quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Pingos do Mindelo - algumas das leituras

 * Victor Nogueira


terça-feira, 11 de agosto de 2015

TRÊS HORAS ENTRE DOIS AVIÕES, um conto de F Scott-Fitzgerald

 


Numa tabacaria na praia, aqui no Mindelo, encontro em saldo vários exemplares dispersos duma colecção antologica de "Grandes Mestres do Conto”, numa "Biblioteca de Verão" em tempos editada pelo "Jornal /Diário de Notícias" (1), de que adquiri alguns dos números disponíveis. Cada pequeno volume está sujeito a um tema e dos "Humorísticos" resolvi partilhar o que dá o título a esta nota.

 

Ilustração de Nuno Saraiva in Público retirada de http://beboliqueime.blogspot.pt/2015/06/boas-ferias.html

 segunda-feira, 17 de agosto de 2015

sol e sombras com eça

sábado, 27 Hoje a leitura foi de "Os novos Maias", uma edição do Expresso (1) comprada em saldos na tabacaria da praia, contos desenvolvidos em torno de Carlos da Maia ou seus descendentes. Gostei dos que foram escritos  por Rentes de Carvalho e por Clara Ferreira Alves. embora em dois dos quatro e a despropósito lá apareça metido a martelo Estaline e os seus "massacres". No da Clara o descendente é um vencido da vida, vivendo das rendas e da venda do património familiar, reaccionário e  blasé. Com ele termina a descendência de Afonso da Maia, avô de Carlos. Não havia nos saldos o volume escrito por José Luís Peixoto e por Agualusa, este um autor angolano que aprecio, conjuntamente com Pepetela e com Luandino Vieira. de

Fica a palavra de F. Scott Fitzgerald, dos loucos anos ´20, da Geração Perdida,  que terminou no crash da Bolsa de Nova Iorque em 1929, prelúdio de uma nova e ainda mais sangrenta e generalizada Guerra Mundial. 

(1) - poema "Raizes" in http://aoescorrerdapena.blogspot.pt/2012/12/raizes.html

Ler o conto de F. Scott-Fitzgerald in http://daliedaqui.blogspot.pt/2015/08/f-scott-fitzgerald-tres-horas-entre.html

sábado, 27 de agosto de 2016

Pingos do Mindelo 02

quarta-feira, 26 O Outlet, sempre cheio de gente, não tem livraria (salvo um pequeno stand no meio dum dos corredores), como não tem Vila do Conde, nem cinemas ou supermercado. Para além da área de restauração a maioria das lojas são de vestuário, nesta época com saldos cujos descontos oscilam entre os 30 e os 80 %. A decoração da entrada principal tem como motivo guitarras e galos. Comprei alguns livros em saldo, a maioria romances, alguns policiais. (3)

(3) Real, Miguel - O Feitiço da Índia; Pires, José Cardoso - Balada da Praia dos Cães; Bessa-Luís. Agostina - As Chamas e As Almas; Himes, Chester - Cidade Escaldante; White, Lionel - O Roubo no Hipódromo; Howard, Hartley - O Funeral Foi o Começo; Paiva, Maria Valentina - Álvaro Cunhal ao Canto do Espelho, Albuquerque, Afonso - Cartas Para El-Rei D. Manuel I 

Mas continuo a leitura duma interessante obra sobre o Golpe Militar de 28 de Maio de 1926 (4), que na verdade eram vários golpes conjunturalmente unidos, desde o republicano "liberal" de Mendes Cabeçadas, oficial da Armada, em Lisboa, até ao ditatorial de Gomes da Costa, General de Cavalaria, em Braga, passando pelos Integralistas Lusitanos e pelos fascistas Camisas Azuis de Rolão Preto e os restauracionistas da Monarquia derrubada em 1910. 

