* Françoise Le Cunff .
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A projecção do Passeio Público, entre 1764 e 1771, por altura do plano de reedificação da Baixa, constitui a primeira expressão, no país, do desejo de um parque público numa altura em que, justamente, começava a ser um equipamento frequentemente integrado na reconstrução das cidades europeias influenciadas pelos ideais das Luzes.
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A projecção do Passeio Público, entre 1764 e 1771, por altura do plano de reedificação da Baixa, constitui a primeira expressão, no país, do desejo de um parque público numa altura em que, justamente, começava a ser um equipamento frequentemente integrado na reconstrução das cidades europeias influenciadas pelos ideais das Luzes.
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Concebido como uma alameda muito parecida com o desenho dos ‘mails’ e dos ‘cours’, o Passeio Público devia contribuir para o ordenamento do espaço público, para a ‘formosura’ da cidade e para o saneamento da mesma. Permitiria também o encontro das classes sociais num espaço arborizado, especialmente concebido para o efeito, e a sua mútua e progressiva aceitação.
Concebido como uma alameda muito parecida com o desenho dos ‘mails’ e dos ‘cours’, o Passeio Público devia contribuir para o ordenamento do espaço público, para a ‘formosura’ da cidade e para o saneamento da mesma. Permitiria também o encontro das classes sociais num espaço arborizado, especialmente concebido para o efeito, e a sua mútua e progressiva aceitação.
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O Passeio Público foi, porém, destruído no final do século XIX para permitir a construção da Avenida da Liberdade e a extensão da cidade para norte. O município procurou substitui-lo por outro jardim ou parque público. Organizou em 1887 um concurso internacional destinado a seleccionar um projecto de parque paisagista a construir no terrenos do casal do Monte Almeida, a norte da Avenida da Liberdade. O novo parque a rematar a Avenida devia chamar-se Parque da Liberdade.
O Passeio Público foi, porém, destruído no final do século XIX para permitir a construção da Avenida da Liberdade e a extensão da cidade para norte. O município procurou substitui-lo por outro jardim ou parque público. Organizou em 1887 um concurso internacional destinado a seleccionar um projecto de parque paisagista a construir no terrenos do casal do Monte Almeida, a norte da Avenida da Liberdade. O novo parque a rematar a Avenida devia chamar-se Parque da Liberdade.
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O programa do concurso elaborado pela C.M.L. fundamentava-se nos princípios do parque paisagista. O estilo paisagista tido como modelo pelas realizações parisienses, executadas entre 1853 e 1870, era considerado, então, como o paradigma da modernidade na arte dos jardins urbanos.
O programa do concurso elaborado pela C.M.L. fundamentava-se nos princípios do parque paisagista. O estilo paisagista tido como modelo pelas realizações parisienses, executadas entre 1853 e 1870, era considerado, então, como o paradigma da modernidade na arte dos jardins urbanos.
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O estudo do Passeio Público e do Parque da Liberdade, como se chamou inicialmente o Parque Eduardo VII, permite reconstituir o processo de formação e desenvolvimento do conceito de jardim público na capital portuguesa. A análise dos projectos apresentados evidencia concepções estéticas e funcionais que evoluem com o tempo.
O estudo do Passeio Público e do Parque da Liberdade, como se chamou inicialmente o Parque Eduardo VII, permite reconstituir o processo de formação e desenvolvimento do conceito de jardim público na capital portuguesa. A análise dos projectos apresentados evidencia concepções estéticas e funcionais que evoluem com o tempo.
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Fotografia - Lisboa, um trecho da Avenida da Liberdade, in O Bilhete Postal Ilustrado e a História de Lisboa, de José Manuel da Silva Passos.
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Jardim da Avenida da Liberdade - Natureza Espaços Verdes
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Após o terramoto de 1755, que arrasou Lisboa, houve necessidade de reconstrui-la. Surge o plano Pombalino de reconstrução da cidade, que pretende criar na cidade um logradouro que os lisboetas há muito desejavam e jardins e espaços arborizados. Alguns anos mais tarde, inicia-se a construção do passeio Público, altura em que era um bosque com 300 metros de comprimento, entre as actuais Praça dos Restauradores e da Alegria, e introduzindo depois lagos, cascatas e várias estátuas. O Passeio Público tornou-se então um lugar de passeio, lazer, festas, concertos e festejos vários. Mas, o projecto de Ressano Garcia destruiu em 1874, o célebre Passeio Público, para dar lugar a uma enorme avenida com 1,5 Km de comprimento e 100 m de largura, desde a Praça dos Restauradores à Rotunda. A Avenida da Liberdade surge então como um dos ex-libris da cidade. Actualmente o Jardim da Avenida da Liberdade dispõe de aproximadamente 1 ha de área verde, onde se destacam uma série de flores: o ulmeiro, as roseiras, os plátanos, as begónias, o teixo, entre outras. Ao longo da Avenida, um conjunto vasto de estatuária e o quiosque do Tivoli.
Após o terramoto de 1755, que arrasou Lisboa, houve necessidade de reconstrui-la. Surge o plano Pombalino de reconstrução da cidade, que pretende criar na cidade um logradouro que os lisboetas há muito desejavam e jardins e espaços arborizados. Alguns anos mais tarde, inicia-se a construção do passeio Público, altura em que era um bosque com 300 metros de comprimento, entre as actuais Praça dos Restauradores e da Alegria, e introduzindo depois lagos, cascatas e várias estátuas. O Passeio Público tornou-se então um lugar de passeio, lazer, festas, concertos e festejos vários. Mas, o projecto de Ressano Garcia destruiu em 1874, o célebre Passeio Público, para dar lugar a uma enorme avenida com 1,5 Km de comprimento e 100 m de largura, desde a Praça dos Restauradores à Rotunda. A Avenida da Liberdade surge então como um dos ex-libris da cidade. Actualmente o Jardim da Avenida da Liberdade dispõe de aproximadamente 1 ha de área verde, onde se destacam uma série de flores: o ulmeiro, as roseiras, os plátanos, as begónias, o teixo, entre outras. Ao longo da Avenida, um conjunto vasto de estatuária e o quiosque do Tivoli.
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)