Letras empilhadas, ano após ano, em Janeiro, 05, (re)colhidas em 2025
* Victor Nogueira
José Eliseu Pinto Victor Barroso Nogueira
5 de janeiro de 2010 ·
Um grande abraço de parabéns, com um tempero de saudade.
Muitos&Bons.
Volver a los diecisiete-Mercedes Sosa-Veloso-Gal-Buarque-Nascimento-Violeta Parra
Victor Nogueira
Gracias Zé, Lá mais para a Primavera irei até Évora.
José Eliseu Pinto
Cá te espero, Victor, com um rosário infinito de contas para ajustar e muita escrita para por em dia. Grande abraço.
14 a
14 a
5 de janeiro de 2012
Ana Albuquerque
FELIZ ANIVERSÁRIO!
13 a
Victor Nogueira
Uma jóiinha esta Ana pela voz da Mafalda. O bolo do David Alves está no fim a ainda bem que chegou o teu para a malta :-)*
13 a
Ana Albuquerque
Ehehehehe!!!
13 a
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5 de janeiro de 2012 ·
Ói pessoal que chegou ou que está para vir. Música e bolos já temos. Aqui ficam as bebidas
5 de janeiro de 2013
Venham mais cinco, durante muitos, risonhos e ridentes anos!
Este inFaceLock é marado: ao reler as mensagens de felictiações pelo meu aniversário, verifiquei que algumas desapareceram. Agradeço a quem escreveu e a quem apenas me teve em seu livre pensamento a estima e a amizade demonstradas. E se alguém não é mencionado, foi pk o inFaceLock lhe deu sumiço antes de eu as ler. E se assim foi diz-mo, se quiseres.
Apesar da variedade e da extensão maior ou menor das escritas e de alguns telefonemas, todas elas me são igualmente valiosas. Algumas musicalmente ilustradas, para que deste lado não houvesse apenas o silêncio, quebrado embora pelo dedilhar do teclado com o bater sincopado da barra de espaços. Uma página tb se lembrou de mim - O Jardim da Poesia, em - https://www.facebook.com/groups/jardimsorrisosdepoesia/
Mas ... estejam à vontade e apareçam. No dia seguinte, passadas a avalanche, a azáfama, a festa e o baile, saboreados com outro sossego, os doces , os acepipes e as bebidas tambem têm bom gosto, a gostusura da calma !
Abraços aos moços e beijos às moças. Deixo-vos com José Afonso e todas as músicas que ontem e hoje partilhei com todo o mundo quer no meu mural, quer na praça pública
Zeca Afonso - Traz outro amigo também
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Isabel Maria
Venham muitos com as cores do arco-íris ...bjs
12 a
Fernanda Manangao
O que importa é estar lúcido para suportar o ano que se advinha,saúde amigo ,porque este país é para malucos
12 a
Victor Nogueira
Deolinda Figueiredo Mesquita A tua foi uma das msg's que levou sumiço e se calhar houve mais que o iinFaceLock me escondeu antes de eu a ver 🙁 Mas .. as tuas palavras serão por mim guadadas entre os tesouros da memória e do sentir 🙂
12 a
Deolinda F. Mesquita
🙂 devem ter sumido mais Victor, um bom domingo com este lindo Sol.
12 a
Margarida Piloto Garcia
E cá ficamos contigo e com o Zeca. Estão ambos no ❤
12 a
5 de janeiro de 2015 ·
luanda - numa das churrasqueiras dos arredores - manuel, victor, maria emília, zé luís ~PAIS E FILHOS
– carta do irmão de 22 anos ao irmão de 17
Não vou fazer um enunciado dos deveres filiais. Lembro-me, no entanto, da ternura que em princípio todos os filhos devem ter pelos pais; ternura, amor, respeito. Creio que talvez tenhas razões, quiçá justas e ponderáveis, para te fechares na tua torre de marfim. Mas seria bom para ti que te habituasses a descer ao povoado, pois se agora não podes esquecer ou superar os agravos que julgas ter recebido, da parte daqueles que, apesar de tudo, de todos os seus erros e fraquezas, te amam porque teus Pais, como agirás no futuro face aos teus companheiros de profissão, à família que porventura constituirás, em súmula face ao Mundo? Ocorrem-me, neste momento - e não é a primeira vez que isso sucede - o azedume que tenho espalhado e por vezes ainda espalho ao meu redor! Um sorriso amargo vem-me ao espírito ao recordar as nossas mesquinhas - agora, mas não então - macas (questões, zangas) por causa dos recortes dos jornais, da "Plateia" e do "Zorro", do álbum de fotos. Quanto azedume nas nossas relações, quanto má vontade, só porque éramos incapazes de sairmos da nossa torre! E no entanto, assim o creio, no fundo dos nossos corações éramos e somos amigos! Não deixes que sejam os outros a condicionarem a tua atitude, quando essa influência for negativa!
