segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Confiança na CDU (2013)

* Victor Nogueira~


 30 de setembro de 2013

De acordo com os resultados apurados até  ao momento e divulgados pela Comissão Nacional de Eleições a CDU conquistou a maioria em 34 municípios, contra 28 em 2009. A CDU perdeu Crato, Nisa, Chamusca e Vendas Novas, todas para o PS, mas conquistou  ao PS os municípios de Évora, Beja, Loures, Grândola, Alcácer do Sal, para além do Alandroal, Cuba, Vila Viçosa, Monforte e Silves.

 Esta vitória é também uma pesada derrota para o PS.  Com efeito, na Convenção Nacional Autárquica do PS o seu porta-voz nacional, foi então aplaudido entusiasticamente pela mesa e pela assembleia, incluindo Carlos Zorrinho  líder parlamentar do PS -  e muitos autarcas, num discurso serôdio, anticomunista e fascizante,  numa de "modernidade" e "franqueza" , definindo como adversário, nas suas  palavras, "não a direita ultra-liberal" (isto é CDS-PSD), mas o PCP.  

Das forças políticas que obtiveram maioria em Câmaras municipais, a  CDU foi a única que aumentou a votação em números absolutos oou em valores percentuais relativamente ao total de eleitores que votaram

PS, PSD e CDS obtiveram menores votações, quer em nºs absolutos, quer em percentuais.

De assinalar a vitória de Grupos de cidadãos eleitores, como o de Isaltino  de Morais,  em Oeiras - condenado e preso por corrupção - concorrendo por interposta pessoa. De referir também a subida relativa do PNR - de extrema direita - e do MRPP cuja actividade entre períodos eleitorais é desconhecida e que beneficiará do facto de apresentar como símbolo um idêntico ao do PCP ou do movimento comunista em geral. Qualquer destes dois últimos partidos sem expressão a níverl nacional. Expressiva votação tiveram os votos brancos ou nulos. Estes, embora expressivamente inferiores aos votos na CDU, são expressivamente superiores aos votos no Bloco ou no CDS, embora esta força política  tenha passado de 1 para 5 municípos, o que em caso de eleições legislativas lhe permitirá uma vez mais servir de muleta quer ao PS, quer ao PSD.

 (...) 

Para memória futura, o discurso de João Ribeiro, porta-voz nacional do PS na Convenção Nacional do PS para as Autárquicas 2013, aplaudido  pela mesa,  por autarcas do PS e por Carlos Zorrinho, líder Parlamentar do PS, nenhum deles demitido  ou desautorizado das suas funções na Direcção Nacional do PS.

Quando o  Presidente da República e o PSD sem oposição do PS advogam a revisão da lei eleitoral para as campanhas autárquicas, é bom que se tenha em linha de conta que os 3 canais de TV em emissão aberta - inbcluindo o da  RTP - não permitiram a cobertura das eleições e que na noite eleitoral a TVI deu primazia a um talk show degradante.

Não vi a SIC mas apenas a RTP, que escolheu  fazer  sondagens e comentar apenas Câmaras onde se defrontavam o PS - PSD - grupos de cidadãos eleitores e que  os seus comentadores residentes - PS-Sócrates e PSD/Morais Sarmento, sem  contraditório, conseguiram a proeza de comentarem essencialmente a vitória do PS e a derrota do PSD, com alguns "grupos de cidadãos eleitores" pelo meio, ignorando a expressiva vitória da  CDU e omitindo a vitória desta em municípios emblemáticos do PS, como Évora, Beja e Loures.

Mas mais grave e significativo foi o facto de  terem cortado a palavra a Jerónimo de Sousa qd este analizava os  resultados, passando para outro directo considerado mais  importante, no Porto   ou em Vila Nova de Gaia. Contudo, quando chegou a vez de Seguro do PS, a RTP transmitiu integralmente a comunicação deste, incluindo o período de perguntas/respostas.

 

PARA MEMÓRIA FUTURA

Na política e na ética republicana não vale tudo ! Depois de acabarem de ler esta nota,  OUÇAM ATÉ AO FIM, MESMO QUE ISSO VOS  CUSTE a intervenção de João Ribeiro do PS na Convenção Nacional Autárquica do PS. 

Foram o PS sócrates-PSD passos coelho-CDS paulo portas que assinaram  o memorando de  entendimento com a troica/banca  da usura e da extorsão e são  eles que se recusam a denunciá-lo.  Nunca o PS a nível nacional fez qualquer acordo  ou coligação com o PCP. Tirando o caso de Lisboa, com Jorge Sampaio, nunca o PS fez qualquer aliança, acordo ou coligação para derrotar o PSD nas eleições autárquicas.  Mas tem-nas feito com o PSD - encapotadamente, como em 1985 - para derrotar o PCP e seus aliados.  

As leis da República - revisões contitucionais, política de privatizações de sectores estratégicos deconomia, incluindo a banca, relações e tratados  internacionais - opções macro-económicas, emprego, política salarial fiscalidade, revisões ao código de trabalho, resultam ou de maiorias na Assembleia da República  com a convergência de votos do PS, PSD, CDS, ou de Governos do PS ou do PSD, isolados ou em coligação, com ou sem a muleta do CDS. É esta a "modernidade" do PS, são estes os aliados que o PS desde sempre procura no seu combate pela Liberdade, a liberdade de cm o  PS, PSD, CDS  terem conduzido o país ao estado súcial em que tentam encurralar os portugueses. Sempre o PS se recusou a referendar os Tratados da União Europeia. É este o muro que o PS protege, tal como protege o muro que é o Acordo de Schengen.

Na política e na ética republicana não vale tudo !   E desde Mário Soares que o PS arrumou o socialismo na gaveta, onde desde então o PS  tem aferrolhado a 7 chaves.

 


CN PS Autárquicas 2013 João Ribeiro/PORTA VOZ-NACIONAL do PS

 

 

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)