Seguindo dia a dia a imprensa enfeudada a diferentes forças políticas representativas de interesses e forças económicas diversificadas e antagónicas, desde os industriais aos agrários, e os comunicados dos vários partidos políticos e das facções militares em confronto, assistimos pelo olhar do autor à passividade expectante dos vários partidos republicanos, incluindo o Partido Socialista Português, e ao alheamento dos Anarquistas e do movimento sindical onde eram a força dominante no sentido de convocar a “greve geral revolucionária” e chamar o operariado e as massas para a rua em defesa duma República que lhes fora por não poucas vezes violenta e sangrentamente adversa. Massas populares incluindo a pequena burguesia e a estudantada de Lisboa e Coimbra que num país predominante rural e analfabeto, vitoriavam em Braga e em Lisboa as forças em parada militar do “quarteleiro” e volúvel General Gomes da Costa, autoritário, que, após afastar Mendes Cabeçadas, haveria de ser rapidamente afastado e exilado pelo “maçon” General Carmona, o qual abriria caminho a Oliveira Salazar, apoiados nesta fase pela Igreja Católica e pelos agrários. 

 (4) Madureira, Arnaldo - 28 de Maio, a Génese do Estado Novo, 2016 Clube do Autor SA -  2016

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Notícias do Mindelo: aventuras, venturas e desventuras


Há pouco o carteiro entregou-me três livros de poesia remetidos pelo meu amigo Filipe Chinita e por ele autografados: "Do tamanho das nossas vidas", "a(s) mãos ambas sobre o corpo (d)o amor" e "deste temporal de (te) amar".  Aprecio na sua poesia a contenção depurada e (quase) ascética com que se exprime. 


Continuo a ler de Andrew Marr "História do Mundo", de que me falara o Nunes da Ponte um dia destes. É um livro escrito numa linguagem acessível e fluente, com alguns factos que desconhecia. Contudo, a despropósito, seja qual for o período da História, lá surgem referências aos crimes soviéticos ou de Estaline, para além de afirmar - ao tratar da Guerra Civil Americana - que se não fosse a chegada dos norte-americanos à Europa os "alemães" teriam vencido a Grande Guerra. Presume-se que se refere aos desembarques na Sicília e na Normandia, "esquecendo" as derrotas ds nazis em Estalinegrado e em Kursk, que essas sim, apressaram a intervenção do "amigo" americano. Está-lhes na massa do sangue o TINA (there is no alternative) para o capitalismo, mesmo que falem dos crimes e mortandades deste, para tentarem dar credibilidade "isenta" ao pró-capitalismo.. 


É como sucede também num outro livro que acabei de ler um dia destes - "As decisões mais inesperadas da História" - de Luc Mary (cuja capa já é por si mesma elucidativa), que começando na Antiguidade com a Grécia, Roma e Cartago, lá vem com descarados anti-comunismo e anti-sovietismo ao abordar episódios do séc XX. Mas como a obra de Andrew Marr está a ser distribuída em volumes semanais, tenho de aguardar p


ara verificar como nela será abordado o século XX.

As picadas das moscas continuam a incomodar-me com prurido e comichão ou coceira e só um grande esforço me impede de coçar o braço até ficar em chaga. "Verdes são os campos / da cor do limão / ... " e blá blá. Antes "A Mosca", suplemento humorístico do extinto Diário de Lisboa mais as Redacções da Guidinha e os Cartoon de João Abel Manta.. Ao menos divertiam-nos e despertavam riso e bom humor.

domingo, 16 de agosto de 2020

MINDELO - praia e rochedo na enseada

Bronzeio-me no Fiesta estacionado à beira-mar, ouvindo o marulhar das ondas a morrerem na areia e o silvar do vento, enquanto leio o 2º volume da trilogia Millenium, do sueco Stieg  Larsson, todos eles adaptados ao cinema e dos quais vi os dois últimos. Acabara de ler uma interessante História da Pobreza em Portugal (desde D. Afonso Henriques) de José Brandão. 

sábado, 8 de julho de 2023

Pingos do Mindelo em 2023 julho 08

Uma brevíssima deslocação ao Porto, com estadia no Mindelo, para receber as chaves do apartamento arrendado em Monsanto a Rolanda Campos, falecida há dias. Este apartamento foi-lhe arrendado pelo meu tio Zé Barroso, era ela menina e moça, o curso terminado, nos idos dos anos '60 do passado milénio,  e de herança em herança acabou na minha posse.