Tens de encarar os Pais (e toda a gente, afinal) como seres humanos normais, comuns, com virtudes e defeitos, como qualquer ser humano. É normalíssimo os filhos idealizarem uma imagem perfeita dos Pais. A idade, o desenvolvimento da consciência, faz ver que adoravam ídolos de barro, assim o pensam. Mas têm de superar esta desilusão, de transformar a adoração infantil pelo amor adulto! (JLNS - 1968.08.08)
CARTA aos 23 anos A UMA AMIGA
É possível que no próximo Verão eu vá a Luanda. A minha Mãe, esquecendo-se da minha face má, sonha ansiosamente com essas férias, para tentar juntar uma família que nunca esteve junta (embora vivendo sob o mesmo tecto), pelo menos até onde a minha memória alcança. E eu também lá quero ir, para tentar enterrar definitivamente alguns "fantasmas" e encerrar páginas do livro da minha vida. Para que desapareçam dois ídolos esboroados, de pés de barro, e nasçam finalmente dois Amigos: O Manuel e a Maria Emília.(NSM - 1969 PÁSCOA)
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Tereza Fardilha
Rostos presentes na minha memória e que recordo da minha infância em Luanda....
10 a
Renata Birrento
Lembro bem de todos vós e bem assim.Posso perguntar pelos teus pais Victor Nogueira
10 a
Vitor Correia
É um prazer tão grandeeeeeee ler as tuas crónicas ,amigo...
10 a
Carlos Rodrigues
Passou-me o Dia do teu Aniversário, Vitor, mas antes tarde do que nunca, só desejo que o tanhas passado bem e com quem melhor desejaste. Obrigado pelas crónicas, fragmentos de vida e conhecimento humano, sempre bem expresso. Um abraço.
Longo era o bairro do morro de S. Miguel ao morro da Samba
Grande era o bairro e grandes as casas
No meio o bairro operário e a igreja de S.Joaquim,
estreitas as ruas, pequenas as casas.
Nas traseiras, o morro,
no alto o Palácio,
Na frente a larga avenida,
o paredão, as palmeiras e os coqueiros
a praia que já não era do Bispo
mas das pedras, dos limos e dos detritos.
Mais além a ilha que era península
com a sanzala dos pescadores
casas de colmo no areal
da extensa e boa praia
o mar sem fim.
Em Luanda nasci
Em Luanda vivi
Em Luanda estudei
Não Angola mas Portugal
Todos os rios e afluentes
Todas as linhas férreas e apeadeiros
Todas as cidades e vilas
Todos os reis e algumas batalhas
as plantas e animais
que não eram do meu país.
De Angola
pouco sabiamos
até ao 4 de Fevereiro, até ao 15 de Março
Veio a guerra e
a mentira
que alimenta
a Guerra,
Veio a guerra e a violência
veio a guerra e a liberdade.
Em Évora a 11 de Novembro
Em Luanda a bandeira do meu país
no mastro subiu.
Era o tempo da liberdade e da esperança.
No Porto
Em Lisboa
Em Évora estudei
Em Évora casei
Em Évora vivi e nasceram o Rui e a Suzana.
Em Setúbal moro e no Barreiro trabalho
Perdidos os amigos,
perdida a infância
Estrangeiro sem raízes sou em Portugal.
82.01.13 comboio Setúbal/Barreiro
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Teresa Mercês de Mello
Gostei muito, da fotografia e do texto. Beijinhos.
9 a
Conceição Gomes
Historia de vida emocionante! Mas sabe sou filha de emigrantrs e tambem aqui em Portugal se aprendia tudo de angola, mocambique ,tds os rios , etc...
9 a
VictorNogueira
Maria Conceição Gomes Não há comparação. Em Portugal não se estudava a história de cada uma das colónias nem os camponeses brancos eram considerados selvagens a serem "civilizados" pelos Cristãos. Lá e na escola cantávamos as "cantiguinhas" das escolas portuguesas. A botânica e a zoologia falavam dos animais e plantas de Portugal, não daqueles de Angola ou Moçambique. Até o próprio ano lctivo era igual ao de Portugal, com aulas no pino do calor férias grandes na estação frias.
9 a
Conceição Gomes
Desculpe mas entendi mal ,eu sei muito bem o que passaram,pois digo que as amizades da minha adolescencia eram de angola
9 a
VictorNogueira
Maria Conceicao Gomes Ah mas eu não me considero português mas sim angolano. E quem de facto sofreu durante séculos foram os meus patrícios de cor não "branca"
9 a
Conceição Gomes
Concordo
9 a
Vânia Cairo
Profundo e belo poema! Adorei-o , amigo!
9 a
Elsa Santos
A sua beleza como azul dos céus 'é das obras belas criadas por Deus.
