segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Letras empilhadas, ano após ano, em Dezembro, 09, (re)colhidas em 2024

 * Victor Nogueira

9 de dezembro de 2010  · 

De manhã esteve sol, à tarde o céu cobriu-se de variados matizes de cinzento, de aves nem sombra, aguaceiros e trovoadas rápidas  mas ensurdecedoras,  ficando o calor e os sapatos húmidos com o dia cedo enegrecido!


9 de dezembro de 2012  · 

Foto Victor Nogueira - Foto Victor Nogueira - Fundão  (anacronismos) Chapelaria Elegante

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Judite Faquinha  Ó Vítor!!! Estes chapéus já não se usa!!! Por isso deita-se a loja abaixo, falta é (arrenda-se) ou (vende-se) mas gostei, bjs.

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Anna C. Reis   xapeus á muitos ...........................
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Victor  Nogueira - .Oh Judite Faquinha ............Não me importava de ficar com a placa LOL. Tenho algumas bem curiiosas retiradas de prédios demolidos. Se tiverem algumas podem oferecer-mas para a .minha colecção 🙂
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Ana Albuquerque - Esta também foi à vida? 😕
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Victor  Nogueira - É possível que sim, Ana Albuquerque. A foto tem anos e nunca mais voltei ao Fundão
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Ana Albuquerque - Fundão? Muito pertinho da terra da minha mãe. Conheço bem.
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Alexandrina Arly Soares - Ao que chegou o nosso desgraçado país doi, nada existe!! A elegância sempre existiu... Uma chapelaria era uma grande profissão... S. João da Madeira era forte ... Em fábricas de chapéus...poe ex / o meu pai era um pequeno industrial de chapelaria e guarda soleiro... Quem não conhecia no Porto perto da estação de S. Bento o Jacinto chapeleiro grande anti / fascista ????? 

Margarida Piloto Garcia - Para memória futura porque o tempo leva e destrói.
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Clara Roque Esteves - Vitor, é caso para dizer : " chapéus há muitos..." A questão está na peculiar envolvente. Delicioso! Bjos.
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Victor  Nogueira - Pois, Clara Roque Esteves Captaste a ironia da foto LOL
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Eduardo Martins - Chapelaria do Limoeiro...
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Victor Nogueira  do Limoeiro, não, ... do (a)Fundão, Eduardo Martins 🙂
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9 de dezembro de 2013  

ainda a expressão da vida nos escritos de ...

* O AMOR É BEM QUE SUAVIZA *  SEDUÇÃO  *  Sedento nas tuas mãos esguias e belas ª Um rio enche a casa com o murmúrio de mil candeias * CORAÇÃO ROSA DOS VENTOS 


1.  - Teen, dos 30 anos pus nos meus olhos o brilho e nos meus lábios o sorriso e da minha alma tirei as rugas e do coração as cãs. Mas feliz ou infelizmente, nos dois pratos da balança que é a minha vida continua o equilíbrio entre a razão e o coração. Mas depois das tuas palavras, quase regressei à tua idade, teen :-)

Teen, se a minha vida não fosse a dum perpétuo equilibrista, há muito que estaria a fazer tijolo com o peso das (des)ilusões. 
 
2. -  Aqui estou no meu quarto, buscando para ti as palavras que não encontro, corpo sem imaginação mas irritado e desassossegado pela constipação que me percorre as veias e me enche dum nervoso miudinho. Busco para ti as palavras dos outros, nos livros dos outros, os ponteiros aproximando‑se das nove e trinta, hora da vinda do homem que levará de mim as letras que cadenciadamente vão surgindo no papel branco que já não é só! Busco as palavras e apenas encontro estas, hoje vazio de ti pela tua ausência, ontem pleno pela nossa presença. São vinte e uma e vinte, hora de parar, os livros espalhados pela mesa, o corpo quebrado, a imaginação e a voz quase secas e frias. Daqui desta terra, para ti noutra terra, te abraço e beijo com ternura e amizade, na memória do tempo que fomos juntos. Aqui estou!

