domingo, 23 de abril de 2023

Textos em abril 23

 * Victor Nogueira

2023 04 23 Vasco Gonçalves (1921-2005) - um General na Revolução, derrotada em 25 de Novembro de 1975 pelo PS-PSD-CDS, pelos spínolistas e pelo Grupo dos 9, incluindo Ramalho Eanes, Lourenço, Ramalho Eanes e Salgueiro Maia, que declararam na altura o estado de sítio na Região Militar de Lisboa, para impedir movimentações populares em defesa da Revolução.

Foi o Povo nas ruas que em 25 de Abril de 1974 transformou um golpe militar num processo revolucionário, foi o Povo nas ruas que obrigou à extinção da PIDE/DGS, para a qual Spínola já havia nomeado um novo Director-Geral, foi o Povo nas ruas que forçou Spínola a libertar todos os presos políticos e foi o Povo nas ruas que derrotou os golpes contra-revolucionários do General Spínola e do PSD-CDS em 28 de Setembro de 1974 e em 11 de Março de 1975.
O COMUM DA TERRA, "a Vasco Gonçalves”, poema de Eugénio de Andrade
Nesses dias era sílaba a sílaba que chegavas.
Quem conheça o sul e a sua transparência
também sabe que no verão pelas veredas
da cal a crispação da sombra caminha devagar.
De tanta palavra que disseste algumas
se perdiam, outras duram ainda, são lume
breve arado ceia de pobre roupa remendada.
Habitavas a terra, o comum da terra, e a paixão
era morada e instrumento de alegria.
Esse eras tu: inclinação da água. Na margem
vento areias lábios, tudo ardia.
Ilustrações:
Helena Vieira da Silva - A Poesia está na rua II
João Abel Manta - MFA, Vasco, Povo - Povo, Vasco, MFA / Força, Força, Companheiro Vasco, Nós seremos a muralha de aço




2022 04 23


2021 04 23 Foto victor nogueira - Lisboa - Monumento nos 25 anos do 25 de Abril, por João Cutileiro

O monumento comemorativo dos 25 anos da Revolução de Abril fica situado no cimo do Parque Eduardo VII, em Lisboa. Concebido a partir do pedestal destinado à estátua equestre do Santo Condestável, este conjunto escultórico é constituído por fragmentos de pedra, por vezes em bruto. Quer a partir do núcleo vertical, quer sobre as traves corre a água de uma fonte aí instalada. O núcleo desdobra-se por outros pedaços de pedra que se dispersam pelo espelho de água, onde a obra se localiza. Em frente a este núcleo, sobre um plinto em dois patamares, encontra-se um outro elemento cuja coloração e discurso formal o aproxima da estilização de um cravo.

VER   Monumentos ao 25 de Abril



2020 04 23 A percepção da duração do tempo é relativa e dependerá da vivência de cada um de nós. Em 1973, os 48 anos do fascismo pareceriam uma eternidade para quem nesse tempo tivesse vivido ou vegetado. Em 2015 falar nos 41 anos de Abril, para quem o vivenciou, é falar dum tempo que para muitos foi ainda ontem, ao virar da esquina ao alcance da mão e da voz, no sorriso duma criança, é falar dum tempo que nasceu das lutas, do inconformismo, da solidariedade, da generosidade e do sonho.

Letra para um hino, por Manuel Alegre (do tempo em que Alegre ainda era uma das vozes da Resistência, hoje acomodada)

É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.

É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.

É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.

Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre


2020 04 23 Foto victor nogueira - 1974/75 - cartazes e murais de abril 02 - porto 1975

Em 25 de Abril de 1974 à noite Spínola tentou em vão assenhorar-se do golpe militar e mandar o MFA para casa. Tendo falhado, tentou o chamado Golpe Palma Carlos, com a conivência do ppd/sá carneiro. Falhado o golpe com a demissão do I Governo Provisório, Spínola tentou com o apoio de sá carneiro/ppd e freitas do amaral/cds a chamada "manifestação da maioria silenciosa". Falhada esta,Spínola demitiu-se da Presidência da República. Todos estes golpes, tal como o de 11 de Março, tinham como objectivos adiar as eleições para a Assembleia Constituinte, plebiscitar Spínola como Presidente da República com amplos poderes, dissolver o MFA e inverter o processo de descolonização, sobretudo em Angola, mas também em Moçambique. A mobilização popular e o MFA fizeram abortar todos estes golpes spinolistas, que se veio a aliar a redes bombistas e anti-comunistas, de extrema direita, como o elp/mdlp..