Desde então falávamos por vezes ao telefone, fazendo questão que a fosse visitar sempre que viesse ao Mindelo, o que fiz com relativa frequência. Assim, partilhava comigo, em amena cavaqueira, um chazinho com biscoitos e um sorvete.  Não tendo a sobrinha que despejou o apartamento destino para a biblioteca, a meu pedido cedeu-me ma parte dos livros, a maioria romances, mas também algum teatro, de Josè Cardoso Pires. 

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Pingos do Mindelo, em 2023 novembro 30

Apesar do tempo ameaçar chuva. confiei na Meteorologia e fui até ao largo da igreja matriz, aqui a dois passos, buscar mais um novo album duma nova colecção do Público, intitulada "O assassino", de Metz e Luc Jacamon. É um profissional a soldo, solitário e frio, metódico e consciencioso, sem pinga de escrúpulos e remorsos», de que já tinha um ou dois álbuns na secção de BD da minha biblioteca.

Este assassino, um solitário, é o oposto de Luca Torelli, o "Torpedo", com argumento de Enrique Sánchez Abul, desenhado por Alex Toth, Jordi Bernet e Eduardo Risso, cujos álbuns foram distribuídos pelo Público, e que também adquiri.

Luca Torrelli , também sem escrúpulos e remorsos, é um mulherengo, bem vestido, violento, rude, com tiradas pretensamente eruditas, com um companheiro, Rascal, uma espécie de Sancho Pança, não muito inteligente, saco para toda a pancada, mas prático nas questões do quotidiano.

 sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Pingos do Mindelo, em 2023 Dezembro 01

Terminei a leitura dos dois primeiros álbuns da BD intitulada "O assassino", que já lera em tempos mas de que me não recordava. Com o avançar da idade esqueço-me frequentemente dos enredos dos filmes, das séries televisivas e dos livros, mesmo que só tenham decorrido poucos meses. Assim, e como sen fossem contentions novidades!

O "assassino" é um longo monólogo dum cínico, com uma vida dupla, que vai filosofando sobre a vida, entre a execução das "encomendas", nem sempre conseguindo evitar os chamados "danos colaterais.", vitimando "inocentes".

Não há pingo de humor para amenizar, a novela ao contrário do humor negro que perpassa nas histórias dum outro assassino, Luca Torelli, o "Torpedo", este passado nos anos 30 do século XX, enquanto aquele de quem não se revela o verdadeiro nome se desenrola no século XX!, entre a Europa e a América Latina

sábado, 2 de dezembro de 2023

 Pingos do Mindelo, em 2023 dezembro 02

Prossigo a leitura de “O assassino”, que não me está emocionando por aí além, Cada álbum tem uma história independente, embora tenha descoberto o fio que as liga, uma traição/armadilha que durante um serviço quase despachou o assassino, que ao longo dos vários  álbuns subsequentes procura desenredar o fio à meada!

A leitura é um dos meus passatempos, para lá das notícias on line. Sem propósitos   de exaustão, várias peças de teatro: “Corpo-delito na sala de espelhos” e “O render dos heróis”,  de Cardoso Pires, “As mãos sujas”, de Sartre, “A mandrágora”, de Maquiavel, “In nomine Dei”, de Saramago, “As mãos de Abraão Zacute”, de Sttau-Monteiro. Entre os romances, “Sorge, o espião do século” e “A noite dos generais”, de Hellmut Kirst, “Conselho de Guerra” e “Os carros do Inferno”, de Sven Hassel, “O ano da seca”, de Victor Álamo de la Rosa, “O espião que saiu do frio”, de John Le Carré, “O homem que via passar os comboios”, “O comboio de Veneza” e “Os sinos de Bicêtre”, de Simenon. Este último romance é sobre a lenta recuperação dum homem que vai saindo do coma após um ataque cardíaco. Daí resolvi ler pela primeira vez, de Cardoso Pires, um livro deste sobre a sua lenta recuperação dum AVC: “De profundis, valsa  lenta”.

