* Carlos Rodrigues .
2012 12 23
Há palavras que não gastam,
Há palavras que nos bastam,
Palavras de que se gosta,
Música em que se aposta.
Há palavras realejo,
Há palavras que são beijos,
Das que não perdem o ensejo
De serem o que se deseja.
Podem dizer tudo ou nada,
Podem ser até Orada
Dos que rezam sem pensar
Ou nos dizem, sem sentir.
Há palavras que são vitrais,
Há palavras vespertinas,
Há palavras tangerinas,
Há outras que são demais.
Há palavras que são gente,
Há palavras tão urgentes,
Com gosto e sabor sem teias,
Que até nos correm nas veias.
Há palavras que abrem portas,
Há palavras que são outras,
Há palavras sem igual,
Palavras feitas de Sol,
Há palavras sumaúma,
Algodoeiros da bruma,
Falam uma língua diferente,
Não duram mais que o instante,
Há palavras embondeiros,
Que abarcam o mundo inteiro,
Há palavras que são fracas,
E se dissolvem nas vagas.
Há letras gordas e magras,
Não são palavras são vacas,
Mas todas têm função,
Umas dão leite outras não.
Há palavras que dão sumo,
Do fruto escolhi a Amora,
Misturei-o com Amor
E seja lá pelo que for
A palavra fez-se mel,
Não por ser doce ou flor,
Mas por ser Familiar
E não haver outra igual,
Quando se quer desejar
A TODOS UM FELIZ NATAL !
Carlos A.N. Rodrigues 23 / 12 / 2017
Victor Barroso Nogueira Para lá das palavras, com emoção no coração, retribuo, Carlos 🙂
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)