Este mural no edifício da Câmara Municipal do Porto comemora a derrota de spínola a 28 de setembro de 1974. Spínola veio a ser posteriormente homenageado e reabilitado depois do golpe militar 25 de Novembro de 1975. Com efeito, a  5 de Fevereiro de 1987 foi designado pelo então Presidente Mário Soares Chanceler das Antigas Ordens Militares Portuguesas, sendo também condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (a segunda maior insígnia da principal ordem militar portuguesa), pelos «feitos de heroísmo militar e cívico e por ter sido símbolo da Revolução de Abril e o primeiro Presidente da República após a ditadura».

VER Murais de Abril 21 - Porto


2017 04 23 Foto Victor Nogueira em Lisboa, numa tarde soalheira e luminosa, hoje, enquanto passava de carro. Quem é não sei, apena "mulher de branco ao telefone e à beira-tejo, na avenida da Ribeira das Naus."  MAIS FOTOS EM Á beira tejo em tarde luminosa CLICANDO EM 

Á beira tejo em tarde luminosa



2016 04 23 Gilberto de Oliveira e o Campo de Concentração do Tarrafal  -  foto Victor Nogueira (1997)

Eu e Gilberto de Oliveira fomos amigos e visitei-o muitas vezes na sua casa, na Ajuda, em Lisboa, na Rua Dom Vasco.. Foi membro do Comité Central do PCP e prisioneiro no Campo de Concentração do Tarrafal, sobre o qual publicou nas Edições Avante a “Memória Viva do Tarrafal “ (1ª edição 1987). Já cego, ajudei-o a compilar e a fixar o texto da sua poesia.  Na efeméride da criação do chamado “Campo da Morte Lenta” partilho a  sua poesia anterior e coeva das suas prisões, a 1ª das quais aos 18 anos. Gilberto de Oliveira, já falecido, nascera em 1915.   

Milu Vizinho  Bem hajas, querido camarada Victor Nogueira, por teres partilhado comigo, estes lindíssimos poemas do nosso querido camarada Gilberto Oliveira, que infelizmente foi torturado pela PIDE

7 ano(s)

Judite Faquinha - Obrigada camarada amigo Victor, por este testemunho do campo de concentração do Tarrafal...vindo do camarada Gilberto Oliveira...os poemas são horripilantes, mas amei ao lê-los...até o bobi foi vitima...obrigada querido amigo mais uma vês.Beijokinhas ❤

6 ano(s) - 


2016 04 23 Morgana, na série Corto Maltese - de Hugo Pratt

Morgana surge em A Balada do Mar Salgado. É meia irmã de Tristan. Educada na América do Sul, não sofreu as regras estritas da educação britânica. Boca Dourada - feiticeira brasileira - instrui-a nas tradições mágicas brasileiras e da macunda,tornando-a numa das suas discípulas.

Boca Dourada controla a Compagnie Financière Atlantique e participa em conspirações políticas. Intervém activamente na revolução dos negros e dos índios no Brasil contra a casta branca esclavagista, , fornecendo-lhes armas e dinheiro.

Manuela Miranda

cartoon de Amor ou Paixão

9 ano(s)

Maria Nabais

9 ano(s)

Maria João De Sousa

Obrigada, Victor Nogueira! Que tenhas um bom Natal!!!

9 ano(s)

Maria Manuel Bento

Boas Festa para si e para a sua família, que o Ano 2014 seja melhor que este .....bjs

9 ano(s)

Isabel Dias Alçada

❤ Feliz Natal amigo bjs

9 ano(s)

Laura Rijo

Boas Festas Victor!! Beijinho

9 ano(s)

Viriato F. Soares

Feliz Natal amigo Victor!

