* Victor Nogueira
2025 09 04 - Hoje o meu pai comemoraria o 104º aniversário do seu nascimento (Porto 1921 09 04 - Setúbal 2013 06 06)
Aos 80 anos juntou a família mais chegada para festejar a data com um opíparo almoço em Setúbal, prometendo outro para o 100º aniversário. Ficou-se pelo 92º.
Eu há muito deixei de comemorar os meus aniversários, porque o último não foi dia de festa, paz e concórdia, por razões que me ultrapassam.
Será pois em companhia dos meus botões, com refeições por mim preparadas, que celebrarei o meu 80º aniversário, coincidente com o enterrar dos sonhos e das esperanças que Abril abriu e Novembro enterrou palatinamente, até dizer Chega.
Os fascistas ainda afirmavam que Portugal era um país não racista, tolerante e "acolhedor", de acordo com os princípios e piedosos ensinementos da Santa Madre Igreja. Era conversa de treta, que a realidade, a miséria, a emigração e a gurera colonial ou de Libertação (conforme a barricada) desmentiam.
Hoje, os filhotes e netos do fascismo e dos emigrantes, assumem despudoradamente o racismo, a intolerância e a xenofobia que não conheceram nas suas tristes vidas, mas defendem e proclamam com piedosas imprecações a defesa de autos de fé.
Tudo se encaminha para que em 2026 não se comemore o 50º aniversário da Constituição de Abril mas sim o 100º aniversário do golpe fascista de 28 de Maio de 1926. Para desventura da Humanidade!
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)