9 a
Elsa Santos
Lindo. Posso levar? Já o fiz kikikkkkk
9 a
Carlos Borges Pereira
Demasiado profundo e angustiantemente verdadeiro. Sou Angolano e sinto o mesmo.
9 a
Dario Barroso Silva
no comento cheia á saudade
9 a
Victor Nogueira
Dario Barroso Silva ? Cheira a saudade. Não, não é um texto com cheiro a saudosismo, não é um texto que branqueie ou mitifique o passado.
9 a
Adriano Sebastiao
Gostei Muinto. Do Lindo Poema Cota. Quero Ser Comto.
8 a
Jorge Santos Fontoura
Revejo me neste poema
Perdida a inocência e os amigos na guerras de Angola e na Maianga
6 a
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5 de janeiro de 2016 ·
Muitos parabéns querido Victor Barroso Nogueira. Neste dia especial em que fazes anos e muitos com muito conhecimento e história deste País. És um ser admirável que nos faz sorrir e pensar sobre tudo o que nos envias.
Porque tudo é Arte e Engenho e tu fazes tudo perfeito.
Parabéns Victor, muitas felicidades e, é, um privilégio ser tua amiga mesmo quando não comento o que envias por falta de tempo de andar no face. Onde cada vez ando menos.
Beijinhos no teu ❤ ❤ ❤ e a continuação de Bom Ano.
5 de janeiro de 2016 e 2020 ·
2020 01 05 - 1965 janeiro 04 / 05 - Em Luanda, na Praia do Bispo, comemoração do 19º aniversário meu e 45º da minha mãe - na foto João Seabra, D. Noémia Castelo, e Jorge Castelo, os Coimbra, os Sequeira, os Antunes, os Orquídio Silva, os Fardilha, Armindo Gonçalves e Maria José, os Martins e o contabilista das Obras Públicas e família.
No telheiro no quintal das traseiras, onde normalmente almoçávamos, jantávamos ou jogávamos, vendo-se o quadro preto para estudos e que o meu irmão utilizava para os seus desenhos.
5 de janeiro de 2017 ·
Victor, um grande abraço de parabéns. E as minhas felicitações pela tua vontade de continuar a contribuir para o debate público. Admiro a maneira aplicada como o fazes. VA
5 de janeiro de 2018 ·
LOL Até o Google me felicitou. Sabe lá o Google quem eu sou. Saber, sabe, "visionando" as minhas pesquisas e o correio electrónico 🙁
5 de janeiro de 2018 ·
Mas ... a Troika e o Banco de Portugal não avalizaram a banca, incluindo o excelso BES e seu impoluto e honrado bigboss, agora "tramoiado" ? Que andaram por cá a fazer os homens e mulheres da Santíssima Trindade, o Governador do Banco de Portugal mai-lo o Senhor Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva e os Pafiosos ? Estes assobiam para o lado ? Mas que seráfica "comichão", Ão, ão, béu, béu, caim caim
REVISTA DE IMPRENSA
Ricardo Salgado é um dos 13 culpados na falência do BES, diz comissão liquidatária
A comissão aponta cinco temáticas principais nas condutas que terão levado à falência da instituição.
PÚBLICO
9 de Novembro de 2017, 11:09
5 de janeiro de 2021 ·
foto victor nogueira - gaivotas em terra com céu azul cinzentonho e nublado, em 2021 01 01
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
15/10/1929
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Na foto - O artista, com máscara veneziana adquirida na pretensa recriação duma Feira medieval, nas cercanias do que persiste do Mosteiro de Leça do Balio, noutra era!
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Ana Albuquerque
Feliz Aniversário, Victor.
Desejo-te muito tempo, sem tédio nem cansaço e aos impossíveis, desejo que encontres os meios para os levar a bom termo. Um abraço
Nenhuma descrição de foto disponível.
2 a
Victor Nogueira
Ana Albuquerque Grato, Ana, minha muito estimada amiga virtual desde o passado milénio. 🙂
1 a
Ana Albuquerque
👍🤗🙂😘
1 a
Maria Márcia Marques
Começamos todos a ter raiva de não termos trazido o passado roubado na algibeira...
Muito bom esse teu desabafo, essa tua viagem ao passado, essa recordação de festa de anos, agora vivem-se outros anos, outras formas de festejo e outros sentires...
2 a
Victor Nogueira
Maria Márcia Marques Olá, Princesa, minha amiga como se o fosse desde sempre e que tão bem escreve. Grato pelas sempre por mim sentidas palavras!
1 a
Clara Roque Esteves
Vítor, embora em fim de dia, segue um abraço grande de parabéns. Felicidades. Alegrias e saúde para muitas viagens.
2 a
Nzuá Aral
Eu ñ digo que esté Doc é um "ponto"! Grande abraço
Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)