sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Textos em dezembro 30

 * Victor/ Nogueira

2022 12 30Foto Victor Nogueira - Porto, Rua Pinto Bessa, que liga o Bonfim a Campanhã. (2022 11 01 IMG_0581)

Francisco Pinto Bessa (Porto1821 — Porto 1878) foi um político português, que ocupou o cargo de presidente da Câmara do Porto entre 1867 e 1878. A ele se deveu, entre outras obras, a abertura da Rua Nova da Alfândega, Rua Mouzinho da Silveira e Rua de Sá da Bandeira, a construção da Rotunda da Boavista e os embelesamentos do Cemitério de Agramonte, onde também mandou construir o mausoléu onde seria sepultado. Foi por iniciativa sua que a Biblioteca Pública saíu da tutela do Estado, ficando dependente da administração municipal e foi também durante o seu mandato que foi inaugurada a Ponte D. Maria Pia. (Wikipedia)

Pinto Bessa é o nome do estádio do Boavista Futebol Clube, centenária associação desportiva da cidade do Porto.


2020 10 30 - Carlos Drummond de Andrade - Receita de Ano Novo


2020 12 30

2022 12 30 - Auto-retrato no Mindelo, em 2022 12 30 , já noite cerrada e ruidosamente ventosa.  - Prontus, hoje foi dia da tosquia, pois já me incomodava a barba, áspera ao toque. Mudei também o fundo fotográfico, A  estatua era do meu avô Barroso, estava no quarto da minha mãe e depois  dela  falecer trasladei-a para esta casa que era dele, ao lado da reprodução duma obra que presumo seja de Lima de Freitas, representando  Adão e Eva, desnudos, com uma criança desvaindo os olhos, tapados. Este  era do meu tio José João.

Comentários
Joana Espanca Bacelar
Ora aí está! uma foto decente para fim de um ano e princípio de outro.
Já estás mesmo à vontade com a câmara 👌💙
1 ano(s)
Victor Barroso Nogueira
Joana Espanca Bacelar Não me digas que as anteriores fotos eram indecentes LOL. Olha, se publicasse uma imagem nítida do quadro aqui no Facebook este quase seguramente que me "cancelaria", prorrogando não sei por quanto mais tempo a interdição que me aplicou até à madrugada do dia 31, impeditiva de eu poder publicar o que quer que seja nos grupos de que sou administrador.
1 ano(s)
Editado
Joana Espanca Bacelar
Victor, não eram indecentes, mas menos cuidadas....
Quanto à imagem do quadro, depois de aumentar ao máximo o ecrã, acho que irias ficar de castigo, sim! 😄😄
Beijinhos
1 ano(s)
Joana Espanca Bacelar
E gosto muito dos trabalhos do Lima de Freitas...
Ainda te lembras da loja de fotografia e óculos, Freitas, aqui em Évora?
Era do pai dele! Sabias?
1 ano(s)
Victor Barroso Nogueira
Joana Espanca Bacelar Não, não sabia. Nem me lembro onde comprava os óculos. As consultas de oftalmologia eram na Casa do Povo. O médico era daqueles de antigamente, todos cheios da sua importância roçando a arrogância. Perguntou-me pelos óculos que me receitara anteriormente e disse-lhe que os não aviara pois não tinha dinheiro. Escusando-se a consultar, expulsou-me desabridamente do gabinete como quem enxota um cão. À saída pedi à recepcionista que me dissesse o nome do médico, pois iria participar dele. Ela não mo identificou, pediu-me que aguardasse, entrou no gabinete para logo de seguida regressar dizendo-me que o "senhor doutor" iria receber-me. E prontus, lá enfiou a viola no saco, examinou-me e preencheu a receitas. Enfim ...
1 ano(s)
Joana Espanca Bacelar
Freitas era na rua 5 de Outubro, do lado esquerdo quando se sobe da Praça do Giraldo para a Sé.
Onde era o consultório do médico? Nesse tempo eram poucos...
52 sem
Victor Barroso Nogueira
Era na Casa do Povo. Só tinha consultas acessíveis à bolsa na Casa do Povo ou em Lisboa, no Hospital do Ultramar (hoje Egas Moniz) por ser estudante das colónias (províncias ultramarinas, dizia o regime). O único médico a que pagava mais era ao dentista, cujo consultório ficava debaixo das arcadas, entre a casa da Margarida e a Praça Vermelha.
52 sem
Joana Espanca Bacelar
Victor, sei qual era! Não me lembro do nome, talvez o Couto.
Vamos fazendo exercícios de memória 😄
Onde passas o ano? Sózinho?
Beijinhos e Bom 2023 👌
52 sem