Évora, 1972.09.21 (Do Victor Manuel para a Maria Papoila ou Maria Vai Com as Outras)

3. - Este tempo enlouquece os sentidos e dos nossos lábios brotam as palavras ainda há pouco envoltas em espinhos e agora frescas e acetinadas, brilhantes como o orvalho. Dizem que a Primavera é a estação do amor. Mas o amor primaveril é recatado e suave. Mas o nosso, meu Amor, é quente como o fogo, convidando-nos à loucura; o nosso é um amor de Verão, pois é dos dias em que fora de nós estamos,  em que o meu pensamento por ti me faz desejar-te até ao delírio, em que o sorriso e a voz terna  fazem desejar-te, paradoxalmente, com toda a simplicidade que deveria haver entre um homem e uma mulher. Estás longe e os gestos e as palaras simples, os deslumbramentos, estão interditos. Não sei escrever coisas bonitas como as que me escreves. Queria apenas dizer-te da minha imensa ternura por ti, nestes dias quentes de verão, na cidade que proíbe os gestos que a mostrariam. envolta neste maldito vento suão. Ah! não poder escalar-te lábio a llábio, seguir-te com os meus dedos o perfil do nosso corpo em ti, em mim,  até  que a loucura corra livremente em nós !  Beijo-te e abraço-te e abandono-me-te com Amor, com ardor, porque não quero hoje pensar no futuro.

in Cartas de Soror Maria Madalena ao Conde Niño por Victor Nogueira

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Margarida Piloto Garcia - Que dizer senão que gosto e muito desta tua escrita. Feliz quem já foi destinatária (o) de tantas cartas ou versos de amor.
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Isabel Dias Alçada - O AMOR é tudo ou nada, bjs
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Marquês de Pombal, por Louis-Michel van Loo e Claude Joseph Vernet. (1766)

9 de dezembro de 2014  · 

SOBRE SÓCRATES E A "OPERAÇÃO MARQUÊS"

O PÚBLICO TITULA

O que está em causa é o título da notícia e o seu desenvolvimento. O jornalista definiu as perguntas feitas aos historiadores e naturalmente fez o tratamento jornalístico das respostas. Os critérios do jornalista não são necessariamente os dos historiadores.

A questão central  é a corrupção de altos governantes em *Portugal. Desde o Marquês de Pombal ou desde Afonso Henriques ? Porque ela existe desde os primórdios da nacionalidade,quando a coisa pública não se distinguida da causa e propriedade  reais. Até Filipe II de Espanha no século XVI dizia: "Portugal é meu porque o herdei, comprei e conquistei. 

E não há comparação possível entre Sócrates e o Marquês: no século XVIII havia uma Monarquia Absolutista, sem separação de poderes, que estavam todos na mão do Rei, mesmo que este pretendesse ter uma política iluminista. 

O Marquês de Pombal representava os interesses do Rei (concentração do Poder) e da burguesia capitalista emergente contra a grande nobreza agrária e absentistas (abolindo  a distinção entre cristãos novos e velhos e tirando poderes a Inquisição), protegendo as manfacturas e as companhias majestáticas, para além de reformar o Ensino (expulsando a Companhia de Jesus e encerrando os seus Colégios e a Universidade de Évora). 

As propriedades agrícolas do Marquês em Oeiras eram exploradas "racionalmente" e nessa vila organizou em 1776 a 1º exposição agrícola e industrial do país. 

A vitória momentânea da nobreza com a morte de D. José I não provocou a execução do Marquês e apenas adiou o triunfo da burguesia capitalista para 1820, com as Revoluções Liberais e a separação de poderes, a exemplo do que entao sucedia por quase toda a Europa.

9 de dezembro de 2016  · 

foto victor nogueira - Porto - anoitecer natalício a 8 de Dezembro (Rua de Cedofeita)

Nesta época do ano são cada vez mais curtos os dias mas apesar da relativa hora tardia de saída do Mindelo resolvi não adiar de novo o périplo entre Cedofeita e os Aliados, Descarto a EN 13 pelo previsível pára-arranca escolhendo como alternativa a A28, que em vários troços encontro exasperantemente lenta e de trânsito pouco fluido. Desemboco na Rotunda da Boavista ou Praça Mouzinho de Albuquerque, a Casa da Música à minha direita. Na Rotunda vislumbro uma série de pavilhões que me parecem uma Feira do Livro mas prossigo. Inflicto pela Rua Júlio Dinis para o Palácio de Cristal mas a meio faço inversão de marcha - ainda bem que o fiz pois na Cordoaria e nos Clérigos verifico depois que o trânsito automóvel está empastelado, de carros e transeuntes.  