Ver tradução9 ano(s)

Manuela Vieira da Silva

Aprende-se muito com estes bonecos. Partilha sempre, Victor. Obrigada.🙂 Feliz Natal!!! 🙂

9 ano(s)

Graça Maria Teixeira Pinto

Grande série, esta!

9 ano(s)

Luisa Neves

9 ano(s)

Manuel Tavares de Almeida

Que grandes marotos !!!

9 ano(s)

Maria Rodrigues

9 ano(s)

Ricardo Jorge Mateus Pina

irmãos.

9 ano(s)

Victor Barroso Nogueira

Sim, Ricardo Jorge Mateus Pina, nesta vinheta estão os 2 irmão, Morgana e Tristan 🙂

9 ano(s)

Carlos Barradas

Comprei ontem!

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7 ano(s)

Victor Barroso Nogueira

Viva, Carlos Barradas É BD ou ensaio ?

7 ano(s)Editado

Carlos Barradas

É uma entrevista do Dominique Petifaux ao Hugo Pratt! No fundo é a biografia dele com as memórias, tudo muito detalhado desde a infância até quando morreu! E tem Montes de desenhos e aquarelas dele!

7 ano(s)

Carlos Barradas

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7 ano(s)

Carlos Barradas

Nenhuma descrição de foto disponível.

7 ano(s)

Carlos Barradas

Nenhuma descrição de foto disponível.

7 ano(s)

Victor Barroso Nogueira

qual é a editora, Carlos Barradas ?

7 ano(s)

Carlos Barradas

Relógio D'água edição de 2005

7 ano(s)

Victor Barroso Nogueira

Grato 🙂

7 ano(s)

Carlos Barradas

Fui à Fnac comprar o dicionário Caluanda do Manuel Fonseca e tropecei num caixote com este livro em cima ! Foram os deuses que me avisaram!!

7 ano(s)


2016 04 23 RETRATO EM CINZENTONHA TARDE
Quem tu és não sei
e o teu nome me dirás ?
Na avenida lá em baixo
com esparsos carros
- despida -
para lá do parque verde
A voz coriácia
como nós
Lassos e com embaraços
os abraços
Sem pão a mão
só, no desvão
em guarda-pó
Parado o arado
sem vida
não fia nem porfia
setúbal 2016.04.23
foto victor nogueira - setúbal - escultura no largo da fonte nova
- Escultura de Jorge Pé-Curto representando a operária conserveira Mariana Torres, assassinada pelas forças policiais em setúbal durante uma greve, conjuntamente com António Mendes, a 13 de Março de 1911. Curiosamente atacados na altura pela feminista e republicana Ana de Castro Osório, que estava posicionada do lado do patronato contra quem o operariado setubalense lutava por melhores condições de vida e de trabalho.

