sexta-feira, 7 de março de 2025

Letras empilhadas, ano após ano, em Março, 07, (re)colhidas em 2025

 * Victor Nogueira


The House Of The Rising Sun - The Animals -

 7 de março de 2013  · 

Para além da anterior, um olhar de quem ainda preservou alguma crença na bondade e generosidade do ser humano apesar de ter perdido muita da inocência que muitos - jovens, já então envelhecidos e carcomidos, nunca tiveram (nem ingenuidade, nem generosidade) - esta é mais ilustrativa do estado de espírito da "malta do Arcada" em évoraburgomedieval, parece-me, embora não tivéssemos o ar de "betinhos" dos "Animals" 

7 de março de 2015  ·   · 

Em Angola as férias grandes eram nos mesmos meses que em Portugal. Lá, coincidiam com a estação fria - o cacimbo - daí os casacos de malha. Natralmente o frio nada tinha a ver com o que vinhamos encontrar no inverno, qd lá - nesses meses - era um calor infernal.

luanda liceu salvador correia - 1964~65 - 6º ano turma B (alínea G) 1965.06.08

1ª fila - Abranches, Jacques Pena, Monteiro Torres (micro-torres)

2ª fila - Paula Coelho, Rogério Pampulha, Carlos Aguiar, Fátima Rocha, Isabel de Almeida, Artur Reis, Isaura, Carlos Lourenço, Teresa Melo, Victor Nogueira

7 de março de 2016  · 

foto de família - os meus avós paternos (Alzira e José Luís), o meu bisavô José e os meus tios paternos Líza e José João, com o Citroen "arrastadeira"

7 de março de 2016  · 

foto mns - em luanda, à sombra de imbondeiros - essas árvores maciças, atarracadas, esquálidas, cujos frutos me faziam lembrar enormes ratazanas penduradas pela cauda nos ramos descarnados Á direita será o César, colega do meu pai, Outro colega do meu pai foi o Espinheira Rio, meu amigo de infância e jogatinas de cartas Seguem-se a minha mãe e o escriba, sempre sorridentes, e de calções brancos o meu irmão caçula, o Zé Luís.

~~~~~~~~~~

João Carreira

Foto fantástica ... (só discordo de uma coisa : "à sombra de imbondeiros " ? grande porte ,concordo , mas sombra, ò Victor , desculpa lá !... ) .

9 a

Victor Barroso Nogueira

Bem, João Carreira Sombra é sempre possível: basta que o sol esteja por detrás da árvore  

9 a

Victor Barroso Nogueira

Por exemplo. Nesta vê-se a sombra 😛

 


9 a

Victor Barroso Nogueira

18 de novembro de 2014  · 

foto de família - luanda cerca de 1952 - esta carrinha Morris, creio que de cor creme, foi o 1º carro da família, contemporâneo do "jeep" cuja carroçaria o meu pai construiu no quintal, referido em post anterior-

Na foto a paisagem árida e seca dos arredores de Luanda, onde proliferam imbondeiros, figueiras da índia, entre outras plantas xerófilas como os cactos candelabros ou similares aos do sisal, para além do capim, erva, verde apenas na estação "fria".

Na carrinha, por detrás da cabine, a característica grade onde a miúdagem se agarrava para viajar em pé na carroçaria, o vento acariciando o rosto.

Devido ao clima e ao contrário do que vim encontrar em Portugal, as carrinhas eram de caixa aberta e não se chamavam camionetas.

Atendendo à vestimenta, devera ser o "cacimbo", uma das únicas duas estações climáticas tropicais, esta caracterizada pelo "frio", seca, não pluviosa, do orvalho (cacimbo) e do nevoeiro. que à noite nos fazia sobre a camisa enfiar um casaco ou uma camisola.

A outra estação, a das chuvas, não tinha nome, coincidindo com o ano lectivo em Portugal, a partir de 1952, qd passei da 1ª para a 2ª classe: 9 meses de calor infernal, elevada humidade relativa, torrenciais aguaceiros e terríficas trovoadas estrondosas e relampejantes, seguidas de sol e céu límpido.

A chuva e as trovoadas eram quase sempre nocturnas e a forçada coincidência dos anos lectivos nas colónias a sul do Equador, e na "Metrópole", sacrificando milhares de estudantes, destinou-se a "proteger" sem "hiatos" lectivos a minoria muito minoritária capaz e com possibilidade de prosseguir estudos universitários em Portugal.

Em 1952 as viagens de barco entre Portugal e Angola duravam 12 dias e a partir de 1960 e tais reduziram-se para 8 dias. Quanto às viagens por avião eram de 12 horas (aviões a hélice, quadrimotores) no início da guerra colonial, reduzidas para 8 horas com os aviões a jacto. Contudo em 1963 ainda eram os quadrimotores a hélice e levámos 19 horas devido à proibição de voos portugueses sobre o espaço aéreo dos países africanos recém-independentes, devido à guerra colonial

Note-se que a rede escolar se ia afunilando desde a escola primária – abrangia essencialmente a minoria "branca" e não havia universidades nas colónias antes do início da guerra colonial em Angola, no início de 1961, potência colonizadora, como não poucos de nós, nascidos em Angola, paulatinamente, a passámos a considerar a partir de 1961,como se reflecte no meu poema "Raízes"

9 a

João Carreira

mas há árvores, na n/Angola ,que nesses termos de sombra nos "acarinham" mais que os ditos -imponentes imbondeiros ... Abraço

9 a

João Carreira

Victor Barroso Nogueira Lindo o Poema ... já o tinha lido na tua página ,faz tempo . Hoje , publiquei um Poema do Zé Mulemba ,"Fula Maria" ... não sei se conheces ... é lindo !

9 a

Maria José Fonseca

Gostei das "ratazanas penduradas pela cauda"...

9 a      

Tavares Lou

As fotografias guardam momentos que jamais se repetirão, a não ser em sensações, lembranças... Nossas histórias do tempo. Belas lembranças suas! Grande abraço!

10 a

Clara Roque Esteves

África nossa, certo? Cada um em seu canto, eu passando por quase todos. As recordações são semelhantes. O nosso carro era preto em MOçambique, beje em Angola. Gostei muito da tua descrição, Vítor. Levas-me todos os dias ao passado, uma fase muito importante e bonita da minha vida. Um grande beijinho.

10 a

Octávio Guedes Coelho

Em 1959, comprei na SOREL (representante da Morris) o L-17000. um Morris igual, mas em automóvel, verde escuro, que tinha sido Taxi e tornara-se muito conhecido pela matricula 17000. Carro que tinha sido muito estimado, estava quase novo. Foi o meu primeiro carro a sério, depois de um "malvado" DODGE que só me deu despesa e acabou transformado em "pacaceira" para a caça. Abraço.

10 a

Anabela Valagão Valentim

Bom dia ! Victor Barroso Nogueira 🙂 Adorei as suas recordações e recordar é viver 🙂

10 a


7 de março de 2017  · 

foto victor nogueira - entre paço de arcos e oeiras - parece mas não é um aqueduto nem a rampa de lançamento aero-espacial futurista mas sim o ferrocarril do SATU [Sistema Automático de Transporte Urbano]  encerrado por altamente deficitário em 31 maio 2015, elefante branco abatido restando a carcassa. O véstias e o isaltino bem poderiam transformá-lo em mirante pedonal ajardinado para os turistas admirarem as vistas. Ou transformarem-no em pista de atletismo.