A maioria destes livros já os tenho em Setúbal, sendo o que me coube dos espólios do meu tio José João ou da minha amiga Rolanda Campos, falecida no passado mês de Julho.

Resta a banda desenhada. Para além de “O assasslino”, que estou a ler à medida qe semanalmente é publicado um novo álbum duplo. Da VII Série da Novela Gráfica Público/LeVoir li “Moby Dick” , de Christophe Chabouté, “Léa Não Se Lembra Como Funciona O Aspirador “, de Gwangjo e Corbeyran, “Estampas 1936”, de Felipe Hernández Cava e Miguel Navia, “Primo Levi”, de Matteo Mastragostino e Alessandro Ranghiasci, e ”Alexandra Kim, de Keum Suk Gentry-Kim.

Normalmente as histórias em banda desenhada ou quadrinhos são estáticas, embora com várias técnicas possa ser dada ao leitor a ideia de movimento.  Em “Moby Dick”, baseado no romance de Herman Melville, a narrativa, como se cinematográfica fosse, está em constante movimento e cada vinheta, na expressividade e diversidade seu enquadramento e desenho, a preto e branco, faz jus à máxima de que “uma imagem vale mais que mil palavras”. Também expressivo é o desenho, a preto e branco, de “Estampas 1936” baseado na Guerra Civil Espanhola; cada conjunto de pranchas constitui como que uma história independente, ligadas pelo fio condutor do conflito. As restantes histórias são estáticas, sendo duas delas biográficas, a de Primo Levi e a de Alexandra Kim, esta uma revolucionária coreana que com o apoio de Lenine e da Rússia Bolchevique, desenvolveu a sua acção no seu país natal, então ocupado pelos japoneses 

Mas ainda me falta ler alguns dos dez álbuns desta VII Série da colecção Novela Gráfica Público/LeVoir. 

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Pingos do Mindelo em 2023 dezembro 25

A “Festa da Babette” é um conto de Karen Blixen, adaptado ao cinema, numa realização de Gabriel Axel, em 1987. Babette é uma cozinheira duma casa nobre francesa, que se refugia numa recôndita e austera aldeia piscatória dinamarquesa, para evitar ser executada na sequência da repressão àos revoltosos da Comuna de Paris, em 1871. Tempos depois, ao dar-se conta de que fora localizada pela polícia francesa, resolve partir de novo, depois de preparar uma opípara refeição aos frugais e austeros aldeões que a tinham acolhido, refeição como as da casa nobre onde servira.

 

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Pingos do Mindelo em 2024 Janeiro 26

De Ferreira de Castro estou a ler o romance "A Selva" (amazónica), situada nos seringais brasileiros,  plantações de "Hevea brasiliensis". De pesquisa em pesquisa descobri que aquela planta ornamental vulgarmente designada como árvore da borracha nada tem a ver com a seringueira.

Com efeito a "Ficus elastica" ou falsa-seringueira distingue-se daquela pela folhagem, podendo atingir 15 a 20 metros de altura, como existe uma em Azurara, mais maneirinha, no início da ponte que a liga a Vila do Conde.

Diz a Wikipedia que,  "Quando cortada, a planta derrama um látex tóxico, esbranquiçado e muito viscoso. Este látex foi utilizado como matéria-prima no fabrico de borracha, embora não tenha a mesma abundância e qualidade do produzido pela seringueira.»

 

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Pingos do Mindelo, entre o Carnaval e o Dia dos Namorados

Voltando às escritas infantis. A long time ago, comprei um livrinho, colectânea de textos de crianças,, comentei com a Celeste que duvidava que tivessem sido escritos por crianças. Sem nada dizer, ela levantou-se, foi buscar os cadernos dos alunos que trouxera para casa, para corrigi-los, e deu-mos para ler. Apaguei o meu cepticismo, pois havia lá textos bons, de grande imaginação e qualidade!

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)