem uma luz suave
Sobre a vossa mesa

Que os rostos se alumiem
Em júbilo e calor
Pela dádiva da partilha e da união
Que vos faz felizes lado a lado
Na consoada e na vida

Feliz Natal, amigos!
Que todos os sorrisos e os risos em redor
Sejam feitos de verdade e não de hipocrisia
Que o tempo seja de amor
E todos os ressentimentos sejam perdoados

Feliz Natal!
O Natal que desejámos viver
Em cada minuto
Promessa de raízes, sal e sangue que sustém
A alma frágil num itinerário comum

Feliz Natal!
Libertai o amor universal
Calai o ódio
Realizai Fraternidade

Ana Wiesenberger
24-12-2013

2013 12 24 Obviamente que este não era o natal dos pobres em Portugal nem da maioria dos angolanos ou dos povos das outras colónias, mas o duma minoria, hoje em extinção acelerada na Europa ! Naquele tempo era o Natal em que as casas de penhores aceitavam tudo - objectos do quotidiano - em troca dum empréstimo eventualmente resgatável e não - como hoje - apenas metais preciosos para derreter, definitivamente perdidos ! (Gravura - Volpedo - O 4º Estado)

Adolfo Quaresma Branco
-----" O Natal tinha passado a ser uma data no calendário – uma festa com coisas agradáveis, com prendas a dar e receber, com uns jantares especiais e com as pessoas a tentar ser mais simpáticas do que de costume, mas apenas uma data. Depois da qual todos voltaríamos a ser iguais ao que éramos antes, depois da qual o mundo voltaria a ser o que era antes, sem que a festa tivesse operado qualquer magia duradoura." Mas é Natal....
10 ano(s)
Manuela Miranda
Victor A pobreza continua ainda e mais se calhar escondida, por alguma Razão jesus nasceu pobre, Ricos a pedires, pessoas a morrerem a fome, pessoas doentes, mortes, o Natal não é só menino Jesus é Mais Comercio. Eu sou do tempo do menino Jesus aí Sim. Um Bom Natal Victor bjs
10 ano(s)
Manuela Vieira da Silva
Totalmente de acordo com o teu escrito, Victor Nogueira. O Natal só é mágico para quem sente a magia no coração. As consciências abrem-se na proporção do conhecimento e do roubo às suas carteiras. Bom Natal para ti e para os teus. Beijinhos ❤
10 ano(s)
Manela Pinto
apenas uma data no calendario porque ja nao tenho idade da inocencia
10 ano(s)




2011 12 24 Natal, por Yolanda Botelho

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Ary dos Santos . Meu Camarada e Amigo

Revejo tudo e redigo
meu camarada e amigo.
Meu irmão suando pão
sem casa mas com razão.
Revejo e redigo
meu camarada e amigo

As canções que trago prenhas
de ternura pelos outros
saem das minhas entranhas
como um rebanho de potros.
Tudo vai roendo a erva
daninha que me entrelaça:
canção não pode ser serva
homem não pode ser caça
e a poesia tem de ser
como um cavalo que passa.

É por dentro desta selva
desta raiva   deste grito
desta toada que vem
dos pulmões do infinito
que em todos vejo ninguém
revejo tudo e redigo:
Meu camarada e amigo.

Sei bem as mós que moendo
pouco a pouco trituraram
os ossos que estão doendo
àqueles que não falaram.

Calculo até os moinhos
puxados a ódio e sal
que a par dos monstros marinhos
vão movendo Portugal
— mas um poeta só fala
por sofrimento total!

Por isso calo e sobejo
eu que só tenho o que fiz
dando tudo mas à toa:
Amigos no Alentejo
alguns que estão em Paris
muitos que são de Lisboa.
Aonde me não revejo
é que eu sofro o meu  país.

in "Resumo"

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)