~~~~~~~~~~

 Victor Barroso Nogueira

A foto foi tirada junto aos semáforos na Tapada do Mocho, no sentido Paço de Arcos / Oeiras (Centro Comercial Oeiras Parque)

8 a

Fernando Soares

Eles diziam que para o Sapu ser rentável tinha de ser estendido até ao Cacém! Podiam aumentar o problema, penso eu!

8 a

Filipe Chinita

Victor eu percebo o vanguardismo do projecto no sentido de unir as duas faces do concelho. se vivêssemos no socialismo poderia ser um bom projecto. aprovo o uso que ora lhe propões. creio que era para ir até ao tagus park. o meu abraço

8 a   

7 de março de 2020  · 

Foto Victor Nogueira - Évora e Rua Serpa Pinto

Nunca entendi bem a planta do edifício. Aqui morámos no 2º andar dto do nº 21, num apartamento com enormes assoalhadas e tectos abobadados. 

Os do lado esquerdo eram trabalhados em estuque. Ambos se situavam ao cimo duma íngreme escadaria, de dois lances, no topo da qual uma cancela permitia que os miúdos ( a Susana e o Daniel Filipe) brincassem no vasto átrio sem perigo de caírem escada abaixo. Para aceder ao da direita subia-se um pequeno degrau e entrávamos num minúsculo átrio; defronte, a cozinha, à esquerda, um pátio com a despensa e, à direita, subindo uns degraus, ficava uma sala interior, com um pequeno nicho, onde preparávamos as lições e estava a biblioteca. Novos degraus permitiam o acesso a um vasto piso com enormes assoalhadas: a sala de estar, o nosso quarto e a casa de banho. Novas escadas para a traseira conduziam-nos ao quarto da Mariazinha e da Susana.

No nosso quarto uma porta permitia o acesso a um segundo pátio, por uma larga escadaria de dois lances, escadaria que servia também para arrumos. Neste segundo e soalheiro terraço se estendia a roupa para secar e dele se avistavam os telhados de Évora, as torres sineiras da Igreja de Santo Antão e a Rua da Moeda.

No princípio eram deveras incomodativas as badaladas da Igreja, assinalando as horas e os quartos, mas passado algum tempo já não dávamos por isso. Os< nossos amigos admiravam-se da Susana não dar quedas numa casa com tantas escadinhas, mas a verdade é que ela depressa se habituou, subindo e descendo desassombradamente, no princípio gatinhando. Foi nesta casa que aprendeu a andar sozinha.

Gostava imenso desta casa, situada a dois passos da Praça do Giraldo, mas hoje seria um entrave subir aquela íngreme escadaria ajoujado de compras e circular pelo seu interior subindo e descendo escadinhas incessantemente.

No rés do chão do edifício, com janelas de guilhotina por onde entrava um frio gélido e cortante, situava-se um estabelecimento comercial e no 1º andar dois escritórios, um dos quais do Banco Espírito Santo.

O prédio pertencia ao Santana, que tinha uma casa de móveis mais abaixo; no princípio não queria alugar-nos, mas fui falar com a nora, casada com um filho dele (ambos tinham sido meus colegas de curso no ISESE) e lá se resolveu a dar-nos o aluguer.

7 de março de 2021  · 

100 Mil Anos de Lutas Mil - O grito do Povo (Comuna de Paris 1871), BD de Tardi baseada no romance de Vautrin

7 de março de 2024  · 

Basta de exploração. Basta de conversa! Mudar de política. É hora. Mais força à CDU

Sem comentários:

Enviar um comentário

Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)