Continua em no Porto, entre Cedofeita e os Clérigos, mas não só

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Maria João De Sousa - Obrigada, Victor  Nogueira! Tens aqui excelentes imagens do Porto! Abraço! (pergunto-me se ainda existirá a Travessa Das Virtudes, onde nasceu o meu avô poeta...

8 a

Deolinda F. Mesquita - Obrigada, Victor, gostei muito, como deves calcular conheço muito bem o Porto. A Unicepe ainda continua na Praça de Carlos Alberto, apresentando seus livros novos.🙂

7 a

Mia Pires Griff - Andas muito "saído"... Gostei das memórias.Beijinhos ❤

7 az

9 de dezembro de 2019  · 

foto victor nogueira - manhã de nevoeiro em 2019.11.25

Do cimo da torre no alto duma encosta não se viam nem o Parque Verde, logo aqui embaixo,  nem a Avenida, mais ao fundo. Reparo depois que a foto foi acidentalmente tirada 44 anos depois dum aziago  ... 25 de Novembro, que pôs fim ao 25 de Abril.

9 de dezembro de 2019  · 

foto victor nogueira - torre da ucanha  

Foto a igreja e ponte medieval. As casas foram remodeladas, mas conservam-se algumas alpendradas. A povoação é atravessada por uma ribeira (rio Varosa), com pequenas quedas de água. Fotos a ponte romana. Parece Ter havido nesta zona um sistema de regas.(Notas de Viagens - 1999.10.25 )

«José Leite de Vasconcelos, nascido em Ucanha, aponta essencialmente três razões para a construção da ponte e da torre de Ucanha, lançadas sobre o rio Varosa, perto de Tarouca e a poucos quilómetros de Lamego: a de defesa, à entrada do couto monástico de Salzedas; a de ostentação senhorial, bem patente na alta torre; e a da cobrança fiscal, pelo valor económico que tal representaria para o mosteiro cisterciense erguido próximo.» (Wikipedia)

9 de dezembro de 2022  · 

Azurara - pinheiros mansos em contraluz (IMG_1323) 

Gosto da harmonia que estas frondosas árvores me transmitem, numa simbiose de generosidade, equilíbrio e tranquilidade. Se tivesse espaço aqui no Mindelo teria plantado um pinheiro manso, a par de árvores frutíferas e odoríferas. Mas isto nem minifúndio é, apenas um quintalejo.

9 de dezembro de 2024

 Sol de inverno

Cintilante o dia
valeroso diamante?

As nuvens são penugem
esbranquiçada, sem ferrugem

Gélido o ar, de pasmar;
o sol de cachecol

É sol de inverno
não aquece, arrefece!

Tempo de soalheira
sentado à braseira

O briol com briol se aquece

As mãos geladas
no bolso agasalhadas!

Setúbal 2024 12 09


9 de dezembro de 2024

Foto victor nogueira - Mindelo - Natureza morta com flores do quintalejo ( 2023 11 21 IMG_3525)

[Foi para ti que criei as rosas.], por Eugénio de Andrade

Foi para ti que criei as rosas.
Foi para ti que lhes dei perfume.
Para ti rasguei ribeiros
e dei às romãs a cor do lume.

Foi para ti que pus no céu a lua
e o verde mais verde nos pinhais.
Foi para ti que deitei no chão
um corpo aberto como os animais.


Eugénio de Andrade, Primeiros Poemas · As Mãos e os Frutos · Os Amantes sem Dinheiro

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[Não quero rosas, desde que haja rosas], por Fernando Pessoa

Não quero rosas, desde que haja rosas.
Quero-as só quando não as possa haver
Que hei-de fazer das coisas
Que qualquer mão pode colher?

Não quero a noite senão quando a aurora
A fez em ouro e azul se diluir.
O que a minha alma ignora
É isso que quero possuir.

Para quê?... Se o soubesse, não faria
Versos para dizer que inda o não sei.
Tenho a alma pobre e fria...
Ah, com que esmola a aquecerei?...


7-1-1935
Novas Poesias Inéditas. Fernando Pessoa

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)