Maria João De Sousa Obrigada, Victor Barroso Nogueira! Gostei muito! Abraço!!! Responder7 ano(s) Deolinda F. Mesquita Obrigada, Vitor 🙂 Responder7 ano(s) Mia Pires Griff Bem me conheces 😉 Beijinho e abraço apertado. ❤ Responder7 ano(s) Victor Barroso Nogueira Responder7 ano(s) Elsa Santos Gostei Vitor Responder7 ano(s) Maria Rodrigues Obrigada Victor pela partilha, adorei, beijinhos da muito amiga ❤ ❤ ❤ (Y) Responder7 ano(s) Manuela Vieira da Silva Sentada no degrau gelado De uma porta qualquer Salpicada de migalhas Da côdea do pão Que passou de mão em mão. MGS Responder7 ano(s) Graça Maria Teixeira Pinto Obrigada, Victor, p/ partilha.BFS Responder7 ano(s) Milu Vizinho Gostei camarada Victor. Bom fim de semana e bom feriado do 25 de Abril ❤ Responder7 ano(s) Antónia Matias Obrigada pela partilha Victor! Gostei da estátua e do poema. Beijinho Responder7 ano(s) Maria Lisete Almeida Grata Amigo Victor Barroso . Parabéns! Nunca deixe de escrever. Abraço e continuação de óptimo fim de semana! Responder7 ano(s) Fatima Mourão Obrigado pela partilha,beijinhos ❤ Responder7 ano(s) Ana Maria Pires Responder7 ano(s) Vânia Cairo Lindíssimo poema, amigo!!! Obrigada por abrilhantar minha página,querido Victor Barroso Nogueira!Abraço. Responder7 ano(s) Carla Maria Padeiro Estêvão Responder6 ano(s) Luisa Neves Obrigada. Abraço. 🙂 Responder6 ano(s) Ana Cunha Lindo poema.😊 Responder6 ano(s) Judite Faquinha Camarada Victor lindíssimo poema... a escultura para mim seria perfeita se o rosto de mulher não tive-se os olhos vendados, beijokinhas ❤ Responder6 ano(s) Victor Barroso Nogueira Judite Faquinha Trata-se da operária conserveira Mariana Torres, assassinada pelas forças policiais em setúbal durante uma greve, conjuntamente com António Mendes, a 13 de Março de 1911. Curiosamente atacados na altura pela feminista e republicana Ana de Castro Osório, que estava posicionada do lado do patronato contra quem o operariado setubalense lutava por melhores condições de vida e de trabalho. Responder6 ano(s) Judite Faquinha Obrigada querido camarada amigo Victor, mais uma História , que eu desconhecia, do meu DISTRITO...como saberia se foi antes do nascimento do meu pai, que foi em 1921...por isso a operária conserveira Mariana lhe vendaram os olhos era o símbolo da escra… Ver mais Responder6 ano(s)

2016 04 23 "All the world's a stage" is the phrase that begins a monologue from William Shakespeare's As You Like It, spoken by the melancholy Jaques in Act II Scene VII. The speech compares the world to a stage and life to a play, and catalogues the seven stages of a man's life, sometimes referred to as the seven ages of man:[2] infant, schoolboy, lover, soldier, justice, Pantalone and old age, facing imminent death. It is one of Shakespeare's most frequently quoted passages.[citation needed]

All the world's a stage,
And all the men and women merely players;
They have their exits and their entrances,
And one man in his time plays many parts,
His acts being seven ages. At first the infant,
Mewling and puking in the nurse's arms.
Then, the whining school-boy with his satchel
And shining morning face, creeping like snail
Unwillingly to school. And then the lover,
Sighing like furnace, with a woeful ballad
Made to his mistress' eyebrow. Then, a soldier,
Full of strange oaths, and bearded like the pard,
Jealous in honour, sudden, and quick in quarrel,
Seeking the bubble reputation
Even in the cannon's mouth. And then, the justice,
In fair round belly, with a good capon lined,
With eyes severe, and beard of formal cut,
Full of wise saws, and modern instances,
And so he plays his part. The sixth age shifts
Into the lean and slippered pantaloon,
With spectacles on nose and pouch on side,
His youthful hose, well saved, a world too wide
For his shrunk shank, and his big manly voice,
Turning again toward childish treble, pipes
And whistles in his sound. Last scene of all,
That ends this strange eventful history,
Is second childishness and mere oblivion,
Sans teeth, sans eyes, sans taste, sans everything. (WIKIPEDIA)


2015 04 23  Google homenageia a pintora japonesa Shoen Uemura

Uemura Shōen (上村 松園? 23 de Abril de 1875 – 27 de Agosto de 1949) foi o pseudónimo de uma importante pintora japonesa dos períodos Meiji, Taishō e Shōwa. O seu nome verdadeiro era Uemura Tsune. Ela é mais conhecida pelas suas pinturas bijinga com mulheres bonitas no estilo nihonga, apesar de ter também produzido vários trabalhos com temas históricos e tradicionais. (wikipedia)


 2011 04 23 As revoluções começam sempre nas ruas sem saída
Ana Albuquerque  -  22 de Abril de 2011  · 
"Se nos roubarem Abril, dar-vos-emos Maio!..."
"O inevitável é inviável!..."



2011  04 23 
"O inevitável é inviável!..."
"Se nos roubarem Abril, dar-vos-emos Maio!..." 

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)