 


2020 12 30 Carta ao filho  

Não vivas sobre a terra como um estranho
Um turista no meio da natureza.
Habita o mundo como a casa do teu pai.
Crê na semente, na terra, no mar.
mas acima de tudo crê nas pessoas.
Ama as nuvens,
as máquinas,
os livros,
mas acima de tudo ama o homem.
Sente a tristeza do ramo que murcha,
do astro que se extingue,
do animal ferido que agoniza,
mas acima de tudo
Sente a tristeza e a dor das pessoas.
Alegra-te com todos os bens da terra,
Com a sombra e a luz,
com as quatro estações,
mas acima de tudo e a mãos cheias
alegra-te com as pessoas.
.
Nazim Hikmet, (1902 - 1963) c. 1960.
Traduzido do inglês por Carlos Eugênio Marcondes de Moura.
.
Escritor e poeta turco nascido em Salonica, Grécia, então parte do império otomano, que, perseguido por suas idéias políticas, marcou profundamente a literatura turca ao romper com a tradição islâmica e sob a influência dos futuristas russos, propôs a despoetização da poesia. Pensando seguir uma carreira militar, entrou para a academia naval de Istambul e serviu na Marinha, da qual foi expulso (1919) por atividades revolucionárias. Partiu para Moscou, onde estudou ciências políticas e sociais por cinco anos, na Universidade Comunista de Moscou. Regressou à Turquia (1924), após a proclamação da república e tornou-se conhecido com seus primeiros poemas, de cunho patriótico. Condenado (1938) pela suposta participação num complô, após ser posto em liberdade (1950) por força de uma intensa campanha internacional, radicou-se então em Moscou, onde morreu. Publicou as coletâneas 835 satir (1929) e 1 + 1 = 2 (1930), os poemas históricos Sesini kaybeden sehir (1931) e Benerci kendini niçin öldürdü? (1932), as peças para teatro Kofatos (1932) e Unutulan adam (1935) e lançou uma autobiografia em Berlim (1961).


2020 12 30


2020 12 30 fotos victor nogueira e rui pedro - o trio dos caçulas



2019 12 30 RECEITA DE ANO NOVO - Carlos Drummond de Andrade

2019 12 30  foto victor nogueira - Setúbal - Bairro da Belavista - Escultura "5 Continentes", do Núcleo Museológico Urbano da Bela Vista denominado “O Museu está na Rua”, do escultor João Limpinho, que pode ser vista em Estatuária em Setúbal 11 - Belavista - “O Museu está na Rua 


2016 12 30 RECEITA DE ANO NOVO - Carlos Drummond de Andrade 

Ana Albuquerque
Obrigada, Victor. Espero que o novo ano seja mesmo novo e te traga tudo aquilo que desejas.Um grande abraço. ❤
7 ano(s)
Judite Faquinha
Belíssimo poema de Carlos Drummond de Andrade...vamos ver como é o Novo Ano...obrigada meu querido amigo Victor, ainda que muito atrasado mas no começo do Ano beijokas!!!
6 ano(s)




2015 12 30 RECEITA DE ANO NOVO - Carlos Drummond de Andrade 


2014 23 30 - isto dos calendários e dos ciclos anuais tem que se lhe diga. Já não se diz 2015 dC (depois de Cristo) mas 2015 dEC (da era comum). Só que a era comum que se pretende impor continua a ser a Cristã/Católica Gregoriana, pois maometanos, judeus e chineses entre outros têm diferentes calendários. Tal como cada um de  nós, cujo ciclo de vida inicia a contagem a partir do dia do nascimento.

