sábado, 11 de março de 2023

Textos em março 11

 * Victor Nogueira


2023 03 11 Foto victor nogueira - Árvore (Vila do Conde) - Parque Industrial da Varziela - minimercado Meu Super (2023 01 05 IMG_1796)

As grandes superfícies comerciais de alimentos e produtos domésticos rebentaram com a maioria das mercearias de bairro e de proximidade, como a SONAE, detentora das lojas Meu Super (minimercados), Modelo (supermercados) e Continente (hipermercados).

Este "Meu Super", na recta do Mindelo, a meio caminho para Vila do Conde, é um daqueles estabelecimentos em que normalmente abasteço quando estou no Mindelo, porque fica perto e tem um talho, mas não peixaria, ao contrário do que sucede nos minimercados onde neste também me abasteço. Carne também há no Modelo em Vila do Conde, mas com menos variedade que neste "Meu Super". Na freguesia de Vila Chã, um pouco mais a sul da casa que era do meu avô materno, abriu recentemente um Continente Alegria, que não tem talho mas peixaria. Cada tipo numa rede tem o seu slogan para “cativar” a clientela. O do “meu Super” (na verdade um “minimercado”) é … “Meu Super / O melhor moa ao seu lado”

Situando-se o minimercado naquilo que eu chamo a Chinatown, aglomerado de armazéns chineses de venda por grosso, havia um minimercado chinês, com a maioria dos rótulos em chinês, onde por vezes me abastecia para experimentar sabores diferentes. Mas este encerrou, embora defronte tenha aberto outro minimercado, duma outra rede, o Dia / Mini Preço, onde ainda não entrei nesta última minha estadia


2014 03 30 Foto Victor Nogueira - o rui, tal como o francisco, gostam muito das "teatrolizações"! Por esta altura, no cinema, num momento mais solene ou dramático, um de nós, o rui ou eu - dizíamos um para o outro: "vamos começar a rir", meu dito, meu feito, e breve - a despropósito -  toda a sala se ria também, por contágio, [...]


2014 03 30 Kirk era sargento no 7º Regimento de Cavalaria dos EUA,  que no post Guerra Civil é forçado a participar no massacre de Ameríndios. Por isso deserta e passa a criador de cavalos, com amigos como Maha, um indiozito sobrevivente duma tribo massacrada, El Corto, um regenerado ladrão de cavalos, e Forbes, um médico que fora alcoólico, o “narrador” das histórias. São personagens como que à margem, no mundo que os rodeia. Essencialmente um “homem bom”, Kirk caracteriza-se pela tolerância e humanismo, mesmo para com os seus inimigos.

Criada pelo argentino Héctor Germán Oesterheld, o seu 1º desenhador foi Hugo Pratt, sendo posteriormente ilustrada por outros.

2016 03 11 Entoam-se loas ao discurso de S. Exa o Presidente da República, Senhor Professor Doutor MRS. um discurso mal cerzido, num enfiamento de palavras em estilo aparentemente soft. Mas .... 

Fosse Cavaco a referir Mouzinho de Albuquerque, o que derrotou e humilhou o herói da resistência moçambicana, Gungunhana, exibido como "troféu" no século XIX e hoje perante a "Representação" Oficial da República de Moçambique, após  uma longa e sangrenta Guerra ~ Colonial para uns, de Libertação para outros ~ o que se diria ? Fosse Cavaco e não Marcelo a invocar o desde Alexandre Herculano desmistificado "Milagre" de Ourique, contra a "infiel" moirama em cristã Cruzada e teríamos uma nova queda do Carmo e da Trindade ! E queriam que a "esquerda" no Parlamento duma República laica aplaudisse pérolas ou "morcelas" deste calibre ?  By the way: porque faltou aos aplausos o líder do PSD, o senhor dr. Passes de Coelho, algures na "pérfida" Albion ?

CARTOON - João Abel Manta - Festival - Cartoon que valeu ao autor do mesmo e ao Diário de Lisboa - que o publicou em 11 Nov 1972 - serem levados a Tribunal pela PIDE e pelo Governo de Marcello  Caetano, vindo a ser absolvidos em 1973.

2014 03 11 Foto Victor Nogueira - cerca de 1986 - Setúbal - Museu do Trabalho Michel Giacometti (na antiga Fábrica Conserveira Periennes) 

 [rectificação - a foto refere-se a uma dum conjunto de exposições organizadas pela Câmara Municipal de Setúbal com peças que viriam a integrar o futuro Museu do Trabalho, inaugurado apenas anos depois]

O Museu contém parte do espólio recolhido pelo etnógrafo que lhe dá o nome, para além de reproduzir uma fábrica de conservas de peixe, de que a cidade foi um importante centro fabril até ao 25 de Abril, com as operárias trabalhando apenas qd o peixe era descarregado no porto, com salários de miséria e sem regalias. Baseadas essencialmente no trabalho manual e não mecanizado, opressivo e repressivo,  a maioria faliu a seguir ao 25 de Abril. Na foto representação do homem que ia pelas ruas dos bairros de lata avisando que as operárias deveriam apresentar-se no local de trabalho, fosse  dia ou fosse madrugada.

O espólio do Museu recolhe também alfaias agrícolas e instrumentos de ofícios tradicionais e uma loja tradicional, proveniente de Lisboa. A sua reserva tem o espólio duma chapelaria tradicional da cidade, entretanto encerrada.  

Na foto a foto dum  troço da rua Camilo Castelo Branco que ia desembocar no Bairro das Fontainhas e a uma das docas. Nesta rua existiam várias fábricas, todas demolidas excepto uma, em abandono. 

Algumas poucas  fábricas foram reconvertidas, sobretudo para armazéns, na zona oriental da cidade.

CONTINUA EM O Homem e o Trabalho


2014 03 1Texto e Foto de Victor Nogueira ~- Pôr do Sol no Estuário do Sado

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Ninguém volta. moça
Ninguém vem, moça.
São apenas palavras com o brilho que o papel lhes dá
apenas lantejoulas sem substância
ou com a substância que lhes dou
isto é o vazio na Terra do Nunca
que é a única certeza
nesta aldeia-roda da vida
Palavras. Apenas palavras.
E "uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma!"
setúbal Outubro 26, 2012

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2014 03 11 Hoje, rio seco das palavras que em mim estão vazias, pleno pelas tuas, deixo-te Eugénio de Andrade na orla do meu sentir e nas asas do meu desejo

Havia
uma palavra
no escuro.
Minúscula. Ignorada.
Martelava no escuro.
Martelava
no chão da água.
Do fundo do tempo,
martelava.
contra o muro.
Uma palavra.
No escuro.
Que me chamava.

Publicada por Victor Nogueira à(s) segunda-feira, Novembro 12, 2012

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2014 03 11 Tudo passa, tudo esquece, tudo é triturado pela voragem do Tempo . Apenas eu fico, estéril, como se não houvesse passado nem futuro e tudo fosse um eterno Presente. Ah! esta memória perene dos caminhos que percorri, das pedras que pisei, das cores que vislumbrei, das pessoas que «conheci» ! Grande é o deserto, coalhado de cinzas o olhar, incerto o andar sem andor [nem ardor] !
Publicada por Victor Nogueira à(s) sábado, Maio 15, 2010

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)