* Victpr Nogueira
Diz-me o escriba para anunciar que dentro dele correm a alma
e sangue árabe e judeu e africano e ameríndio. E da Galiza. Mas não de Portugal
ou Castela.
Uma flor, uma borboleta, e a resina, o olhar, meio olhar,
como se de peixe fosse, a corola do clarim, do saxofone, a concha sedimentada.
estratificada. Stendhal, Le Rouge et le Noir, ruge no ar ?
Gosto da forma como brincas aqui com as palavras. Le rouge
et le noir ruge no ar. Mas a corola do clarim aclara as flores do mal e
Baudelaire escuta as valquírias de wagner, olhar meio alucinado. Imagino.
Um poema e a foto, a foto delicada, de promessas escondidas
libertas nas asas da imaginação e do sonho, contidos ! Ou Não ! E ... qual a
cor da liberdade e do desejo para além da paleta do bianco e nero ?
Há uma leveza, uma suavidade, neste teu quadro de lágrimas,
como sudário me parece
Um campo de flores,como se jarro fosse, o cálice, a
ampulheta que mede o tempo ... quente ou frio
as palavras não chegam e o silêncio tem todos os sabores e
cores que por mim lhe quiseres dar
Nas pontas dos meus dedos sigo o teu olhar e nele (re)pousam
o sol e o mar
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)