OPINIÃO - Mudar tudo para que tudo mude - JOSÉ VÍTOR MALHEIROS 30/12/2014 -

ESCREVE O ARTICULISTA
Feliz Natal. Bom Ano Novo. Repetimos as fórmulas, escrevemo-las em cartões, em mensagens de mail. Por que o fazemos? Para exprimir os nossos desejos. Para que aqueles a quem endereçamos os nossos votos saibam que nos preocupamos com eles e que lhes desejamos alegria, felicidade, saúde, bem-estar, amor. Para que serve isso, além de cumprir um ritual, de manter uma tradição? Apenas para manter a cola social que faz de nós uma sociedade em vez de seres isolados? (...)

Não só. Há nestes votos uma superstição implícita. Dizemos “Feliz Natal” como um conjuro, como se as nossas palavras pudessem invocar os lares e os penates e forçá-los a conceder as suas bençãos. Como quando desejamos “as melhoras” a um doente. Não é apenas um desejo pessoal, um sentimento interno e secreto, mas um voto público, um desejo anunciado, quase uma imprecação, quase uma oração. É verdade que dizemos e escrevemos tudo isso mecanicamente, sem pensar, mas as raízes do gesto e das palavras estão por aí. No lançamento de cada “Bom Ano Novo” há uma esperança demiúrgica. Há um eu primitivo que convoca os deuses, que acende uma fogueira na noite e que levanta os braços ao céu, que sonha que os poderes da terra e do fogo estão ao seu alcance.

José Eliseu Pinto
Tu bem tentas mas a rapaziada, acometida deste frenesi natalício, teima em não te levar a sério. Eu subscrevo o texto que citas, naturalmente, porque a sua lucidez não nos deixa margem para outra coisa. Ainda assim envio um abraço que não ilude os votos de um bom ano.
9 ano(s)
Victor Barroso Nogueira
Grato pela perspicácia, José Elizeu Pinto 🙂
9 ano(s)
Maria João De Sousa
Olha que concordo contigo, Victor Victor Barroso Nogueira, concordo! Quando desejo um combativo ano novo estou a ter isso em conta, sem dúvida... e, sem dúvida, a desejar que ele seja mesmo combativo! Abraço!
9 ano(s)

2014 12 30 - ISTO NÃO É UM POEMA MAS SIMPLES DESALINHAVADO

quem responde ao meu apelo
não será quem eu quero
e
quem eu quero não sei quem seja
.
os dias e as noites liquefazem-se
e o meu sorriso é uma máscara que se me colou à pele
.
dentro da máscara e para lá do sorriso
uma crisálida moribunda
na busca do desassombro das portas e janelas abertas
ao sol, ao vento, à maresia, ao viandante sem arnês, andarilho ou maltês ....
.
na ressaca das ondas vem um país pequenino
vazio, frio e cinzento
um país de meias tintas e lantejoulas de pechisbeque
e salamaleques com mil reverências a suas "insolências"
preso a séculos de sujeição, de inquisição e de pinas maniques
com o passado como tiques
e, mesmo na penumbra, com medo da própria sombra !.
Resta-me a recusa
de não ser capacho ou mata-borrão
e a afirmação
da não sujeição!
Dói e rói esta solidão pela recusa em ser a formiga no carreiro !

Mindelo 2014.12.30

Elisa Fardilha
Uma solidão a que me habituei e não me dói! Bom 2015.
8 ano(s)
Elisa Fardilha
Beijinhos.
8 ano(s)
Carlos Rodrigues
A máscara afoga a crisálida, desmascará-la é mister e deixá-la cumprir sua missão, transformar-se em borboleta e negar a sujeição. Se não for para o Ano, noutro será. Melhor 2016, Vitor.
8 ano(s)
Maria Jorgete Teixeira
E gostei deste que não se dizendo poema o é...
8 ano(s)
Joaquim Escoval
um belo cachecol para o passos e o portas



2013 12 30 O PCP e as ditaduras

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)